Doenças Genéticas

 



Texto extraído:

Desafio

As doenças genéticas são sempre uma preocupação para os pais que estão à espera de um filho. Atualmente, os testes moleculares avançaram muito, sendo possível detectar certas doenças ainda nos primeiros dias após o nascimento. Apesar desse avanço na ciência, ainda é necessário que a equipe de saúde tenha grande conhecimento e experiência acerca dessas doenças, para que seja mais fácil detectar sinais que podem direcionar para um diagnóstico mais preciso.

Observe a situação a seguir:

Você está trabalhando em um hospital da rede pública de saúde quando a sua equipe inicia o atendimento de uma jovem mãe com a sua filha de 7 meses.

Ela relata que a criança está muito magra e fraca, não está se desenvolvendo e tem apresentado os seguintes sintomas:

infecção respiratória recorrente;

tosse com secreção;

diarreia crônica.

Você questiona se estava tudo bem nos exames pré-natais e pede para analisar o teste do pezinho.

A mãe relata que não realizou os exames pré-natais, porque morava em uma fazenda e não tinha como ir até a cidade para fazer esses exames; o parto foi realizado às pressas, na sua casa, e, portanto, a criança não tem nenhum exame.

A criança então é internada, e um quadro de desnutrição e desidratação é constatado. O raio-x pulmonar demonstra grande acúmulo de secreção, o que justifica a dificuldade de respirar.

Os seus exames laboratoriais mostram que as transaminases hepáticas estão alteradas, e a glicose está elevada.

Baseado nesse quadro, qual seria a sua suspeita, considerando que se trata de uma doença genética? Para confirmar essa suspeita, quais exames poderiam ser solicitados?

Possível suspeita e exames:

Considerando o quadro clínico da criança, a suspeita principal seria de Fibrose Cística. A Fibrose Cística é uma doença genética autossômica recessiva que afeta as glândulas exócrinas, levando à produção de secreções espessas que podem obstruir os pulmões, o pâncreas e outros órgãos. Os sintomas relatados pela mãe, como infecções respiratórias recorrentes, tosse com secreção, diarreia crônica, desnutrição e alterações nos exames laboratoriais, são consistentes com essa condição.

Para confirmar a suspeita de Fibrose Cística, os seguintes exames poderiam ser solicitados:

  • Teste do suor: Este é o exame padrão-ouro para o diagnóstico de Fibrose Cística. Ele mede a concentração de cloreto no suor, que geralmente está elevada em pessoas com a doença.

  • Teste genético: Este exame pode identificar mutações no gene CFTR, que é o gene responsável pela Fibrose Cística. A identificação de duas mutações no gene CFTR confirma o diagnóstico da doença.

  • Teste de função pancreática: Este exame avalia a função do pâncreas, que pode estar comprometida na Fibrose Cística.

  • Cultura de escarro: Este exame pode identificar bactérias presentes nas secreções pulmonares, auxiliando no tratamento das infecções respiratórias.

  • Exames de imagem: Radiografias e tomografias computadorizadas do tórax podem auxiliar na avaliação da gravidade do comprometimento pulmonar.

  • Teste de tripsinogênio imunorreativo (TRI): É um teste que pode ser feito em amostra de sangue, geralmente utilizado no teste do pezinho para triagem da fibrose cística.

É importante ressaltar que o diagnóstico precoce da Fibrose Cística é fundamental para iniciar o tratamento e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Doenças genéticas



Exercícios

Respostas enviadas em: 25/02/2025 16:56

1. 

As alterações cromossômicas representam um tipo de anomalia que pode causar alterações numéricas nos cromossomos. Entre as doenças causadas por alterações cromossômicas numéricas, temos a síndrome de Edward.

Do que se trata essa doença?

Resposta incorreta.

A. 

Tetrassomia.

A síndrome de Edward é uma trissomia do cromossomo 18, que representa 3 cópias do mesmo cromossomo.

Nulissomia é a falta total do grupo de cromossomos; monossomia representa apenas um cromossomo do mesmo grupo; tetrassomia é 4 cópias do mesmo cromossomo; isocromossomo é uma forma de alteração cromossômica estrutural de localização.


Resposta incorreta.

B. 

Nulissomia.

A síndrome de Edward é uma trissomia do cromossomo 18, que representa 3 cópias do mesmo cromossomo.

Nulissomia é a falta total do grupo de cromossomos; monossomia representa apenas um cromossomo do mesmo grupo; tetrassomia é 4 cópias do mesmo cromossomo; isocromossomo é uma forma de alteração cromossômica estrutural de localização.


Você acertou!

C. 

Trissomia.

A síndrome de Edward é uma trissomia do cromossomo 18, que representa 3 cópias do mesmo cromossomo.

Nulissomia é a falta total do grupo de cromossomos; monossomia representa apenas um cromossomo do mesmo grupo; tetrassomia é 4 cópias do mesmo cromossomo; isocromossomo é uma forma de alteração cromossômica estrutural de localização.


Resposta incorreta.

D. 

Monossomia.

A síndrome de Edward é uma trissomia do cromossomo 18, que representa 3 cópias do mesmo cromossomo.

Nulissomia é a falta total do grupo de cromossomos; monossomia representa apenas um cromossomo do mesmo grupo; tetrassomia é 4 cópias do mesmo cromossomo; isocromossomo é uma forma de alteração cromossômica estrutural de localização.


Resposta incorreta.

E. 

Isocromossomo.

A síndrome de Edward é uma trissomia do cromossomo 18, que representa 3 cópias do mesmo cromossomo.

Nulissomia é a falta total do grupo de cromossomos; monossomia representa apenas um cromossomo do mesmo grupo; tetrassomia é 4 cópias do mesmo cromossomo; isocromossomo é uma forma de alteração cromossômica estrutural de localização.

2. 

As alterações cromossômicas estruturais representam uma forma de alteração que modifica a posição dos genes dentro de um cromossomo. Entre essas, temos o isocromossomo, originado a partir da separação transversal do centrômero, que forma cromossomos com braços duplicados.

Qual doença é causada por esse fenômeno?

Resposta incorreta.

A. 

Síndrome do miado de gato.

A síndrome de Pallister-Killian é causada por um isocromossomo do cromossomo 12, com 4 cópias dele mesmo.

A síndrome do miado de gato é uma deleção; a de Down é uma trissomia do cromossomo 21; a de Emanuel é uma translocação entre o 11 e o 22; e a de Turner é uma monossomia do cromossomo X.


Resposta incorreta.

B. 

Síndrome de Down.

A síndrome de Pallister-Killian é causada por um isocromossomo do cromossomo 12, com 4 cópias dele mesmo.

A síndrome do miado de gato é uma deleção; a de Down é uma trissomia do cromossomo 21; a de Emanuel é uma translocação entre o 11 e o 22; e a de Turner é uma monossomia do cromossomo X.


Resposta incorreta.

C. 

Síndrome de Emanuel.

A síndrome de Pallister-Killian é causada por um isocromossomo do cromossomo 12, com 4 cópias dele mesmo.

A síndrome do miado de gato é uma deleção; a de Down é uma trissomia do cromossomo 21; a de Emanuel é uma translocação entre o 11 e o 22; e a de Turner é uma monossomia do cromossomo X.


Resposta correta.

D. 

Síndrome de Pallister-Killian.

A síndrome de Pallister-Killian é causada por um isocromossomo do cromossomo 12, com 4 cópias dele mesmo.

A síndrome do miado de gato é uma deleção; a de Down é uma trissomia do cromossomo 21; a de Emanuel é uma translocação entre o 11 e o 22; e a de Turner é uma monossomia do cromossomo X.


Você não acertou!

E. 

Síndrome de Turner.

A síndrome de Pallister-Killian é causada por um isocromossomo do cromossomo 12, com 4 cópias dele mesmo.

A síndrome do miado de gato é uma deleção; a de Down é uma trissomia do cromossomo 21; a de Emanuel é uma translocação entre o 11 e o 22; e a de Turner é uma monossomia do cromossomo X.



3. 

As patologias de caráter mendeliano são heranças genéticas que causam doenças pela transmissão de um gene de muita relevância e não necessitam interagir com outros genes mutados para produzir uma doença.

Considerando a anemia falciforme, para que uma criança desenvolva uma doença, é necessário que:

Resposta incorreta.

A. 

Um dos pais tenha a doença, obrigatoriamente.

A anemia falciforme é uma doença autossômica recessiva, logo, o indivíduo precisa herdar um gene autossômico recessivo de cada um dos pais para desenvolver a doença.

Essa anemia não tem caráter dominante, e os pais não precisam ter a doença, mas cada um precisa, obrigatoriamente, ter um gene recessivo para a criança herdar. Assim como os pais não precisam ter a doença, nenhum outro parente precisa, nem primos.


Você acertou!

B. 

Os dois pais tenham os genes autossômicos recessivos e os transfiram para a criança.

A anemia falciforme é uma doença autossômica recessiva, logo, o indivíduo precisa herdar um gene autossômico recessivo de cada um dos pais para desenvolver a doença.

Essa anemia não tem caráter dominante, e os pais não precisam ter a doença, mas cada um precisa, obrigatoriamente, ter um gene recessivo para a criança herdar. Assim como os pais não precisam ter a doença, nenhum outro parente precisa, nem primos.


Resposta incorreta.

C. 

Os dois pais tenham os genes autossômicos dominantes e os transfiram para a criança.

A anemia falciforme é uma doença autossômica recessiva, logo, o indivíduo precisa herdar um gene autossômico recessivo de cada um dos pais para desenvolver a doença.

Essa anemia não tem caráter dominante, e os pais não precisam ter a doença, mas cada um precisa, obrigatoriamente, ter um gene recessivo para a criança herdar. Assim como os pais não precisam ter a doença, nenhum outro parente precisa, nem primos.


Resposta incorreta.

D. 

Os dois pais tenham a doença, obrigatoriamente.

A anemia falciforme é uma doença autossômica recessiva, logo, o indivíduo precisa herdar um gene autossômico recessivo de cada um dos pais para desenvolver a doença.

Essa anemia não tem caráter dominante, e os pais não precisam ter a doença, mas cada um precisa, obrigatoriamente, ter um gene recessivo para a criança herdar. Assim como os pais não precisam ter a doença, nenhum outro parente precisa, nem primos.


Resposta incorreta.

E. 

Tenha pelo menos um primo com a doença.

A anemia falciforme é uma doença autossômica recessiva, logo, o indivíduo precisa herdar um gene autossômico recessivo de cada um dos pais para desenvolver a doença.

Essa anemia não tem caráter dominante, e os pais não precisam ter a doença, mas cada um precisa, obrigatoriamente, ter um gene recessivo para a criança herdar. Assim como os pais não precisam ter a doença, nenhum outro parente precisa, nem primos.

4. 

Os erros inatos do metabolismo são doenças genéticas que provocam alterações em algumas substâncias, especialmente nas enzimas. A fenilcetonúria é caracterizada pela deficiência de fenilalanina-hidroxilase, que não degrada a fenilalanina, a qual está presente em muitos alimentos.

Quais destes alimentos é permitido para indivíduos com fenilcetonúria?

Você acertou!

A. 

Pirulito.

O pirulito é o único alimento permitido dentre os citados nas alternativas, pois os açúcares refinados não contêm fenilalanina. Os demais alimentos são considerados proibidos em função do alto teor de fenilalanina, o que é muito perigoso para a saúde das pessoas afetadas pela doença.


Resposta incorreta.

B. 

Lentilha.

O pirulito é o único alimento permitido dentre os citados nas alternativas, pois os açúcares refinados não contêm fenilalanina. Os demais alimentos são considerados proibidos em função do alto teor de fenilalanina, o que é muito perigoso para a saúde das pessoas afetadas pela doença.


Resposta incorreta.

C. 

Chocolate.

O pirulito é o único alimento permitido dentre os citados nas alternativas, pois os açúcares refinados não contêm fenilalanina. Os demais alimentos são considerados proibidos em função do alto teor de fenilalanina, o que é muito perigoso para a saúde das pessoas afetadas pela doença.


Resposta incorreta.

D. 

Biscoito.

O pirulito é o único alimento permitido dentre os citados nas alternativas, pois os açúcares refinados não contêm fenilalanina. Os demais alimentos são considerados proibidos em função do alto teor de fenilalanina, o que é muito perigoso para a saúde das pessoas afetadas pela doença.


Resposta incorreta.

E. 

Sorvete.

O pirulito é o único alimento permitido dentre os citados nas alternativas, pois os açúcares refinados não contêm fenilalanina. Os demais alimentos são considerados proibidos em função do alto teor de fenilalanina, o que é muito perigoso para a saúde das pessoas afetadas pela doença.




5. 

A fibrose cística é uma doença que faz parte dos erros inatos do metabolismo. É progressiva, crônica e fatal, pois provoca o espessamento de todas as secreções. Os polimorfismos envolvidos são diversos e fazem a doença ter vários fenótipos com graus diferentes de gravidade conforme a maneira como expressam a proteína CFTR.

Qual é o tipo de alteração envolvida na fibrose cística de classe V?

Resposta incorreta.

A. 

Deficiência de regulação.

A classe V se refere à síntese reduzida de CFTR. A regulação se enquadra na classe III; a produção, na classe I; a condução, na classe IV; o processamento, na classe II.


Resposta incorreta.

B. 

Deficiência de produção.

A classe V se refere à síntese reduzida de CFTR. A regulação se enquadra na classe III; a produção, na classe I; a condução, na classe IV; o processamento, na classe II.


Resposta incorreta.

C. 

Deficiência de condução.

A classe V se refere à síntese reduzida de CFTR. A regulação se enquadra na classe III; a produção, na classe I; a condução, na classe IV; o processamento, na classe II.


Resposta incorreta.

D. 

Deficiência de processamento.

A classe V se refere à síntese reduzida de CFTR. A regulação se enquadra na classe III; a produção, na classe I; a condução, na classe IV; o processamento, na classe II.


Você acertou!

E. 

Síntese reduzida.

A classe V se refere à síntese reduzida de CFTR. A regulação se enquadra na classe III; a produção, na classe I; a condução, na classe IV; o processamento, na classe II.


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