Saiba como funciona um algoritmo e conheça os principais exemplos existentes no mercado
Um algoritmo é uma sequência de instruções bem definidas, normalmente usadas para resolver problemas de matemática específicos, executar tarefas, ou para realizar cálculos e equações. A origem da palavra “algoritmo” remete a Al Khowarizmi, famoso matemático árabe do século IX.
Quando se fala em algoritmo, muitas pessoas pensam rapidamente em computadores, tecnologia e até mesmo códigos difíceis de serem compreendidos. No entanto, o conceito e a aplicação são bem mais simples do que parecem.
Os algoritmos datam de tempos babilônicos, mas tornaram-se mais conhecidos na modernidade, principalmente, quando associados aos computadores e às estratégias de otimização para buscadores.
Nos próximos tópicos, confira o que são e como podem ser usados em suas ações de Marketing Digital!
O que é, e como funciona o algoritmo?
Um algoritmo é uma sequência de raciocínios, instruções ou operações para alcançar um objetivo, sendo necessário que os passos sejam finitos e operados sistematicamente. Um algoritmo, portanto, conta com a entrada (input) e saída (output) de informações mediadas pelas instruções.
Parece complexo? Calma, vamos simplificar. Alguns exemplos de algoritmos que podemos citar são: receitas culinárias, manual de instrução de aparelhos, funções matemáticas e até mesmo páginas da Web, como esta que você está lendo.
Pense na receita culinária, por exemplo. Ela tem os ingredientes necessários (dados de entrada), passo a passo para realizar a receita (processamento ou instruções lógicas) e atinge um resultado (o prato finalizado).
É fundamental compreender que o algoritmo se justifica no resultado que ele almeja alcançar, logo, deve ter um objetivo específico. Uma sequência de instruções simples pode se tornar mais complexa conforme a necessidade de considerar outras situações.
Dessa forma, o algoritmo vai crescendo e ficando mais complexo para englobar todos os cenários possíveis. Quando um programa de computador trava, por exemplo, é porque ele está recebendo informações que não foi programado para processar, ou seja, não foram considerados todos os cenários.
Também é relevante que a estrutura siga uma lógica sistemática. Por exemplo, se você está fazendo um bolo, mas “pula” a etapa de inserir farinha, no final, você não terá mais um bolo.
Com o código, é a mesma coisa, sendo necessário ler linha por linha para que ele atinja o objetivo final. As estruturas de um algoritmo são:
variáveis: são as informações de entrada inseridas que determinam aonde o algoritmo poderá ir. As mais comuns são texto, inteiro, lógico e real;
comandos de repetição: consiste no uso de “se” e “enquanto”, para que o algoritmo saiba o que fazer quando determinados processos ocorrerem e o que fazer se eles mudarem.
Com essas duas estruturas, o algoritmo fica mais completo e capaz de englobar múltiplas situações para permitir que o resultado final seja alcançado.
Quais os principais benefícios?
Agora que você já entendeu o que é um algoritmo e como, por meio de comandos, ele permite que “A + B + C” resulte em “D”, é preciso conhecer os benefícios proporcionados pela adoção do modelo.
Mediação
Atualmente, diversas polêmicas estão relacionadas a como as grandes empresas de tecnologia têm usado os algoritmos para impactar a vida das pessoas.
Um dos casos mais famosos é o algoritmo do Facebook, que define o que será exibido no feed de notícias de cada usuário (veremos mais sobre isso a seguir!).
Apesar de muito criticado, pois o algoritmo pode ser alterado para determinados fins, o recurso proporciona uma mediação mais neutra sobre o que é exibido para cada usuário.
Dessa forma, assuntos mais comentados tendem a aparecer para mais pessoas, mas também estão relacionados com preferências, histórico, comportamento etc.
Portanto, um dos benefícios atualmente é que o algoritmo busca fazer essa mediação mais equilibrada entre tudo que está disponível online e filtrar o que é mais relevante de ser exibido.
Automação
Os programas são compostos por sequências de algoritmos. Dessa forma, é essa sistematização que viabiliza todo tipo de softwares que facilitam a vida e também permitem a automação dos processos.
A partir do Machine Learning, os processos são aprendidos pelas máquinas e reproduzidos, consistindo em um algoritmo complexo que faz a entrada e o processamento dos dados, em que a saída torna-se a entrada de uma estrutura e, assim, sequencialmente, fornecendo lógica e capacidade de aprendizado aos softwares.
Evolução
A evolução humana nas últimas décadas está totalmente atrelada à ideia de algoritmos. Aparelhos como smartphones, computadores, smart TVs e tablets funcionam com sistemas baseados em algoritmos.
Conforme novos comandos e possibilidades de uso surgem, significa que mais aprimorados e complexos estão os níveis de instrução de um algoritmo.
Assim como a tecnologia em si, as aplicações estão difundidas em diferentes áreas, como marketing, vendas, relacionamento, compras online, logística, financeiro etc.
Um exemplo inédito de uso de um algoritmo é o VITAL, que, desde 2014, faz parte da direção da Deep Knowlegde Ventures, uma empresa de capital de risco de Hong Kong.
Com direito a voto no conselho, o algoritmo faz a recomendações de investimentos após a análise de grandes quantidades de dados e testes clínicos.
Mas também é preciso estar atento ao uso dos algoritmos, principalmente, quando não supervisionados.
Em 2011, uma situação não explicada fez com que o livro “The Making of a Fly”, de Peter Lawrence, alcançasse o valor de 1,7 bilhão de dólares na Amazon e, em seguida, subisse para quase 23,7 bilhões de dólares (mais frete). A empresa, que usa algoritmo para precificação, não conseguiu explicar a anormalidade.
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Como os algoritmos são usados na internet?
Ao explorar o mundo dos algoritmos, podemos seguir por uma infinidade de campos e também de exemplos.
A seguir, destacamos o uso desses modelos nas redes sociais e ferramentas online mais usadas, como o Google e Spotify, direcionando uma visão mais específica para as estratégias digitais. Acompanhe!
É provável que o algoritmo do Google seja o mais conhecido e não é por acaso que seu segredo é muito bem guardado pela empresa.
O PageRank, como é chamado, foi criado em 1998, com o objetivo de rastrear e apresentar os resultados de pesquisa ao usuário por relevância.
A importância de um site era determinada pela quantidade de sites vinculados a ele, o que tornava relativamente fácil burlar os resultados, surgindo o black hat, que usa más práticas para tentar “enganar” o PageRank.
Desde então, o Google já promoveu uma série de mudanças no algoritmo, passando a considerar centenas de variáveis para que uma página seja rankeada. Atualmente, o modelo verifica questões como as preferências do usuário, aparelho usado, qualidade do conteúdo, localização etc.
O Facebook foi a primeira rede social a usar algoritmos para categorizar os posts e utilizar critérios para definir o que seria ou não exibido para cada usuário. O objetivo era mostrar os conteúdos mais relevantes de acordo com o comportamento, preferências e engajamento do usuário.
Apesar das críticas à empresa, o excesso de publicações faz com que seja difícil uma pessoa acompanhar tudo que acontece na rede. Dessa forma, alguns dos milhares de critérios usados pela rede social para definir a composição do feed são:
postagens a serem mostradas;
nível de proximidade do usuário com quem postou o conteúdo;
engajamento de outros amigos com a publicação;
potencial engajamento do usuário considerando o comportamento prévio.
Portanto, diversos elementos são considerados pelo algoritmo antes de definir quais conteúdos serão exibidos no feed de notícias, buscando mais relevância e engajamento do usuário no Facebook.
Diferentemente de outras redes sociais, o Twitter não usa exclusivamente o algoritmo para determinar o feed. Isso se deve ao caráter cronológico que precisa ser mantido pela rede para que atenda ao objetivo de disponibilizar os acontecimentos mais recentes.
Para alcançar esse objetivo, a rede social considera:
comportamento prévio do usuário;
preferência por temáticas e formatos de conteúdo;
relacionamento do usuário com a conta que postou o tweet;
engajamento do tweet em si.
A partir desses critérios, o tweet pode ser inserido nas 3 categorias usadas pelo Twitter, que são:
tweets rankeados: são os mais relevantes para o usuário com base no comportamento prévio dele e engajamento da rede em si;
caso você tenha perdido: aqueles que são relevantes, mas que são mais antigos;
timeline: onde são exibidos todos os tweets por ordem cronológica.
Com essas estruturas, o Twitter permite que o usuário acesse a maior parte dos conteúdos e, principalmente, saiba quais são as novidades da rede social.
Quando foi fundado, o Instagram seguia a mesma lógica cronológica do Twitter, exibindo todas as postagens por ordem, das mais novas às mais antigas.
Essa estrutura foi alterada em 2016 e, atualmente, a rede social considera os seguintes fatores para escalar como serão os feeds dos usuários:
temporalidade: ainda que não seja o único critério, a ordem de postagem ainda é considerada na definição do feed;
engajamento: o número de comentários e curtidas determina se um post será priorizado ou não na rede, em especial, considerando esse engajamento logo após a postagem;
relacionamento: considera a proximidade dos usuários por meio de engajamento, mensagens diretas etc.
Diante disso, verifica-se que os algoritmos usados tendem a ficar mais complexos, incluindo novas variáveis, com o objetivo de torná-los mais certeiros.
YouTube
Lá em 2005, quando o YouTube surgiu, o algoritmo usado analisava apenas quantas vezes um vídeo tinha sido iniciado para determinar o rankeamento. No entanto, isso fez com que os produtores de conteúdo priorizassem chamadas apelativas e até mesmo sensacionalistas.
O YouTube percebeu que essa prática não garantia a qualidade dos conteúdos e, desde 2012, o algoritmo considera o tempo médio de visualização, incentivando boas práticas ao gerenciar um canal por lá.
Com isso, as recomendações do site garantem maior qualidade do conteúdo e relevância ao usuário, assegurando uma melhor experiência de navegação.
Spotify
Com mais de 40 milhões de usuários, o Spotify lança semanalmente a playlist “descobertas da semana”, que é personalizada para cada ouvinte e contém 30 músicas. Algumas delas, provavelmente, o usuário nunca ouviu, mas pode gostar, de acordo com o algoritmo.
O objetivo é criar experiências novas, mas, para concretizar esse objetivo, a ferramenta utiliza diferentes dados para processar as informações. Entre os critérios usados, estão:
o perfil musical do usuário, considerando o gênero que ele gosta de ouvir e também artistas recentes;
como os demais usuários combinam as músicas, adicionando determinados grupos musicais ou canções em playlists;
considerando as preferências do usuário e o que o algoritmo aprendeu com os demais, são eleitas 30 músicas que não tenham sido tocadas pelo ouvinte na ferramenta.
O Spotify tem se dedicado a melhorar o algoritmo usado para aprimorar as sugestões e listas criadas, usando um amplo modelo de Machine Learning.
O sistema aprende as preferências e até mesmo identifica se uma música é feliz ou triste, buscando uma recomendação mais acertada para melhorar a experiência do usuário.
Como os algoritmos podem melhorar as estratégias de marketing digital?
Com tudo que vimos até aqui, é possível perceber que os algoritmos — que explicamos inicialmente como um sistema de instruções com um objetivo específico — ganham contornos bastante complexos conforme seu uso em áreas mais robustas, como o marketing digital.
Atualmente, o modelo pode ser unido ao Machine Learning e gerar resultados mais complexos e surpreendentes, sendo imprescindível para quem atua nessa área conhecer essas possibilidades.
A seguir, destacamos algumas formas de usar o conhecimento em algoritmo nas estratégias digitais.
Escolha os canais mais adequados
Se o gestor de marketing conhece a estratégia da empresa e os critérios considerados pelos algoritmos dos diferentes canais sociais, é possível elencar em quais plataformas a solução proposta por ela pode ser mais eficaz e gerar melhores resultados.
Por exemplo, se a estratégia é mais baseada em engajamento, o Facebook ganha destaque, no entanto, se o objetivo passa por muitas publicações de teor mais urgente, o Twitter torna-se mais adequado.
Então, conhecendo como cada plataforma funciona, junto com outros critérios, é possível elencar qual delas tende a contribuir mais com a presença online da marca.
Crie conteúdos de qualidade
Independentemente do canal usado e persona, as diferentes empresas têm um objetivo em comum: melhorar a experiência do usuário.
Dessa forma, torna-se indispensável que haja qualidade e relevância nos conteúdos criados para as diferentes plataformas, além de considerar as estratégias de SEO para executá-los.
Por exemplo, uma campanha divulgada no Facebook e Instagram deve considerar as particularidades do algoritmo de cada rede para ser mais interessante e, assim, ganhar um destaque maior.
Acompanhe as atualizações
Os algoritmos passam por constantes mudanças para aprimorar a experiência do usuário e evitar práticas negativas, como o black hat. Estima-se, por exemplo, que o Google faça mais de 500 alterações por ano no algoritmo PageRank.
Apesar de ser difícil conhecer todas as mudanças nos algoritmos, as mais importantes são sempre divulgadas, e é fundamental que os profissionais de marketing conheçam essas particularidades para adequar e aprimorar as estratégias online e não perder resultados.
Ao falar de algoritmo, é importante conhecer que se trata de um sistema lógico, realizando instruções sequencialmente até alcançar um resultado. Apesar da complexidade de modelos mais modernos, entender o que é e como ele funciona ajuda a compreender seu impacto em uma estratégia digital.
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