Estudo Bíblico de Gênesis 35

 Estudo Bíblico de Gênesis 35



Gênesis 35 fala sobre o estabelecimento da casa de Jacó em Canaã. O estudo bíblico de Gênesis 35 enfoca o culto de Jacó a Deus em Betel, a bênção do Senhor sobre ele, o nascimento de Benjamim e as mortes de Raquel e Isaque.

O esboço de Gênesis 35 pode ser organizado da seguinte forma:

  • Jacó ergue um altar a Deus em Betel (Gênesis 35:1-8).
  • Deus confirma Sua benção a Jacó (Gênesis 35:9-15).
  • O nascimento de Benjamim e a morte de Raquel (Gênesis 35:16-22).
  • Os descendentes de Jacó (Gênesis 35:23-29).

Jacó ergue um altar a Deus em Betel (Gênesis 35:1-8)

Gênesis 35 começa mostrando a disposição de Jacó em cumprir o voto que ele havia feito ao Deus que tinha lhe aparecido enquanto ele era um fugitivo da ira de Esaú (cf. Gênesis 28:20-22; 34:1-31). Deus ordenou que Jacó fosse a Betel e ali edificasse um altar a Ele (Gênesis 35:1).

Então Jacó reuniu toda sua casa e ordenou que qualquer ídolo que houvesse entre seus familiares e servos fosse lançado fora. Eles deveriam se purificar e mudar suas vestes. Jacó também explicou que ele faria um altar ao Deus que havia lhe socorrido em sua angústia e lhe protegido por todos os lugares em que esteve (Gênesis 35:2,3).

O texto bíblico diz que todas as pessoas que acompanhavam Jacó deram a ele todos os deuses estranhos que carregavam consigo, e todas as argolas que lhes pendiam das orelhas. Essas argolas não eram brincos comuns, mas amuletos relacionados a divindades pagãs.

Como líder espiritual de sua casa, Jacó escondeu todas essas coisas debaixo do carvalho que estava junto a Siquém (Gênesis 35:4). É possível que esse carvalho fosse o mesmo associado à história de Abraão (Gênesis 12:6). Com isso, Jacó estava removendo de entre o seu povo tudo aquilo que poderia atrapalhar a adoração e o culto ao verdadeiro Deus. Jacó havia entendido que o Deus da aliança exige lealdade exclusiva e absoluta.

Quando a caravana de Jacó partiu em viagem, a Bíblia diz que “o terror de Deus invadiu as cidades que lhes eram circunvizinhas, e não perseguiram aos filhos de Jacó” (Gênesis 35:5). Isso foi necessário por causa dos eventos narrados em Gênesis 34. A família de Jacó não era mais vista de forma pacífica, mas de forma ameaçadora. Por isso mais do que nunca eles dependiam da proteção de Deus.

Quando chegou a Betel, Jacó edificou o altar ao Senhor, cumprindo seu voto. O culto prestado por Jacó ao Senhor em Betel, prenunciava a adoração regular dos israelitas na Terra Prometida. Essa primeira seção de Gênesis 35 termina com o registro da morte de Débora, a ama de Rebeca (Gênesis 35:8).

Deus confirma Sua benção a Jacó (Gênesis 35:9-15)

Já em Betel, depois do longo tempo em que esteve em Padã-Harã, o texto bíblico informa que mais uma vez Deus se revelou a Jacó (Gênesis 35:9). Deus abençoou o patriarca e o confirmou como herdeiro das promessas da aliança feita com Abraão. Isso quer dizer que Deus reiterou a Jacó as promessas que ele havia assegurado a Abraão. Inclusive, o próprio Abraão também havia adorado a Deus em Betel (Gênesis 12:8; 13:3,4).

Durante Sua bênção, novamente Deus afirmou que Jacó não seria mais chamado por esse nome, mas Israel seria o seu nome. Além disso, Deus também garantiu que a descendência de Jacó seria grande e poderosa; dele saíram nações e reis. A terra que Deus havia dado a Abraão e a Isaque seria entregue a Jacó e seus descendentes (Gênesis 35:9-15). Portanto, essa promessa anunciava o estabelecimento de Israel como nação na Terra Prometida.

O nascimento de Benjamim e a morte de Raquel (Gênesis 35:16-22)

Gênesis 35 também registra a morte Raquel, a esposa preferida de Jacó. Perto de Efrata, Raquel deu à luz ao seu segundo filho biológico e o décimo segundo filho de Jacó. Mas a Bíblia diz que por complicações no parto, Raquel acabou morrendo.

No entanto, antes de morrer Raquel chamou o menino de Benoni, que significa “filho da minha tristeza”. Mas Jacó chamou o menino de Bejamim, que significa “filho da mão direita” (Gênesis 35:18). Mais tarde, na literatura profética, o choro de Raquel foi usado como um tipo de prefiguração da agonia que atingiria a nação (Jeremias 31:15-17; cf. Mateus 2:17,18).

Em seguida Raquel foi sepultada no caminho de Efrata – que era o antigo nome de Belém (Gênesis 35:19). Sobre sua sepultura Jacó levantou um memorial que ainda podia ser visto nos tempos de Moisés (Gênesis 35:20).

O texto bíblico informa que partindo dali, Jacó armou sua tenda além da torre de Éder (Gênesis 35:21). Entretanto, enquanto Jacó habitava naquela terra, seu filho mais velho, Rúben, se deitou com Bila, sua concubina. Jacó soube o que Rúben havia feito, e por causa desse pecado ele perdeu a benção da primogenitura e foi privado de exercer liderança sobre seus irmãos (Gênesis 48:1; 49:3-4; Deuteronômio 22:30).

Os descendentes de Jacó (Gênesis 35:23-29)

Na parte final de Gênesis 35 temos uma lista com os nomes dos filhos de Jacó. Onze dos doze filhos de Jacó nasceram em Padã-Harã, ao nordeste de Canaã. Somente o caçula Benjamim foi quem nasceu após o regresso da família da aliança a Canaã. Esse relato serve para mostra a descendência de Jacó estabelecida (Gênesis 35:23-26).

Gênesis 35 termina registrando o último encontro entre Jacó e Isaque em Hebrom. O escritor bíblico informa que Isaque viveu cento e oitenta anos. Ele morreu farto de dias e foi sepultado por Esaú e Jacó (Gênesis 35:27-29). A volta de Jacó à Terra Prometida enquanto Isaque ainda estava vivo, foi mais uma prova da presença protetora de Deus sobre sua vida. Portanto, o Senhor atendeu suas palavras quando ele pediu para ser levado em paz de volta para a casa de seu pai (Gênesis 28:21).

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