Hermes, o mensageiro dos deuses
Hermes, deus dos viajantes, protetor da magia e da advinhação, responsável pelos golpes de sorte e pelas súbitas mudanças de vida, patrono dos ladrões e dos trapaceiros, era filho de Zeus e da misteriosa Ninfa Maia, a mais jovem das Plêiades, também chamada de noite. Chamado de trapaceiro por sua ambiguidade, ao mesmo tempo era mensageiro dos deuses e também fiel mensageiro do mundo das trevas. Hermes é filho da luz espiritual com as trevas primordiais. Suas cores vermelho e branco refletem a mistura de paixões terrenas com a clareza espiritual que fazem parte de sua natureza.
Ainda muito pequeno, Hermes conseguiu sair do berço, roubou um rebanho de seu irmão Apolo, criou o fogo e assou duas reses. Para enganá-lo, calçou as sandálias ao contrário para que o irmão seguisse a pista falsa. Quando Apolo descobriu o roubo foi exigir de Hermes a devolução das reses. Mas Hermes negou tudo desculpando-se por ser ainda uma criança. Apolo previu que Hermes se tornaria o mestre dos ladrões. Mais uma vez, Hermes enganou o seu irmão Apolo e deu-lhe uma lira feita de casco de tartaruga dizendo ser uma homenagem por suas habilidades musicais. Apolo encantado com a homenagem esqueceu-se do gado.
Apolo, temendo que no futuro Hermes voltasse a enganá-lo, exigiu que o irmão jurasse nunca mais enganá-lo e em troca ele o tornaria rico, honrado e famoso, hábil em tudo que empreendesse honestamente, tanto na palavra como nos atos, e capacidade de concluir o que tivesse iniciado. Deu a Hermes três virgens aladas que ensinavam a divinação e diziam a verdade quando alimentadas com mel. Hermes tornou-se o mestre dos quatro elementos e ensinou aos homens as artes da advinhação.
Retratado por Homero e Hesiodo, com suas habilidades e benfeitor dos mortais, portador da boa sorte e também das fraudes. Autores clássicos também adornaram o mito com novos acontecimentos. Ésquilo mostrou Hermes a ajudar Orestes a matar Clitemnestra sob uma identidade falsa e outros estratagemas,e disse também que ele era o deus das buscas, e daqueles que procuram coisas perdidas ou roubadas.
Sófocles fez Odisseu invocá-lo quando precisou convencer Filocteto a entrar na Guerra de Tróia do lado dos gregos, e Eurípides o fez aparecer para ajudar Dolon na espionagem da armada grega. Esopo, que pretensamente havia recebido o seu dom literário de Hermes, o colocou em várias de suas fábulas, como regente do portão dos sonhos proféticos, como deus dos atletas, das raízes comestíveis, da hospitalidade.
Também disse que Hermes havia atribuído a cada pessoa o seu quinhão de inteligência. Píndaro e Aristófanes documentam também a sua recente associação com a ginástica, que não existia no tempo de Homero, Aristóteles sistematizou o conceito da hermenêutica, a ciência da interpretação, da tradução e da exegese, a partir dos atributos de Hermes. Eudoxo de Cnido, um matemático, chamou de Hermes o planeta hoje conhecido como Mercúrio, mudança ocorrida graças à influência romana posterior.
Divindade muito antiga, era cultuado como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades. Com o domínio da Grécia por Roma, Hermes foi assimilado ao deus Mercúrio, e através da influência egípcia, sofreu um sincretismo também com Toth, criando-se o personagem de Hermes Trismegisto - O três vezes grande.
A Hermes são atribuidos uma grande quantidade de amores com deusas, semideusas e mulheres mortais, gerando numerosa descendência. Gerou Hermafrodito, Eros e talvez Príapo junto com Afrodite; Pã junto com ninfa Dríope; seduziu Hécate às margens do lago Boibes, relacionou-se com Peitho, a deusa da persuasão, tomando-a como esposa; tentou cortejar Perséfone, mas foi rejeitado.
Dáfnis, Kaikos, Keryx, Kydon, Ekhion e Eurytos, Eurestos, Norax, Céfalo, Elêusis, Polybos, Mirtilo, Lybis, Pharis, Arabos, três filhos sátiros: Pherespondos, Lykos e Pronomos; eram todos frutos de amores de Hermes com inumeras ninfas, mortais, e semi-deusas. Teve também romances com alguns homens, segundo algumas versões de sua história: Krokos, a quem matou acidentalmente em um jogo de disco, e a quem depois transformou em uma flor; Anfião, a quem teria concedido o dom do canto e a habilidade à lira, por cuja arte operou prodígios, e Perseu, a quem também manifestou especial proteção. Os romanos lhe deram mais um amor, Larunda, com quem gerou os Lares, importantes deidades domésticas.
Freqüentemente é representado como um jovem de belo rosto, vestido com uma túnica curta e trazendo na cabeça um capacete com asas, calçando sandálias aladas e na mão seu principal símbolo, o caduceu doado por Apolo. Como mensageiro ou intérprete da vontade dos deuses, deu origem ao termo hermenêutica.
Hermes representa nossa capacidade de vislumbrar nossos talentos, mesmo que possamos nos sentir confusos, e pode nos indicar as melhores escolhas que podemos fazer em nossa vida. Hermes é brincalhão e às vezes não responde quando queremos uma direção.
Chega-nos disfarçado através de sonhos que nos perturbam ou na figura de uma pessoa que se torna importante, como se fosse catalizador de uma viagem. Hermes pode surgir sob uma súbita descoberta de que sempre sabemos mais do que imaginamos. Uma circunstância inesperada e corriqueira traz uma mudança em nossas vidas, como um mestre interior ou exterior. Tal como no mito de Dioniso, Hermes o protege até o seu nascimento e nós também podemos nos proteger ou ser protegidos.
Hermes era um deus em quem não se podia confiar, pois era traiçoeiro e maldoso e quase sempre desviava os viajantes das estradas. Assim, seguir o mestre interior nem sempre significa uma escolha segura e garantida. Muitas vezes dependemos de uma indicação externa para orientar-nos.
Ainda muito pequeno, Hermes conseguiu sair do berço, roubou um rebanho de seu irmão Apolo, criou o fogo e assou duas reses. Para enganá-lo, calçou as sandálias ao contrário para que o irmão seguisse a pista falsa. Quando Apolo descobriu o roubo foi exigir de Hermes a devolução das reses. Mas Hermes negou tudo desculpando-se por ser ainda uma criança. Apolo previu que Hermes se tornaria o mestre dos ladrões. Mais uma vez, Hermes enganou o seu irmão Apolo e deu-lhe uma lira feita de casco de tartaruga dizendo ser uma homenagem por suas habilidades musicais. Apolo encantado com a homenagem esqueceu-se do gado.
Apolo, temendo que no futuro Hermes voltasse a enganá-lo, exigiu que o irmão jurasse nunca mais enganá-lo e em troca ele o tornaria rico, honrado e famoso, hábil em tudo que empreendesse honestamente, tanto na palavra como nos atos, e capacidade de concluir o que tivesse iniciado. Deu a Hermes três virgens aladas que ensinavam a divinação e diziam a verdade quando alimentadas com mel. Hermes tornou-se o mestre dos quatro elementos e ensinou aos homens as artes da advinhação.
Retratado por Homero e Hesiodo, com suas habilidades e benfeitor dos mortais, portador da boa sorte e também das fraudes. Autores clássicos também adornaram o mito com novos acontecimentos. Ésquilo mostrou Hermes a ajudar Orestes a matar Clitemnestra sob uma identidade falsa e outros estratagemas,e disse também que ele era o deus das buscas, e daqueles que procuram coisas perdidas ou roubadas.
Sófocles fez Odisseu invocá-lo quando precisou convencer Filocteto a entrar na Guerra de Tróia do lado dos gregos, e Eurípides o fez aparecer para ajudar Dolon na espionagem da armada grega. Esopo, que pretensamente havia recebido o seu dom literário de Hermes, o colocou em várias de suas fábulas, como regente do portão dos sonhos proféticos, como deus dos atletas, das raízes comestíveis, da hospitalidade.
Também disse que Hermes havia atribuído a cada pessoa o seu quinhão de inteligência. Píndaro e Aristófanes documentam também a sua recente associação com a ginástica, que não existia no tempo de Homero, Aristóteles sistematizou o conceito da hermenêutica, a ciência da interpretação, da tradução e da exegese, a partir dos atributos de Hermes. Eudoxo de Cnido, um matemático, chamou de Hermes o planeta hoje conhecido como Mercúrio, mudança ocorrida graças à influência romana posterior.
Divindade muito antiga, era cultuado como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades. Com o domínio da Grécia por Roma, Hermes foi assimilado ao deus Mercúrio, e através da influência egípcia, sofreu um sincretismo também com Toth, criando-se o personagem de Hermes Trismegisto - O três vezes grande.
A Hermes são atribuidos uma grande quantidade de amores com deusas, semideusas e mulheres mortais, gerando numerosa descendência. Gerou Hermafrodito, Eros e talvez Príapo junto com Afrodite; Pã junto com ninfa Dríope; seduziu Hécate às margens do lago Boibes, relacionou-se com Peitho, a deusa da persuasão, tomando-a como esposa; tentou cortejar Perséfone, mas foi rejeitado.
Dáfnis, Kaikos, Keryx, Kydon, Ekhion e Eurytos, Eurestos, Norax, Céfalo, Elêusis, Polybos, Mirtilo, Lybis, Pharis, Arabos, três filhos sátiros: Pherespondos, Lykos e Pronomos; eram todos frutos de amores de Hermes com inumeras ninfas, mortais, e semi-deusas. Teve também romances com alguns homens, segundo algumas versões de sua história: Krokos, a quem matou acidentalmente em um jogo de disco, e a quem depois transformou em uma flor; Anfião, a quem teria concedido o dom do canto e a habilidade à lira, por cuja arte operou prodígios, e Perseu, a quem também manifestou especial proteção. Os romanos lhe deram mais um amor, Larunda, com quem gerou os Lares, importantes deidades domésticas.
Freqüentemente é representado como um jovem de belo rosto, vestido com uma túnica curta e trazendo na cabeça um capacete com asas, calçando sandálias aladas e na mão seu principal símbolo, o caduceu doado por Apolo. Como mensageiro ou intérprete da vontade dos deuses, deu origem ao termo hermenêutica.
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Hermes representa nossa capacidade de vislumbrar nossos talentos, mesmo que possamos nos sentir confusos, e pode nos indicar as melhores escolhas que podemos fazer em nossa vida. Hermes é brincalhão e às vezes não responde quando queremos uma direção.
Chega-nos disfarçado através de sonhos que nos perturbam ou na figura de uma pessoa que se torna importante, como se fosse catalizador de uma viagem. Hermes pode surgir sob uma súbita descoberta de que sempre sabemos mais do que imaginamos. Uma circunstância inesperada e corriqueira traz uma mudança em nossas vidas, como um mestre interior ou exterior. Tal como no mito de Dioniso, Hermes o protege até o seu nascimento e nós também podemos nos proteger ou ser protegidos.
Hermes era um deus em quem não se podia confiar, pois era traiçoeiro e maldoso e quase sempre desviava os viajantes das estradas. Assim, seguir o mestre interior nem sempre significa uma escolha segura e garantida. Muitas vezes dependemos de uma indicação externa para orientar-nos.
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