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Ganimedes - O mito do signo de Aquário
Ganimedes é filho de Trós, rei de Tróia, um príncipe herdeiro do trono, assim como o seu irmão, Ilo. Para aplacar a dor de Trós, Zeus oferece uma parreira de ouro e dois cavalos, em troca de Ganimedes. Pelo poder de Zeus, o mortal mais belo torna-se um deus imortal, assim, Ganimedes é o protegido que recebe o apoio do deus dos deuses, para também se tornar um deus.
O Aguadeiro Celeste também é visto como um deus do amor homossexual – transgressor por natureza por romper com a lógica da procriação da espécie – assim como do amor do mais velho ao mais novo. Aquário é a afirmação da pulsão masculina, entre homens, para os homens, por causa dos homens. O feminino não se cria, afinal, Ganimedes liberta Zeus da obrigação da sua função procriadora; o relacionamento sem obrigações, sem contratos. Com Ganimedes, Zeus experimenta outro amor, além da natureza, além do corpo, além da genética, muito além da obrigação de fertilizar o mundo com o gen da divindade.
Aquário é o impulso civilizatório, a fecundação in vitro, a transição política – para o bem estar da comunidade e também a relação do menino com o homem já feito, a quebra da convenção hierárquica, social e familiar que tanto se atribui a Aquário. O Deus do Olimpo na forma de águia, uma ave de rapina, simboliza a visão de longo alcance.
Ganímedes ou Ganimedes (em grego: Γανυμήδης; romaniz.: Ganymédēs, de γάνος, transl. ganos, 'brilho' + μήδεα, transl. médea, ambiguamente, 'astuto' ou genitais), na mitologia grega, era um príncipe de Troia, que Zeus levou para o Olimpo, para se tornar um copeiro dos deuses. Ele era filho de Tros e Calírroe, irmão de Ilo II e Assáraco. Nas imediações de Troia, o jovem cuidava dos rebanhos do pai, quando foi avistado por Zeus. Atordoado com a beleza do mortal, Zeus transformou-se numa águia e raptou-o. Ele passou a ser o copeiro dos deuses, Homero relata:
“ | Ganímedes foi o mais encantador nascido da raça dos mortais, e, portanto, os deuses pegaram-no para si, para servir vinho a Zeus, por causa de sua beleza, então ele pode estar entre os imortais. | ” |
Ganimedes foi levado ao Olimpo e, apesar do ódio de Hera, substituiu a deusa Hebe e passou a servir o néctar aos deuses, bebida que oferece a imortalidade, derramando, depois, os restos sobre a terra, servindo aos homens. Em homenagem ao belíssimo jovem, Zeus colocou-o na constelação de Aquário. O símbolo do signo de aquário é um aguadeiro, que, em algumas versões, seria Ganimedes.
Segundo outra versão da lenda, Ganimedes foi raptado pela deusa Eos, a deusa do amanhecer, ao que tudo indica esta era a versão original da lenda, pois a deusa Eos, é representada em outras lendas fazendo o mesmo com outros jovens rapazes, pois havia sido enfeitiçada por Afrodite, com um desejo insaciável por fazer sexo com homens jovens. Essa versão é apresentada por escritores como Apolonio de Rodes.
Etimologia
Sobre a etimologia da palavra Ganimedes Robert Graves propõe, em Os Mitos Gregos, que a palavra seja formada de duas palavras gregas: γανύησθαι (ganýesthai) que significa regozijar-se, estar repleto de alegria, e μῆδηα (médea) que quer dizer as partes pudendas do homem ou as suas nudezas, dando uma possível tradução como 'aquele que se regozija na virilidade'. É também possível que o nome Ganimedes signifique "alegrar-se com o intelecto", com origem em ganu-, "regozijar-se," e mēd-, "mente."
Representações
Uma das representações em Portugal do rapto de Ganímedes pode ser encontrada no Jardim de João Chagas, no Porto. É uma escultura de 1898 do escultor português António Fernandes de Sá.
Referências
- ↑ «GANYMEDE (Ganymedes) - Greek Cup-Bearer of the Gods». www.theoi.com. Consultado em 20 de janeiro de 2020
- ↑ Plato,Symposium8.29–3
- ↑ Craig Williams,Roman Homosexuality. Oxford University Press, 1999, 2010), p. 153.
Eos
Eos (em grego: Ἠώς – Êôs, aurora), na mitologia grega, é a deusa que personificava o amanhecer. Filha de Hiperião e Teia, é a irmã da deusa Selene, a Lua, e de Hélio, o Sol.
Representação
Normalmente citada como de longos cabelos louros e unhas tingidas de rosa com uma carruagem purpúrea puxada por dois cavalos alados, Lampo e Faetonte, com arreios multicolores. Ágil e graciosa, é munida de asas nos ombros e nos pés.
Essa caracterização expressa seu carácter de jovem caprichosa e despreocupada, que vive amores intensos e efêmeros.
Função
Eos tem, como principal função, abrir as portas do céu para a carruagem de Hélio, a personificação do Sol, sendo assim a deusa do amanhecer (Quando a carruagem de Hélio está saindo, e o Sol está nascendo) e do entardecer, mais especificamente, o pôr do sol (Quando a carruagem de Hélio está voltando, e o Sol está se pondo). Responsável também pelo brilho do Sol e das tonalidades do Céu, Eos é a deusa que desperta as pessoas e criaturas dos mais profundos sonhos e derrama orvalho nas folhas, sendo mais conhecida por ser a deusa especialmente do amanhecer.
Amores e filhos
São numerosas as paixões de Eos, sendo a mais conhecida com Titono, irmão mais velho de Príamo. Ao apaixonar-se por ele, teve medo de o perder e o raptou e levou-o para a Etiópia.
A deusa amava-o tanto que pediu para que lhe concedessem a imortalidade, mas esqueceu-se da juventude eterna, e dessa forma o amado da deusa transformou-se num velho decrépito, sem nunca, no entanto, morrer. Eos decidiu, então pedir para que Zeus o transformasse numa cigarra.
Com Titono, teve dois filhos: Emátion e Mêmnon.
Céfalo, filho de Hermes e Herse, também foi vítima do amor implacável de Eos.
Ele estava já casado com a princesa Prócris, terna e amorosa e sempre fiel a seu marido.
Insaciável como sempre, Eos pouco se importa para o sofrimento de Prócris e rapta Céfalo enquanto caçava nas proximidades do monte Imeto.
Mas apesar de todos os esforços da deusa, o jovem continua apaixonado por sua esposa. Apesar de muitos esquemas ardilosos da deusa, Céfalo e Prócris se reconciliam. Céfalo volta a caçar, mas sua esposa, com receando a deusa rival, o segue. Pensando se tratar de um animal, ele a mata e ao ver o que havia feito, se joga ao mar. Comovido, Zeus os transforma em estrelas.
Uma das versões do mito de Ganímedes, conta que ele foi raptado e levado ao monte Olimpo não por Zeus, mas pela deusa Eos, ao que parece essa era a versão original do mito de Ganímedes, ela é mencionada por Apolonio de Rodis, e outros escritores da Grecia antiga.
As suas paixões atribuem-se ao fato de que teve amores com Ares, algo que deixou Afrodite muito enciumada, fazendo com que lançasse um feitiço sobre Eos, para que ela se apaixonasse apenas por homens mortais, e tivesse um desejo sexual insaciavel.
Versão da lenda segundo Hesíodo
Segundo Hesíodo, Eos (o Dia) raptou Céfalo, e o filho deles se chama Faetonte, guardião do templo de Afrodite.
Referências
- ↑ «GANYMEDE (Ganymedes) - Greek Cup-Bearer of the Gods». www.theoi.com. Consultado em 21 de janeiro de 2020
- ↑ Teogonia, 985-992, por Hesíodo
- ↑ Descrição da Grécia, 1.3.1, por Pausânias (geógrafo)
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