Qual era a marca da besta? A palavra é CHARAGMA.
Com referência à palavra sinal (charagma), Simcox escreve que é "a marca de fogo colocada nos escravos para identificá-los; devotos pagãos às vezes recebiam esse tipo de sinal, marcando-os como a propriedade do seu deus."
Rist diz que esse sinal era também "o termo técnico para o carimbo imperial em documentos oficiais”.
Essa "marca da besta" é o oposto do que lemos em Apocalipse 7:1. Ali "os servos do nosso Deus" são selados em suas testas, protegendo-os dos julgamentos divinos prestes a ser derramados sobre a terra.
Então vem um dizer enigmático: Aqui há sabedoria. Esta é a expressão seguinte: Aquele que tem entendimento (lit.: "tendo uma mente") são bastante parecidas com Apocalipse 17:9: "Aqui há sentido, que tem sabedoria".
Talvez essas expressões façam eco do que lemos em Daniel 12.10: "...e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão". Um outro paralelo está em Efésios 1:17: "o espírito de sabedoria e de revelação". Aqueles que tinham esse espírito entenderiam o que João estava dizendo.
Símbolo de Propriedade
Às vezes os escravos domésticos eram destacados com a marca de seu dono. Entretanto, em geral era costume praticar esta marca só se tinham escapado ou tinham cometido uma falta grave. Esta marca recebia o nome de estigma. Até o dia de hoje falamos do estigma que implica uma ação desonrosa. Neste sentido, significa que aqueles que rendem culto à besta são os escravos, quer dizer, que pertencem à besta. Ou seja, não mais pertencem à Cristo, mas, são totalmente identificáveis como sendo do Inimigo das Almas, a Serpente Antiga da qual fala Apocalipse 12.
Símbolo de Pertinência e Identificação
Às vezes os soldados se marcavam com o nome de algum chefe por quem sentiam grande respeito. Em certo sentido, é o equivalente ao costume moderno de tatuar o corpo com a imagem ou o nome de uma pessoa muito querida. Se relacionarmos a marca com isto significa que aqueles que rende culto à besta são seus fiéis seguidores. Eles incorporaram os princípios da besta, seus pensamentos subversivos de rebeldia direta contra o Criador; não são mais pessoas enganadas, mas, absolutamente engajados no reino do Anti Cristo de corpo e alma.
A Moeda
Todo o dinheiro no império antigo tinha gravada a cabeça do imperador e uma inscrição com seu nome, para demonstrar que lhe pertencia. Se a marca se relacionar com isto, também significa que todos aqueles que a possuírem também pertencem à besta, são dela e podem ser manuseados por ela de acordo com seu bel prazer.
O Certificado / Marca e o direito de Comprar e vender
Como vimos, depois de ter queimado a medida de incenso para logo em seguida render culto à César os cidadãos RECEBIAM UM CERTIFICADO onde constava que estava sendo um fiel cumpridor da lei. Esse certificado era uma espécie de seguro contra a perseguição e a morte e dava o direito de comercializar, ou seja, COMPRAR E VENDER.
A marca da besta poderia ser relacionada ao certificado de culto que o cristão só podia obter se renegasse sua fé no Messias como seu Senhor. Quando a pessoa tinha o certificado na mão, ele era catalogado como adorador de César e Negador de Cristo.
LEI, SELO E AUTORIDADE
Todo contrato de compra ou venda tinha um charagma, um selo. Sobre este selo estava inscrito o nome do imperador reinante e a data. O selo imperial era o sinal de um contrato (Pacto) que se tinha celebrado e tinha sido aceito. Se conectarmos a marca com este dado, significará que aqueles que adoram a besta aceitam sua LEI e AUTORIDADE.
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