Filhas de Nereu, um dos "Velhos do Mar", e de Dóris, uma Oceânide, e netas de Oceano (pai de Dóris), eram divindades marinhas por excelência, de grande beleza. Eram para muitos a personificação das ondas do mar e do aspeto jovial do mar. Seriam mais de cinquenta e, para alguns, mesmo cem. Entre elas, são bastante conhecidas Anfitrite, Calipso, Dione, Galateia, Janira, Orítia, Proto,
Tétis, entre outras.
Tétis ficou famosa também por ser mãe de Aquiles, Anfitrite por ser esposa de Poseidon, deus do mar - o mais volúvel dos deuses em questões amorosas, deixando o maior número de filhos extraconjugais, superando mesmo Zeus - ou Orítia, tida como filha de Erecteu, rei de Atenas. As Nereides faziam parte, com os Tritões, do agitado cortejo de divindades do Mar. As Nereides viviam no fundo do mar, de acordo com a tradição, num palácio do pai, sentando-se num trono de ouro. O seu tempo era ocupado a fiar, a tecer e a cantar, para além de se divertirem a cavalgar golfinhos ou cavalos-marinhos nas ondas, como diziam os poetas gregos e os posteriores, com os seus longos cabelos a boiar nas águas e alegremente a nadar e saltar por entre golfinhos e tritões. A sua postura nos episódios fabulosos da
mitologia grega era quase sempre a de meras espectadoras, observando ou surgindo como meras figurantes, raramente como atuantes ou decisivas em acontecimentos maiores. Por exemplo, limitaram-se a consolar sua irmã
Tétis, chorando com ela a morte de Aquiles e de Pátroclo. Quando intervinham, era sempre de forma subalterna ou discreta, como sucedeu quando ajudaram Hércules (
Héracles) a obter de Nereu, seu pai, indicações seguras para que o herói encontrasse o caminho para o país das Hespérides. Entre outros episódios, as Nereides também estiveram presentes quando Perseu libertou Andrómeda.
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