Campeonato Brasileiro de Futebol de 1959
I Campeonato Brasileiro de Futebol | ||||
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Taça Brasil de 1959 | ||||
Time do Bahia com a taça e as faixas de campeão brasileiro de 1959. | ||||
Dados | ||||
Participantes | 16 | |||
Organização | CBD | |||
Local de disputa | Brasil | |||
Período | 23 de agosto de 1959 – 29 de março de 1960 | |||
Gol(o)s | 103 | |||
Partidas | 36 | |||
Média | 2,86 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Bahia (1º título) | |||
Vice-campeão | Santos | |||
Melhor marcador | Léo Briglia (Bahia) – 8 gols | |||
Maior goleada (diferença) | Sport 6 – 0 Bahia Ilha do Retiro, Recife 30 de outubro, Segunda Fase (Zona Norte) | |||
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O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1959, originalmente denominado Taça Brasil pela CBD, foi a primeira edição do Campeonato Brasileiro. O Bahia, após vencer o terceiro jogo da final contra o Santos, sagrou-se campeão brasileiro[1][2] pela primeira vez e, também, conquistou a vaga para ser o representante brasileiro na primeira competição continental sul-americana realizada pela CONMEBOL, a Copa dos Campeões da América (atual Copa Libertadores da América) de 1960.
O campeão Bahia disputou 14 partidas, com 9 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, 25 gols a favor e 18 contra[3], tendo seus atacantes Léo Briglia com 8 gols sido o artilheiro da competição e Alencar o terceiro, com 6 gols. Efigênio Bahiense, o Geninho, foi o treinador durante toda a competição, mas quem dirigiu o time na final foi o argentino Carlos Volante.[4]
Esta edição contou com a participação de dezesseis campeões estaduais, sendo que os campeões do estado de São Paulo e do Distrito Federal (na época, a cidade do Rio de Janeiro) já entravam na fase final.
O primeiro gol da história do Brasileirão foi de Alencar, do Bahia contra o CSA. Já o artilheiro, foi Léo Briglia, também do Bahia, com 8 gols, com a competição tendo tido uma média de público de 10.360 pagantes.[5]
Apesar de sua importância, e de seu vencedor ser considerado o campeão brasileiro já na época de sua disputa por alguns órgãos de imprensa,[6][1][7] somente em 2010 que o torneio foi reconhecido oficialmente pela CBF como o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1959.[8]
Um fato incomum marcou essa edição: o campeão Bahia sofreu a maior goleada da competição, ao perder para o Sport Recife no dia 30 de outubro de 1959 pelo placar de 6 a 0. No entanto, pelo regulamento, a diferença de gols era irrelevante, e o Bahia avançou de fase, vencendo o mesmo adversário em dois outros desafios (por 3 a 2 e por 2 a 0).
Ainda, se a diferença de gols ao final de duas partidas fosse considerada, o Santos teria sido o campeão, pois venceu o Bahia por 2x0, e perdeu por 3x2. Todavia, o regulamento previa o jogo-desempate, vencido pelo Bahia.
Outro critério de desempate comum em campeonatos eliminatórios, com jogos de ida e volta é a vantagem do gol fora de casa. Se houvesse, o Bahia teria sido eliminado na final do grupo Nordeste pelo Ceará e na semifinal pelo Vasco. História
A Taça Brasil foi a primeira competição nacional de clubes de futebol do Brasil a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro (já na época de sua disputa, o vencedor da Taça Brasil era considerado o campeão brasileiro).[6][7][9][10][11] Apesar do certame ter sido instituído em 1954 pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF) com a finalidade de apontar o clube campeão brasileiro da temporada, e ter seu regulamento definido no ano seguinte, a primeira edição da competição não pôde ser disputada em 1955, como o planejado, devido ao fato do calendário trienal do futebol brasileiro de 1955 a 1958 já estar aprovado e não podendo sofrer alterações por causa da Copa do Mundo de 1958. Sendo assim, ficou definido naquela época que a Taça Brasil começaria somente em 1959.[12][13] Porém, como ainda havia limitação de data, restrições econômicas e dificuldades para viagens interestaduais devido a precariedade da infraestrutura do país na época, a competição foi montada de modo mais econômico possível. Sendo assim, participavam os campeões estaduais que se enfrentavam em um grande sistema eliminatório.[6][14][11]
A primeira edição do Campeonato Brasileiro de Futebol foi realizada em 1959 e contou com a participação de dezesseis campeões estaduais do ano anterior.[15] Com os clubes divididos regionalmente, paulistas e cariocas entraram apenas nas semifinais. Na decisão, em uma finalíssima histórica, o Bahia venceu o poderoso Santos de Pelé, considerado por muitos o melhor time de futebol de todos os tempos,[15][16] em uma série de três partidas. Consagrando o Bahia como o primeiro vencedor da competição e, consequentemente, o primeiro campeão brasileiro.[2][17][18][19] A conquista também credenciou a equipe como o primeiro representante brasileiro na Copa Libertadores da América.[15] Para a equipe, a conquista é tão importante que é lembrada pela presença de uma estrela, do mesmo peso da utilizada pela conquista do Campeonato Brasileiro de 1988, em seu uniforme. Lesionado, Pelé não atuou no último jogo, realizado já em 1960, no dia 29 de março, em função de uma excursão do time ao exterior.[9]
Com a conquista da Taça Brasil de 1959, o Bahia já naquela época foi considerado campeão brasileiro de clubes (algo ainda inédito no Brasil).[9][11][10][7] Como está confirmado em uma matéria do jornal O Globo, que em sua edição seguinte ao fim da competição destacou a conquista do Bahia da seguinte forma: "Primeiro campeão brasileiro de todos os tempos, um título único e inédito de uma importância sem igual. Uma odisseia fantástica do Esporte Clube Bahia, quase desacreditado depois da derrota em Salvador, vitorioso e inconstante no Rio de Janeiro, no templo do futebol, o Maracanã, contra o maior time do mundo."[16] Na época, o jornal Folha de S. Paulo que, também, destacou o título do Bahia, em sua edição de 30 de março de 1960, da seguinte maneira: "O EC Bahia, depois de uma campanha das mais brilhantes, sagrou-se na noite de ontem, no Maracanã, o primeiro campeão brasileiro de futebol, ao derrotar o Santos pela contagem de 3 a 1, em um resultado dos mais merecidos.[1] Além da A Gazeta Esportiva, que, assim como muitos jornais, também, tratou o Bahia como campeão brasileiro, publicando o seguinte em sua edição do dia 30 de março de 1960: "O Bahia conseguiu esta noite, no Maracanã, o título inédito no futebol brasileiro, qual seja o de campeão brasileiro por equipes, garantindo sua participação no próximo Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões. A rigor, só tivemos de bom o primeiro tempo, quando as equipes visaram a prática do futebol. No segundo período, entretanto, o juiz Frederico Lopes colocou tudo a perder, permitindo o jogo violento."[9]
As críticas à arbitragem não diminuíram a felicidade dos soteropolitanos. Foi realizada uma grande festa em Salvador, encampada politicamente pelo prefeito da cidade, Heitor Dias, que afirmava de forma entusiasmada: "Salvador hoje completa 411 anos de fundação e o melhor presente foi a grande conquista do Esporte Clube Bahia". Como uma volta ao passado, mais uma vez a Bahia rompia a hegemonia de cariocas e paulistas no cenário nacional, uma vez que o estado já havia ganho o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, em 1934.[16]
Na conquista do primeiro campeonato nacional realizado pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), entidade máxima do futebol na época, o clube baiano disputou catorze partidas, venceu nove, empatou dois e perdeu três, marcou vinte e cinco gols e sofreu dezoito. Ademais, a equipe também fez ainda o artilheiro da competição – Léo, com oito gols.[15][17]
Participantes
Equipe | Cidade | Estado | Classificação |
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ABC | Natal | RN | Campeão potiguar de 1958 |
Atlético Mineiro | Belo Horizonte | MG | Campeão mineiro de 1958 |
Atlético Paranaense | Curitiba | PR | Campeão paranaense de 1958 |
Auto Esporte | João Pessoa | PB | Campeão paraibano de 1958 |
Bahia | Salvador | BA | Campeão baiano de 1958 |
Ceará | Fortaleza | CE | Campeão cearense de 1958 |
CSA | Maceió | AL | Campeão alagoano de 1958 |
Ferroviário | São Luís | MA | Campeão maranhense de 1958 |
Grêmio | Porto Alegre | RS | Campeão gaúcho de 1958 |
Hercílio Luz | Tubarão | SC | Campeão catarinense de 1958 |
Manufatora | Niterói | RJ | Campeão fluminense de 1958 |
Rio Branco | Vitória | ES | Campeão capixaba de 1958 |
Santos | Santos | SP | Campeão paulista de 1958 |
Sport | Recife | PE | Campeão pernambucano de 1958 |
Tuna Luso | Belém | PA | Campeão paraense de 1958 |
Vasco da Gama | Rio de Janeiro | DF | Campeão carioca de 1958 |
Regulamento
A Taça Brasil de 1959 foi dividida em três fases, todas em sistema eliminatório ("mata-mata"). Na primeira fase, os clubes foram divididos em quatro grupos, Grupo Nordeste, Grupo Norte, Grupo Leste e Grupo Sul. Na segunda fase, os vencedores dos grupos Nordeste e Norte disputaram o título de campeão da Zona Norte e os dos grupos Leste e Sul o da Zona Sul. A fase final foi disputada entre os campeões das Zonas Sul e Norte e os representantes do Estado de São Paulo e Distrito Federal(na época, a cidade do Rio de Janeiro), inscritos diretamente nesta fase.
Critérios de desempate
Todos os jogos da Taça Brasil de 1959 foram disputados em modo eliminatório (mata-mata) em dois jogos de ida e volta. A equipe que somar mais pontos passava para a fase seguinte. Caso nos dois jogos as equipes tivessem o mesmo número de pontos (dois empates ou uma vitória para cada lado independente do número de gols entre os jogos) era disputado um jogo extra. Nesta partida, caso persistisse o empate, o time que tivesse o maior "goal-average" (média dos gols marcados dividido pelos gols sofridos) nas três partidas da fase era o vencedor. Se mesmo assim o empate persistisse, a vaga seria decidida no cara ou coroa.
Primeira fase
Grupo Nordeste
Semifinais | Final | |||||||||
ABC | 1 | 0 | 1 | |||||||
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Ceará | 1 | 0 | 2 | |||||||
Ceará | 0 | 2 | 1 | |||||||
Bahia | 0 | 2 | 2 | |||||||
CSA | 0 | 0 | X | |||||||
Bahia | 5 | 2 | X |
Semifinais
23 de agosto de 1959 | ABC | 1 – 1 | Ceará | Estádio Juvenal Lamartine, Natal |
Jorginho 27' | 90' Claudinho | Árbitro: José Augusto Machado Auxiliares: Jader Correia da Costa e Luiz Meirelles |
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23 de agosto de 1959 | CSA | 0 – 5 | Bahia | Estádio do Mutange, Maceió |
14', 65', 77' Alencar 36' Carioca 73' Léo | Árbitro: Cláudio Regis |
30 de agosto de 1959 | Ceará | 0 – 0 | ABC | Estádio Presidente Vargas, Fortaleza |
Árbitro: José Nogueira Filho Auxiliares: Raimundo Rola e Waldzar Reis |
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30 de agosto de 1959 | Bahia | 2 – 0 | CSA | Estádio da Fonte Nova, Salvador |
Marito 28' Léo 86' | Árbitro: José Cavalcanti de Brito |
1º de setembro de 1959 | Ceará | 2 – 1 | ABC | Estádio Presidente Vargas, Fortaleza |
Claudinho 55' Doca 91' | 23' Tiquinho | Árbitro: José Nogueira Filho Auxiliares: José Costa Filho e Raimundo Rola |
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Final
20 de setembro de 1959 | Ceará | 0 – 0 | Bahia | Estádio Presidente Vargas, Fortaleza |
Árbitro: Cláudio Regis |
27 de setembro de 1959 | Bahia | 2 – 2 | Ceará | Estádio da Fonte Nova, Salvador |
Léo Claudinho | Nenem Valter Vieira | Público: 11.000 Árbitro: Valdemar Reis |
Jogo extra:
29 de setembro de 1959 | Bahia | 2 – 1 | Ceará | Estádio da Fonte Nova, Salvador |
Biriba 38' Léo (prorr.) 90+27' | 44' Doca | Público: 8.500 Árbitro: José Monteiro Alencar |
Grupo Norte
Semifinais | Final | |||||||||
Ferroviário | 1 | 3 | 0 | |||||||
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Tuna Luso | 3 | 1 | 1 | |||||||
Sport | 2 | 3 | X | |||||||
Tuna Luso | 2 | 1 | X | |||||||
Auto Esporte | 0 | 2 | X | |||||||
Sport | 3 | 5 | X |
Semifinais
23 de agosto de 1959 | Ferroviário | 1 – 3 | Tuna Luso | Estádio Nhozinho Santos, São Luís |
Nabor 15' | 49', 64' Chininha 90' China | Renda: Cr$ 104.750,00 Árbitro: PE Argemiro Félix de Sena |
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23 de agosto de 1959 | Auto Esporte | 0 – 3 | Sport | Estádio Olímpico, João Pessoa |
15', 52' Bentancor 64' Osvaldo | Árbitro: Alfredo Bernardes Torres |
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30 de agosto de 1959 | Tuna Luso | 1 – 3 | Ferroviário | Estádio do Souza, Belém |
Edílson 81' | 12' Laxinha 26' Hamilton 62' Nabor | Árbitro: Argemiro Félix de Sena |
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30 de agosto de 1959 | Sport | 5 – 2 | Auto Esporte | Estádio da Ilha do Retiro, Recife |
Bé 17', Américo 31' Zé Maria 49' Bentancor | 55' Chiclete Macau | Árbitro: Hélio dos Santos |
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Jogo extra:
1º de setembro de 1959 | Tuna Luso | 1 – 0 | Ferroviário | Estádio do Souza, Belém |
Chininha 34' | Árbitro: Argemiro Félix de Sena |
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Final
24 de setembro de 1959 | Sport | 2 – 2 | Tuna Luso | Estádio da Ilha do Retiro, Recife |
Traçaia Bé | , Edílson | Árbitro: Alfredo Bernardes Torres Auxiliares: Anísio Morgado e José Teixeira |
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27 de setembro de 1959 | Tuna Luso | 1 – 3 | Sport | Estádio do Souza, Belém |
Estanislau | pen' Djalma Freitas Bé Bentancor | Árbitro: Orlando Carvalho Pinto |
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Grupo Sul
Semifinais | Final | |||||||||
Campeão Gaúcho | ||||||||||
1958 | ||||||||||
Grêmio | 1 | 1 | X | |||||||
Atlético-PR | 0 | 0 | X | |||||||
Hercílio Luz | 1 | 0 | X | |||||||
Atlético-PR | 2 | 1 | X |
Semifinal
23 de agosto de 1959 | Hercílio Luz | 1 – 2 | Atlético Paranaense | Estádio Aníbal Costa, Tubarão |
Luizinho 74' | Relatório | 9' Tião 23' Gaivota | Árbitro: Julio Salsamendi Auxiliares: Gerson Demaria e Euclides Pereira |
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30 de agosto de 1959 | Atlético Paranaense | 1 – 0 | Hercílio Luz | Estádio Joaquim Américo, Curitiba |
Péricles 44' | Árbitro: Lázaro Bartolomeu |
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Final
13 de setembro de 1959 | Grêmio | 1 – 0 | Atlético Paranaense | Estádio Olímpico, Porto Alegre |
Juarez 53' | Árbitro: Julio Salsamendi Auxiliares: Guilherme Sroka e Flávio Cavedini |
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27 de setembro de 1959 | Atlético Paranaense | 0 – 1 | Grêmio | Estádio Durival de Britto, Curitiba |
62' Gessy | Árbitro: Aparício Viana e Silva Auxiliares: Julio Salsamendi e Tuffy Isfer |
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Grupo Leste
Semifinais | Final | |||||||||
Rio Branco | 3 | 1 | X | |||||||
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Manufatora | 0 | 0 | X | |||||||
Rio Branco | 2 | 1 | X | |||||||
Atlético Mineiro | 2 | 2 | X | |||||||
Campeão Mineiro | ||||||||||
1958 |
Semifinal
23 de agosto de 1959 | Rio Branco | 3 – 0 | Manufatora | Estádio Governador Bley, Vitória |
Daniel 28' Roberto 60' Nanau 82' | Árbitro: José Macedo Gomes |
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30 de agosto de 1959 | Manufatora | 0 – 1 | Rio Branco | Estádio Caio Martins, Niterói |
88' (pen) Nanau | Árbitro: Erli Silva |
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Final
13 de setembro de 1959 | Rio Branco | 2 – 2 | Atlético Mineiro | Estádio Governador Bley, Vitória |
Adilson 55' Foca 80' | 2', 36' Luiz Carlos | Árbitro: José Maria Gomes |
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20 de setembro de 1959 | Atlético Mineiro | 2 – 1 | Rio Branco | Estádio Independência, Belo Horizonte |
Maurício 51' (pen), 88' | 67' Alcenir | Árbitro: Alberto da Gama Malcher |
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Segunda fase
Quartas de final | Semifinais | Final | ||||||||||||||||
Bahia | 3 | 0 | 2* | |||||||||||||||
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Sport | 2 | 6 | 0 | |||||||||||||||
Bahia | 1 | 1 | 1* | |||||||||||||||
Vasco da Gama | 0 | 2 | 0 | |||||||||||||||
Campeão Carioca | ||||||||||||||||||
de 1958 | ||||||||||||||||||
Bahia | 3 | 0 | 3* | |||||||||||||||
Santos | 2 | 2 | 1 | |||||||||||||||
Atlético Mineiro | 1 | 0 | X | |||||||||||||||
Grêmio | 4 | 1 | X | |||||||||||||||
Grêmio | 1 | 0 | X | |||||||||||||||
Santos | 4 | 0 | X | |||||||||||||||
Campeão Paulista | ||||||||||||||||||
de 1958 |
- O terceiro placar equivale ao Jogo extra.
Zona Norte
- Final
27 de outubro de 1959 | Bahia | 3 – 2 | Sport | Estádio da Fonte Nova, Salvador |
Marito 18' Biriba 26' Ari 35' | 14' Osvaldo 42' Traçaia | Árbitro: Willer Costa |
30 de outubro de 1959 | Sport | 6 – 0 | Bahia | Estádio da Ilha do Retiro, Recife |
Osvaldo 18', 34', 64' Traçaia 59' Bentancor 81' Bé 83' | Árbitro: José Cavalcanti de Brito Auxiliares: José Teixeira e Evandro Ferreira |
Jogo extra:
3 de novembro de 1959 | Sport | 0 – 2 | Bahia | Estádio da Ilha do Retiro, Recife |
20' Biriba 51' Léo | Árbitro: Willer Costa |
Zona Sul
- Final
18 de outubro de 1959 | Atlético Mineiro | 1 – 4 | Grêmio | Estádio Independência, Belo Horizonte |
Alvinho 13' (pen) | 69' Gessy 18' Benito 55' Milton Kuelle 77' Juarez | Árbitro: Arthur Vilarinho |
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25 de outubro de 1959 | Grêmio | 1 – 0 | Atlético Mineiro | Estádio Olímpico, Porto Alegre |
Gessy 89' | Árbitro: Francisco Trindade Auxiliares: Flávio Cavedini e Guilherme Sroka |
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Fase final
Semifinais
17 de novembro de 1959 | Santos | 4 – 1 | Grêmio | Estádio da Vila Belmiro, Santos |
Jair Rosa Pinto 25', 31' Coutinho 82' Urubatão 89' | 60' Gessy | Público: 18.000 Árbitro: Alberto da Gama Malcher |
19 de novembro de 1959 | Vasco da Gama | 0 – 1 | Bahia | Estádio Maracanã, Rio de Janeiro |
53' Alencar | Árbitro: Clinamulte Vieira França |
24 de novembro de 1959 | Bahia | 1 – 2 | Vasco da Gama | Estádio da Fonte Nova, Salvador |
Ari 78' | 60' Roberto Pinto 79' Delém | Público: 40.000 Árbitro: Antonio Viug |
25 de novembro de 1959 | Grêmio | 0 – 0 | Santos | Estádio Olímpico, Porto Alegre |
Árbitro: Cláudio Magalhães Auxiliares: Flávio Cavedini e Jorge Piveta |
Jogo extra:
26 de novembro de 1959 | Bahia | 1 – 0 | Vasco da Gama | Estádio da Fonte Nova, Salvador |
Léo 48' | Público: 25.000 Árbitro: Francisco Moreno Auxiliares: José Gomes Sobrinho e Antônio Musitano |
Final
10 de dezembro de 1959 | Santos | 2 – 3 | Bahia | Estádio da Vila Belmiro, Santos |
Pelé 15' Pepe 77' (pen) | 26' Biriba 57', 89' Alencar | Público: 23.000 Árbitro: Alberto da Gama Malcher |
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30 de dezembro de 1959 | Bahia | 0 – 2 | Santos | Estádio da Fonte Nova, Salvador |
7' Coutinho 28' Pelé | Público: 40.000 Árbitro: José Monteiro Alencar |
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- Jogo extra
29 de março de 1960 | Bahia | 3 – 1 | Santos | Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro |
Vicente 37' Léo 46' Alencar 76' | Relatório | 27' Coutinho | Público: 20.000 pagantes Árbitro: Frederico Lopes Auxiliares: Wilson Lopes de Souza e Ailton Vieira de Moraes. |
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Premiação
Campeonato Brasileiro de 1959 |
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Esporte Clube Bahia (1º título) |
Classificação final
Pos | Equipes | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG | Classificação ou rebaixamento |
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1 | Bahia | 20 | 14 | 9 | 2 | 3 | 25 | 18 | +7 | Campeão e classificado à Libertadores de 1960 |
2 | Santos | 5 | 5 | 2 | 1 | 2 | 9 | 7 | +2 | Vice campeão |
3 | Grêmio | 9 | 6 | 4 | 1 | 1 | 8 | 5 | +3 | Semifinalistas |
4 | Vasco da Gama | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 2 | 3 | -1 | |
5 | Sport | 9 | 7 | 4 | 1 | 2 | 21 | 10 | +11 | Eliminados na 2º Fase |
6 | Atlético Mineiro | 3 | 4 | 1 | 1 | 2 | 5 | 8 | -3 | |
7 | Ceará | 6 | 6 | 1 | 4 | 1 | 6 | 6 | +0 | Finalista de Zona |
8 | Rio Branco-ES | 5 | 4 | 2 | 1 | 1 | 7 | 4 | +3 | |
9 | Tuna Luso | 5 | 5 | 2 | 1 | 2 | 8 | 9 | -1 | |
10 | Athletico Paranaense | 4 | 4 | 2 | 0 | 2 | 3 | 3 | +0 | |
11 | Ferroviário-MA | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | -1 | Semifinalistas de Zona |
12 | ABC | 2 | 3 | 0 | 2 | 1 | 2 | 3 | -1 | |
13 | Hercílio Luz | 0 | 2 | 0 | 0 | 2 | 1 | 3 | -2 | |
14 | Manufatora-RJ | 0 | 2 | 0 | 0 | 2 | 0 | 4 | -4 | |
15 | Auto Esporte-PB | 0 | 2 | 0 | 0 | 2 | 2 | 8 | -6 | |
16 | CSA | 0 | 2 | 0 | 0 | 2 | 0 | 7 | -7 |
Principais artilheiros
- Léo Briglia (Bahia): 8 gols[20]
- Betancourt (Sport): 7 gols
- Alencar (Bahia): 6 gols
Ligação externa
Esquadrão Imortal - Bahia 1959-1962.
Bibliografia
- Livro Heróis de 59 - A História do primeiro título brasileiro conquistado pelo Esporte Clube Bahia, por Antônio Matos (2019).[22]
Referências
- ↑a b c «Folha de S.Paulo - Todas as edições». Acervo Folha. Consultado em 16 de junho de 2016
- ↑
- ↑ Retrospecto dos campeões da Taça Brasil, página editada em 17 de janeiro de 2011 e disponível em 30 de outubro de 2016
- ↑ Site oficial do ESPORTE CLUBE BAHIA, Especial 1959 - página disponível em 30 de outubro de 2016
- ↑ «O primeiro campeão do Brasil/Mas o que era a Taça Brasil?». Site UOL. Consultado em 29 de outubro de 2020
- ↑a b c «Antes do Big Bang». Revista Trivela. Consultado em 11 de fevereiro de 2016
- ↑a b c «Europa também chamava o vencedor da Taça brasil de campeão brasileiro». Odir Cunha. Consultado em 15 de fevereiro de 2016
- ↑ «CBF oficializa títulos nacionais de 1959 a 70 com homenagem a Pelé». Globo Esporte. Consultado em 8 de novembro de 2016
- ↑a b c d «Confira detalhes do título do Bahia na Taça Brasil de 1959». Portal Terra. Consultado em 11 de fevereiro de 2016
- ↑a b «Livreto com resumo do Dossiê sobre a unificação dos títulos brasileiros» (PDF). Canelada. Consultado em 11 de fevereiro de 2016
- ↑a b c «O primeiro campeonato nacional». Consultado em 11 de fevereiro de 2016
- ↑ «Taça Brasil». Consultado em 20 de junho de 2016
- ↑ «Taça Brasil saiu de Minas». Estado de Minas. Consultado em 20 de junho de 2016
- ↑ «Historiador critica comparações de Copa do Brasil com Taça Brasil». Esportes.terra. Consultado em 11 de fevereiro de 2016
- ↑a b c d «A CONQUISTA DA TAÇA BRASIL DE 1959 PELO EC BAHIA». Campeões do Futebol. Consultado em 11 de fevereiro de 2016
- ↑a b c «Futebol e política: a criação do Campeonato Nacional de Clubes de Futebol»(PDF). Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 16 de março de 2016
- ↑a b «Bahia – Primeiro Campeão Nacional – 1959». Canelada. Consultado em 11 de fevereiro de 2016
- ↑ «Há 50 anos, a imprensa saudava o primeiro campeão brasileiro». Odir Cunha. Consultado em 15 de fevereiro de 2016
- ↑ «Há 55 anos, o Bahia, treinado por um argentino, era o 1º campeão brasileiro». Futebol Portenho. Consultado em 15 de fevereiro de 2016
- ↑ Almanaque do Brasileirão 1959-2015, Editora ALTO ASTRAL, página 6.
- ↑ LIVRARIA DA TRAVESSA - Sinopse, Editora Maquinária, página disponível em 20 de julho de 2016
- ↑ “Heróis de 59” homenageia o Bahia e resgata momento histórico do futebol brasileiro, GUEDES, Joseanne - Associação Bahiana de Imprensa, página disponível em 12 de junho de 2019.
Ligações externas
Relembre o primeiro título brasileiro do Bahia, a Taça Brasil de 1959
A conquista do time baiano, também conhecido como esquadrão de aço, foi a primeira em âmbito nacional
O Brasil precisava de um torneio para definir os participantes do país na primeira edição da Copa Libertadores. Com isso, foi criada a Taça Brasil. Conheça a história da primeira temporada do torneio que mais tarde seria reconhecido oficialmente como Campeonato Brasileiro.
Na competição, classificaram-se apenas os campeões estaduais. As equipes foram divididas em grupos: ABC – RN, Bahia, Ceará e CSA no Grupo Nordeste; Ferroviário – MA, Tuna Luso – PA, Sport e Auto Esporte – PB no Grupo Norte; Grêmio, Athletico Paranaense, Hercílio Luz – SC no Grupo Sul; Rio Branco – ES, Manufatora – RJ e Atlético Mineiro no Grupo Leste. Santos (campeão paulista) e Vasco (campeão carioca) entraram somente na fase final, por serem os campeões dos estaduais mais fortes à época.
Fase de Grupos
Em esquema de semifinais, o Bahia pegou o CSA, vencendo por 5×0 em Maceió, gols de Alencar (2x), Ari, Carioca e Léo. Em Salvador, o tricolor foi novamente vitorioso, 2×0 com gols de Marito e Léo.
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Na decisão do grupo Nordeste, foi a vez do tricolor de aço enfrentar o Ceará, que havia eliminado o ABC. Em Fortaleza, empate em 0x0. Em Salvador, novo empate em 2×2 (Léo e Claudinho – contra – para o Bahia; Neném e Valter Vieira para os cearenses). Foi necessário um terceiro jogo. Pela melhor campanha ter sido do Bahia, a decisão foi disputada em Salvador. Vitória do tricolor por 2×1, tentos marcados por Biriba e Léo para o tricolor, Doca fez para os alvinegros. Passagem dos baianos para as quartas de finais carimbada.
O Sport passou pelo grupo Norte, o Grêmio passou pelo grupo Sul e o Atlético Mineiro passou pelo grupo Leste.
Quartas de Final
Nas quartas de final, o chaveamento foi o seguinte: Bahia x Sport e Atlético Mineiro x Grêmio. O vencedor do primeiro confronto pegaria nas semifinais o campeão carioca de 1958. O vencedor do segundo confronto pegaria o campeão paulista de 1958.
Bahia e Sport então, se enfrentaram, o jogo de ida foi na Fonte Nova. O tricolor venceu por 3×2 (Biriba, Marito e Ari marcaram para o Bahia. Osvaldo e Traçaia fizeram os gols rubro-negros). No jogo de volta, na Ilha do Retiro, o Sport aplicou uma goleada de 6×0 – os tentos do Leão da Ilha foram marcados por Osvaldo (3x), Betancor, Traçaia e Bé. Como cada equipe venceu uma partida, foi necessário um jogo extra, novamente na Ilha do Retiro. Mas dessa vez foi diferente. Os baianos bateram os pernambucanos por 2×0, gols de Biriba e Léo. Sendo assim, o Bahia avançou para as semifinais.
Semifinal
O Tricolor de Aço enfrentou o Vasco da Gama, campeão carioca, e que apenas naquele momento havia entrado na competição. A grande estrela do Vasco era o zagueiro Belini, que havia erguido a taça de campeão do mundo como capitão da Seleção em 58.
A primeira partida foi disputada no Estádio do Maracanã. E o tricolor venceu em terras cariocas por 1×0, gol de Alencar. Já a partida de volta foi na Fonte Nova, e o Vasco venceu por 2×1. Os gols do cruzmaltino foram de Roberto Pinto e Delém. Ari marcou o tento baiano.
Com o resultado, novamente, era necessário um jogo extra. Em solo baiano, o triunfo dos donos da casa veio: Bahia 1 x 0 Vasco, gol de Léo. O tricolor de Aço estava na decisão.
Finais
O Bahia enfrentou uma das equipes históricas do futebol mundial: o Santos de Pelé, que entre 1961 e 1968 viria a enfileirar seis títulos brasileiros, dois títulos da Libertadores e dois títulos mundiais. A equipe do litoral paulista havia eliminado o Grêmio na semifinal. Era claramente favorito ao título nacional.
A primeira partida foi disputada na Vila Belmiro. o Santos saiu na frente com gol de Pelé aos 15 minutos do primeiro tempo, 1×0. Biriba, aos 26 empatou para o Bahia, 1×1. Alencar virou para o Bahia aos 12 minutos do segundo tempo, 2×1. Pepe empatou para o Santos, 2×2. Alencar, aos 44 minutos do segundo tempo, deu a vitória ao Tricolor de Aço: 3×2 na Vila Belmiro.
O Segundo jogo aconteceu na Fonte Nova. O Santos precisava vencer para se manter vivo na decisão. E foi o que aconteceu. Coutinho aos 7 minutos e Pelé aos 28 minutos do primeiro tempo conseguiram bater o Bahia em plena fonte nova: 2×0 para os paulistas
Mais uma vez, foi necessário um jogo extra, realizado em um campo neutro: o Estádio do Maracanã. Por conta de uma excursão do Santos, a partida só foi realizada em março de 1960. E com uma alteração no comando técnico baiano: sai Geninho, entra o argentino Carlos Volante. Do lado do Santos, Pelé, a maior estrela do futebol estava de fora da decisão por lesão.
A finalíssima
O Peixe saiu na frente com gol de Coutinho aos 27 do primeiro tempo: 1×0. Vicente empatou aos 37 minutos em cobrança de falta: 1×1. Léo virou para o tricolor no comecinho do segundo tempo: 2×1 Bahia. Os santistas perderam a cabeça e tiveram os defensores Getúlio e Formiga expulsos, o que abriu o caminho para a vitória do Bahia. Alencar, aos 31 do segundo tempo, deu números finais: Bahia 3 x 1 Santos. Do lado santista, tiveram ainda mais duas expulsões: Coutinho e Dorval. Vicente, do Bahia, também recebeu o cartão vermelho. Mas não tinha jeito, o primeiro título brasileiro era do Esporte Clube Bahia. Além disso, o Tricolor de Aço foi o primeiro representante brasileiro na Copa Libertadores da América. Outro fato importante: o atacante Léo, do Bahia, foi o artilheiro do torneio com oito gols.
A unificação dos títulos brasileiros conquistados entre 1959 e 1970 foi oficializado em 2010 pela CBF.
https://www.torcedores.com/noticias/2019/07/taca-brasil-1959-bahia
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Ficha do jogo:
BAHIA-BA 3 x 1 SANTOS-SP
Data: 29 / 03 / 1960
Local: Maracanã
Árbitro: Frederico Lopes
Gols:Coutinho 27′, Vicente 37′ / 1º T; Léo 47s ,Alencar 31 / 2º T.
BAHIA: Nadinho, Beto, Henrique, Flávio e Nenzinho; Vicente e Mário; Marito, Alencar, Léo e Biriba. Técnico: Carlos Volante
SANTOS: Lalá, Getúlio, Mauro, Formiga e Zé Carlos; Zito e Mário, Dorval, Pagão, depois Tite, Coutinho e Pepe
Confira a campanha:
Bahia 5 x 0 CSA
Bahia 2 x 0 CSA
Bahia 0 x 0 Ceará
Bahia 2 x 2 Ceará
Bahia 2 x 1 Ceará
Bahia 3 x 2 Sport
Bahia 0 x 6 Sport
Bahia 2 x 0 Sport
Bahia 1 x 0 Vasco
Bahia 1 x 2 Vasco
Bahia 1 x 0 Vasco
Bahia 3 x 2 Santos
Bahia 0 x 2 Santos
Bahia 3 x 1 Santos – Jogo Final
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