PF | Divulgação |
O alvo da ação é um braço financeiro que opera em favor do Primeiro Comando da Capital (PCC) há mais de 10 anos.
A investigação interditou mais de 70 empresas e bloqueou, com autorização da Justiça, contas bancárias cujos valores superam R$ 730 milhões.
Em nove cidades – São Paulo (SP), Bauru (SP), Igaratá (SP), Mongaguá (SP), Guarujá (SP), Tremembé (SP), Londrina (PR), Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC) – mais de 200 policiais federais cumprem em apartamentos de luxo e empresas 13 mandados de prisão preventiva, 43 mandados de busca e apreensão e sequestro de 32 automóveis.
Há ainda nove motocicletas, dois helicópteros, um iate, três motos aquáticas, 58 caminhões e 42 reboques e semirreboques, com valor aproximado que ultrapassa os de R$ 32 milhões em bens sequestrados da facção criminosa.
Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Entre os investigados estão empresários do setor de combustíveis e até um dos condenados pelo envolvimento no furto ao Banco Central do Brasil, ocorrido em Fortaleza (CE), em 2005. No total são 20 indiciados.
Apreensão feita pelos agentes da Polícia Federal | Imagem: Divulgação – PF
O grupo responderá pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Durante a investigação, a PF rastreou movimentações financeiras e identificou a existência de uma rede de combustíveis, inclusive uma distribuidora, que atuava em benefício da facção criminosa, lavando ativos de origem ilícita, por meio de empresas com atuação sólida no mercado e de empresas de fachada ou de laranjas.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras também forneceu relatórios de inteligência financeira à PF. Os documentos apontaram movimentações atípicas do grupo investigado, cujo valor ultrapassa a cifra de R$ 30 bilhões.
“De maneira inédita, a Polícia Federal solicitou em juízo a interdição da atividade econômica financeira de 73 pessoas jurídicas (postos de combustíveis, lojas de conveniência e escritórios de assessoria e contabilidade) utilizadas pela facção criminosa para movimentação de valores ilícitos, as quais passarão a ser administradas pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas”, diz nota da assessoria da PF.
A operação foi batizada de Rei do Crime em alusão a empresários que fomentam e financiam organizações criminosas sem praticar as ações violentas por elas perpetradas.
As informações são da Agência Brasil.
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