Sargento Fahur e o maníaco da torre
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Divulgação | Arquivo pessoal |
Há muitos anos, na cidade de Maringá, eu trabalhava juntamente com outro Policial Militar no centro da cidade, onde ocorria um evento Político. Muitas pessoas ali circulavam, inclusive um velho conhecido da Polícia, antigo usuário de drogas, ladrão, encrenqueiro, baderneiro, enfim. Um daqueles trastes que nunca dão sossego.
Nas proximidades daquela aglomeração de pessoas havia uma obra da Prefeitura e algumas ferramentas expostas. Sem motivo aparente, o vagabundo citado acima, armou-se com uma picareta (ferramenta pesada usada pra furar valetas e asfaltos) e investiu contra mim e meu companheiro de serviço.
De imediato saquei um revólver cal.357 e o outro PM sacou uma pistola 9mm, momento em que já perto de nós, o pilantra jogou a picareta e fugiu em meio a multidão de pessoas. Corremos atrás dele. E após algum tempo, o encontramos sentado em um meio fio, disfarçando tranquilamente. Pegamos o dito cujo e encaminhamos para a Delegacia, mas não sem antes dar-lhe uma camaçada de pau. No mesmo dia, o mesmo foi liberado, voltando a aprontar na cidade. Perdemos contato com ele por um ano e um dia vimos sua cara na TV, preso por assassinar seis mulheres [ao longo de determinado tempo] próximo de uma torre de energia. Ele confessou os crimes e foi condenado.
Passados alguns anos, novamente vejo a cara desse lixo na TV, em matéria que informa que a defesa dele está lutando para que seja novamente submetido a exame de sanidade mental, na tentativa de provar que é doente, e se assim comprovado, ele obviamente poderá ter as penas modificadas por outras restrições ou mesmo diminuídas. Se naquele dia, o agora conhecido ‘maníaco da torre’, que investiu contra mim e meu parceiro de serviço, tivesse sido abatido a tiros, as seis mulheres mortas por ele poderiam estar vivas, cuidando de suas famílias.
Poupar bandido é coisa que nunca mais farei. Vacilou é cemitério mesmo.
F***-se se eu responder a bronca na Justiça.
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