Disciplina:
Estudo de Casos de Policiamento Comunitário
Responsável:Érica
de Matos Severino
Identificação
da tarefa:
Tarefa 4. Envio de arquivo.
Contatos:
prof.ericadematos@wpos.com.br
Pontuação:
05 pontos de 40
Janildo da Silva Arantes
TAREFA 4
Faça
um resumo acerca do estudo de caso Ação Inclusiva / PROERD.
Vale
de 0 (zero) a 05 (cinco) pontos desde que você envie no prazo
determinado e alcance os objetivos propostos.
Tarefa
4 - CAPÍTULO 4
Caso
3 – Ação inclusiva/PROERD
Introdução.
PROERD
O
Programa Educacional de Resistência às Drogas e à VIolência -
Proerd consiste em um esforço cooperativo estabelecido entre a
Polícia Militar, a Escola e a Família.
Tem
por objetivo de capacitar jovens estudantes de informações e
habilidades necessárias para viver de maneira saudável, sem drogas
e violência. Secundariamente se propõe:
a)
Trabalhar sobre as causas do uso de drogas lícitas e ilícitas
estabelecendo sobre os riscos decorrentes da dependência química e
orientando as crianças, adolescentes, assim como seus pais ou
responsáveis, acerca da busca de soluções e medidas eficazes
quanto à resistência às drogas;
b)
Fortalecer a auto-estima das crianças e adolescentes a valorizarem a
vida, mostrando opções saudáveis de comportamento, longe das
drogas e da violência;
c)
Sensibilizar as crianças e adolescentes para valores morais e
éticos, possibilitando a visualização, bem como proporcionar a
construção de uma sociedade mais justa, sadia e feliz;
d)
Disponibilizar aos pais e/ou responsáveis ferramentas para que,
quando questionados sobre os efeitos negativos das drogas, possam
atender às expectativas, bem como mostrar a importância do
fortalecimento da estrutura familiar;
e)
Prevenir a criminalidade relacionada direta ou indiretamente ao uso
de drogas;
f)
Disponibilizar aos Policiais Militares técnicas pedagógicas
adequadas para aplicação do programa para crianças, adolescentes e
para pais e/ou responsáveis;
g)
Ensinar e aprofundar os conhecimentos dos Policiais Militares quanto
às drogas lícitas e ilícitas, questões legais sobre o tema e como
proceder quando da constatação de alguma forma delituosa dentro e
nos arredores do ambiente escolar;
h)
Aproximar a Polícia Militar da comunidade escolar, e por
consequência da comunidade em geral. Proporcionando um clima de
parceria e confiança, gerando informações tornando possível um
melhor atendimento aos anseios sociais, bem como mostrar a
importância do papel social da corporação.
i)
Desenvolver o programa, da Polícia Militar, de prevenção primária
ao uso das drogas, alertando sobre os malefícios causados à saúde
física e mental do usuário das referidas substâncias.
O
sucesso desse programa de prevenção, de acordo com estudos já
realizados, perpassa pelo direcionamento de conteúdos devidamente
preparados para públicos específicos, numa aplicação continuada
no ambiente escolar, utilizando aulas interativas focadas nos anos
iniciais da infância até a fase adulta.
O
Proerd possibilita à Escola complementar seu projeto pedagógico,
segundo o que prescreve a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) em seu artigo 2º: A educação, dever da família e
do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Considerando-se,
ainda, que a filosofia do Programa prevê o direcionamento de ações
a toda comunidade escolar e, de forma especial, aos pais e
responsáveis promovendo uma reflexão sobre a importância da
família como ambiente primeiro da prevenção, pode-se afirmar que o
Proerd tem se tornado instrumento fundamental para a integração das
famílias no processo educacional, no qual o diálogo torna-se
proposta prioritária para a melhoria da qualidade de vida de nossas
crianças.
São
observados os seguintes benefícios no desenvolvimento do Proerd:
a)
"Humanização" a açãopolicial militar, momento em que os
jovens se referem aos Aplicadores da Lei de forma pessoal.
b)
Permite aos estudantes exergarem os policiais como servidores, não
apenas como Aplicadores da Lei.
c)
Estabelece uma linha de comunicação entre os Aplicadores da Lei e a
Juventude.
d)
Os policiais servem como vetores de informações qualificadas e de
políticas públicas de prevenção ao consumo de drogas.
e)
O Proerd abre umdiálogo permanenteentre a Escola, a Polícia e a
Família, para discussão do fenômeno "drogas".
Para
saber mais acesse o site da Polícia
Militar de Santa Catarina.
PROERD.
Disponível em: <https://proerdbrasil.com.br/>.
Acesso em 1º abr 2019.
Desenvolvimento
O
Programa
Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) consiste num esforço
cooperativo estabelecido entre a Polícia Militar, a Escola e a
Família,
tendo como missão e visão:
1.
Missão: ensinar
aos estudantes habilidades para tomada de boas decisões, para
ajudá-los a conduzir suas vidas de maneira segura e saudável.
2.
Visão: construir
um mundo no qual os jovens de todos os lugares estejam capacitados
para respeitar os outros e para escolherem conduzir suas vidas livre
do abuso de drogas, da violência e de outros comportamentos
perigosos.
Os
objetivos específicos do programa, dentre outros, incluem:
1.
Desenvolver nos jovens estudantes habilidades que lhes permitam
evitar influências negativas em questões afetas às drogas e
violência, promovendo os fatores de proteção.
2.
Estabelecer relações positivas entre alunos e policiais militares,
professores, pais, responsáveis legais e outros líderes da
comunidade escolar.
3.
Estabelecer uma linha de comunicação entre a Polícia Militar e os
jovens estudantes.
CONTEXTUALIZAÇÃO
INICIAL
O
abuso de drogas constitui-se em ameaça à sociedade porque
representa, para o usuário, um comprometimento do futuro e da
qualidade de suas relações sociais, com maior propensão ao
envolvimento em crimes, violência e ingresso num ciclo de decadência
de valores. O público mais vulnerável à dependência é composto
por crianças
e adolescentes, pelo fato de se encontrarem menos preparados para
resistirem aos muitos apelos e incentivos ao uso de drogas, presentes
nos meios de comunicação em massa e na ideologia da sociedade
contemporânea.
A
principal estratégia contra esses males é a prevenção por meio do
diálogo com as pessoas, ainda durante sua infância e adolescência,
fases de suas vidas em que se encontram mais naturalmente aptas a
receber orientações e assimilar valores. Investir com o Proerd é
interferir positivamente no processo desencadeador do fortalecimento
individual dos futuros condutores da sociedade contra as investidas
de criminosos e de outras formas de chamamento ao abuso de drogas e à
prática de ações antissociais.
O
Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) consiste num
esforço cooperativo da Polícia Militar, Escola e Família, visando
preparar crianças e adolescentes para fazerem escolhas seguras e
responsáveis na autocondução de suas vidas, a partir de um modelo
de tomada de decisão. Por meio de atividades educacionais em sala de
aula, o policial militar devidamente capacitado, fornece aos jovens
as estratégias adequadas para tornarem-se bons cidadãos, resistir à
oferta de drogas e ao apelo da violência. Com ações direcionadas a
toda a comunidade escolar e aos pais/responsáveis, o PROERD
também promove a inclusão da família no processo educacional e de
prevenção.
(…)
Disponível
em:
<https://www.policiamilitar.mg.gov.br/portal-pm/proerd/conteudo.action?conteudo=1561&tipoConteudo=itemMenu
>.
Acesso em 31 mar 2019.
Caso
prático
O
problema identificado pelos membros de uma patrulha especial que
circula diariamente pelas cinco reservas indígenas “Kaingang”,
localizadas no Município de Tenente Portela ─ Rio Grande do Sul,
estava ligado ao consumo de bebidas alcoólicas, com rixa, briga
entre os indígenas e desses com moradores da área urbana.
Foram
realizadas reuniões para discutir esse problema com a liderança da
comunidade indígena, com a coordenadoria pedagógica e com
professores das escolas locais. Os resultados dessas consultas
revelaram que a comunidade estava especialmente preocupada com o
acesso dos jovens às drogas e ao álcool.
Povo
Kaingang: Atualmente,
os Kaingang ocupam cerca de 30 áreas reduzidas, distribuídas entre
os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. Possuem uma população aproximada de 29 mil pessoas, sendo um
dos cinco povos indígenas mais populosos no Brasil.
Disponível
em: <www.portalkaingang.org>.
O
problema do álcool também foi percebido na Escola Albino Mincks,
localizada no município de Santa Rosa ─ Rio Grande do Sul, que
atende, exclusivamente, pessoas com deficiências. Reuniões entre a
polícia e a coordenação da escola identificaram o problema da
exposição dos jovens, principalmente por meio de seus familiares,
ao tabaco e às bebidas alcoólicas. Entendia-se que esse fato
poderia acabar estimulando os jovens ao consumo de drogas (legais e
ilegais).
Depois
de um ano trabalhando nos moldes do PROERD, percebeu-se, mediante as
reuniões e a análise do número das ocorrências, a necessidade de
ampliar o projeto para o atendimento tanto para os jovens com
deficiências, da cidade de Santa Rosa, como para jovens das
comunidades indígenas de Tenente Portela.
O
trabalho do PROERD foi implementado em quatro etapas, a saber:
1.
Etapa 1 – Discussão;
2.
Etapa 2 – Estabelecimento de objetivos e metas a serem alcançados;
3.
Etapa 3 – Métodos e estratégias de atuação;
4.
Etapa
4 – Cronograma ;
Como não houve um cronograma
para esse projeto, sugerimos um modelo a partir das atividades
descritas no planejamento. Pensando em um período de doze meses, as
atividades poderiam ser assim distribuídas:
5.
Etapa 5 –
Grupo de gestão;
6.
Etapa
6 – Organizar e mobilizar recursos e parceiros;
7.
Etapa
7 – Implementar as ações previstas no cronograma e
8.
Etapa
8 – Reformular ações em função das necessidades
Após
a aplicação do PROERD, como tradicionalmente foi montado,
verificou-se que, para atingir os objetivos esperados entre os
indígenas de Tenente Portela e os alunos da Escola Albino Mincks, em
Santa Rosa, era necessário adaptar tanto o material a ser utilizado
como também a capacitação das pessoas que trabalhariam com esses
grupos.
A
coordenação do projeto Ação Inclusiva organizou encontros com
pais, professores e líderes indígenas para obter um retorno dos
avanços do programa. Essas reuniões foram realizadas em momentos e
locais diferenciados, com o intuito de obter informações mais
precisas sobre os dois grupos atendidos (pessoas com deficiência e a
comunidade indígena).
Após
um semestre de atividade, os coordenadores se reuniram e produziram
um relatório das informações colhidas nesses encontros. Essas
informações levaram à conclusão de que a aplicação do PROERD,
como inicialmente foi concebida, não contribuía para atingir os
resultados planejados. Concluíram, então, que seria necessário
produzir um material específico, contemplando as particularidades da
população com quem trabalhavam. Nasceu assim o projeto Ação
Inclusiva.
Após
sua implementação, policiais, professores e a direção da escola
verificaram mudanças nas atitudes dos alunos. Esses resultados
estimularam a continuidade do projeto. Foram criadas, a partir do
currículo escolar, atividades transversais que trabalhassem o tema.
Na comunidade indígena, as entrevistas com os familiares mostraram a
efetividade do programa junto aos jovens. As famílias se diziam
satisfeitas e pediam a continuidade do programa, apontando,
inclusive, a necessidade de ampliar a faixa etária inicialmente
atendida. Sugeriram que o programa também trabalhasse com os
pré-adolescentes, pois esse grupo também se encontrava exposto às
drogas.
Referências.
O
que é o Proerd.
Disponível em:
<https://www.policiamilitar.mg.gov.br/portal-pm/proerd/conteudo.action?conteudo=1561&tipoConteudo=itemMenu
>.
Acesso em 30 mar 2019.
PROERD
– SC. Disponível
em: <http://www.ssp.sc.gov.br/index.php/programas/proerd
>.
Acesso em 30 mar 2019.
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