Polícia Comunitária - T2


Disciplina: Estudo de Casos de Policiamento Comunitário
Responsável:Érica de Matos Severino
Identificação da tarefa: Tarefa 2. Envio de arquivo.

Pontuação: 05 pontos de 40
Janildo da Silva Arantes


TAREFA 2

Faça um resumo acerca do estudo de caso Prédios Antenados.

Vale de 0 (zero) a 05 (cinco) pontos desde que você envie no prazo determinado e alcance os objetivos propostos.

CAPÍTULO 2
Caso 1 – Prédios antenados
Segundo o material de estudo Projeto Prédios Antenados foi criado para reduzir o número de assaltos, furtos e roubos de veículos e pessoas, sequestros relâmpagos e arrastões em treze edifícios da região dos bairros Pompeia e Sumaré, na cidade de São Paulo. Envolveram-se nessa iniciativa: moradores, o Conselho Comunitário de Segurança ─ CONSEG, Perdizes/Pacaembu e as polícias militares e civis.
Vários logradouros dos bairros Pompeia e Sumaré, na cidade de São Paulo, passaram a se destacar nas estatísticas de segurança pública pelo aumento dos números de das seguintes ocorrências:
  • assaltos,
  • furtos,
  • roubos de veículos,
  • acidentes de trânsito,
  • sequestros-relâmpagos e
  • arrastões nos edifícios da região.
As Comunidades e a Polícia Militar local chamaram a atenção das autoridades para esse aumento.
Segundo eles, os problemas surgiram em decorrência do aumento do fluxo de transeuntes devido ao número de estabelecimentos comerciais ter aumentado em detrimento ao número de residências que diminuiu.
Através das Estatísticas e da Análise Criminal e da integração dos moradores dos edifícios participantes da iniciativa com as polícias do estado foi fundamental na análise de como e onde ocorriam os crimes supramencionados. Através dessa Análise criminal foi possível mapear o problema, o que foi grande valia na fase posterior de planejamento das providências.
O CONSEG Perdizes/Pacaembu foi a sede das reuniões que geraram As discussões que originaram o projeto Prédios Antenados. Através disso os moradores ficaram sabendo, através do mapeamento, dos pontos críticos da região.
As metas do programa foram:
  • Reduzir o número de assaltos, furtos.
  • Reduzir os roubos de veículos.
  • Reduzir o número de acidentes envolvendo automóveis.
  • Reduzir o número de sequestros-relâmpagos.
  • Reduzir o número de arrastões nos edifícios.
  • Inibir ações criminosas em geral.
Para dar conta desses objetivos, foram planejados e adotados os seguintes objetivos:
  • Interligar treze edifícios da região por um sistema de rádios comunicadores.
  • Capacitar porteiros, zeladores e síndicos para utilizarem os rádios comunicadores.
  • Dividir os edifícios participantes em pequenos grupos que atuariam em rede.
  • Estabelecer uma rotina de comunicação e monitoramento local entre esses grupos.
  • Fazer constante avaliação do sistema e dos equipamentos de segurança: portões, interfones, circuitos internos de TV, iluminação etc.
  • Fortalecer vínculos entre a comunidade moradora e as forças policiais de forma que as ações operacionais policiais tivessem maior eficácia.
  • Promover a mobilização dos moradores para adotarem algumas estratégias de segurança.
  • Mobilizar os moradores para participarem do Núcleo de Ação Local Viva Sumaré ─NAL.
  • Prover às forças policiais informações detalhadas e precisas sobre as particularidades locais nas questões relativas à segurança, visando o melhor desempenho das ações policiais.
  • Estabelecer entre a comunidade e as forças policiais um novo modelo de atuação e parceria na prevenção dos crimes.

O Projeto em tela dedicou-se há quase quatro meses as discussões, consultas, levantamento dos recursos e identificação de grupos interessados em participar e planejamento dos custos e das ações. Participaram desse projeto além da comunidade e o CONSEG, a polícia militar e a polícia civil. A principal tecnologia foi funcionamento do sistema integrado de uso de rádio comunicador pelo NAL Viva Sumaré1. Esse grupo é o responsável pelas diretrizes do projeto.
Em suma, podemos afirmar que o processo de implementação desse sistema se deu por meio da:
  • Formação dos diferentes grupos, compostos no máximo por quinze participantes.
  • Qualquer alteração no projeto poderia ser realizada somente com a aprovação, por maioria absoluta, dos participantes do NAL Viva Sumaré. Por exemplo, somente seria admitida a entrada ou saída de novo condomínio ou participante, a redistribuição dos participantes, a alteração no sistema de funcionamento ou a substituição de equipamentos, com a aprovação dos membros do NAL.
  • Cada condomínio, residência ou estabelecimento comercial deveria preencher um formulário, onde constaria o código utilizado na comunicação, endereço, telefone, nome do responsável pelo local, além de relação das pessoas que operariam o rádio.
  • As polícias teriam uma relação das pessoas que operariam os rádios, bem como um mapa das ruas e dos edifícios integrados pelo projeto.
  • As polícias militar e civil, dos monitores fizeram o treinamento e a capacitação dos operadores dos rádios.
  • Um dos síndicos foi indicado para atuar como responsável por monitorar o sistema integrado de rádio e por contatar a polícia militar.
A polícia colaborou com o projeto orientando algumas ações:
  • Edifícios deveriam mudar o código de funcionamento do rádio a cada quinze dias.
  • Na portaria de cada edifício deveria haver um livro de registro para relatar as diversas situações de risco ocorridas tanto no interior do edifício como em suas imediações.
  • Os monitores de rádio deveriam comunicar-se a cada quarenta minutos para troca de informações e para verificar se tudo estava sob controle no interior do edifício, ou ainda para saber de alguma anormalidade na rua ou de qualquer situação suspeita.
O lapso temporal do projeto foi de quase quatro meses e sua implementação deu-se sem problemas. A avaliação foi realizada pelos próprios integrantes do CONSEG Perdizes/Pacaembu, pelo 23º BPM e pelos moradores dos treze edifícios interligados pelo sistema de rádio.
Após a avaliação dos dados apresentados nas reuniões, constatou-se que os casos envolvendo que os tipos ocorrências que deram origem ao projeto diminuíram em torno de 50% a 60%.
Vejamos, a seguir, uma reportagem publicada no site da Folha/UOL que fala acerca do projeto Prédios Antenados.




Porteiros "antenados" policiam bairros
Parceria de condomínios com a Secretaria da Segurança fiscaliza até roubos de veículos perto dos prédios
RENATA DE GÁSPARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um dos problemas crônicos de segurança da zona oeste de São Paulo é o furto de carros. Em uma pequena parte da região, porém, essa ocorrência caiu 70% de 2005 para cá.
O segredo foi a mobilização dos moradores, que, com o Núcleo de Ação Local Viva Sumaré, criaram um projeto batizado de Prédios Antenados.
Munidos de radiotransmissores, nove condomínios comunicam-se entre si e trocam informações sobre tudo o que acontece no perímetro.
"Qualquer movimento suspeito é comunicado aos colegas da rede", conta o porteiro de um dos prédios, Eduardo Rebouças da Silva. Segundo ele, carros parados ao redor do edifício sem que os ocupantes se identifiquem têm o número da placa anotado e transmitido.
Tudo é feito via códigos, e alguns dos parceiros ficam responsáveis por entrar em contato com a polícia da região.
Depois que implantamos o projeto, houve um incidente interno no condomínio, e a polícia, acionada, chegou em quatro minutos", comemora a síndica do prédio, Neyde Trevisan.
O programa fez tanto sucesso que foi encampado pelo Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Perdizes-Pacaembu. Criados em 1985, os Consegs existem em todo o Estado -já são mais de 800 - e seu objetivo é aproximar comunidade e autoridades estaduais.
O delegado do distrito e o comandante da Polícia Militar das redondezas participam, pelo menos uma vez por mês, das reuniões dos Consegs.
Essa parceria é a base de tudo. A participação da polícia é importante por causa da visão estratégica que ela traz", afirma a socióloga Elizete Fabri, presidente do Conseg Perdizes-Pacaembu, que engloba os bairros Água Branca, Barra Funda, Pacaembu, Perdizes, Vila Pompéia e Sumaré.
Além disso, conta ela, os policiais passam a conhecer os funcionários e moradores dos prédios e, numa ronda, têm mais condições de identificar situações anormais.
Pelo rádio
Os operadores de rádio do projeto receberam orientação da polícia sobre como utilizar o equipamento e aprenderam técnicas de observação. "É importante que os funcionários levem o equipamento a sério, não usando o rádio para fazer brincadeiras", adverte Paulo Oliveira, segurança de um dos condomínios participantes.
Além desse, o único outro Conseg que conta com iniciativa parecida é o Cambuci-Chácara Klabin, com 15 prédios. Nesse caso, porém, foi contratada uma empresa de segurança para fazer a ronda. Custa R$ 500 mensais por condomínio.
Já no Prédios Antenados, os custos foram o da compra de aparelhos de rádio de longo alcance (cerca de R$ 900) e o da licença da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações; R$ 400), válida por dez anos.
O Secovi-SP (sindicato da habitação) apóia a idéia. "Divulgamos esse projeto para que todas as administradoras se empenhem em implantar", afirma Hubert Gebara, vice-presidente de administração imobiliária e condomínios.
Porteiros "antenados" policiam bairros . Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/imoveis/ci3007200604.htm . Acesso em 24 mar 19.





Referências
SEVERINO, Érica de Matos. Estudo de Casos em Policiamento Comunitário. Brasília – DF.
Porteiros "antenados" policiam bairros . Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/imoveis/ci3007200604.htm . Acesso em 24 mar 19.

Aluno: Janildo da Silva Arantes
1Núcleo de Ação Local (NALViva Sumaré

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