Os hidrocarbonetos no Enem 2020

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No ano de 2018, o tema do Enem PPL seguiu um caminho um pouco diferente do de alguns anos anteriores, os quais traziam frases temáticas e complementavam-nas com textos motivadores que possibilitavam um leque de argumentos, por tratarem de temas bastante “abertos”. Desta vez, a prova propunha uma frase-tema bastante específica e complementava-a com textos motivadores que especificavam o assunto ainda mais. Primeiro, relembremos:
Texto I
TEXTO II
Moedas sociais circulam por todo o Brasil e impulsionam economia das comunidades Engana-se quem pensa que o Real é a única moeda em circulação no Brasil. Além dele, existem centenas de outras, chamadas de moedas sociais, já muito usadas em diversas regiões do país. As moedas sociais estão ligadas a bancos comunitários. Elas são consideradas complementares à moeda oficial brasileira e, em geral, são lastreadas pelo Real. Hoje, as mais de cem moedas sociais em circulação no Brasil movimentam mais de R$ 6 milhões por ano, seja em crédito produtivo, seja em meio circulante físico. Esses bancos atuam onde os bancos tradicionais não entram.
Disponível em: www.conexaoplaneta.com.br. Acesso em: 7 maio 2018 (adaptado)
Texto III
Desde 2011, os Xavante da aldeia Marãiwatsédé fazem parte da Rede de Sementes do Xingu. A aldeia Ripá, da mesma etnia, se juntou a eles no trabalho de coleta e comercialização de sementes florestais para a recuperação de áreas degradadas. Além de ser uma importante alternativa econômica para os Xavante, a atuação na produção de sementes efetiva caminhos para o mapeamento participativo dos territórios e integra valorização da cultura tradicional com novas oportunidades para os jovens.
Disponível em: http://terramirim.org.br. Acesso em: 7 maio 2018 (adaptado)
TEXTO IV
P.S.O.: Qual seria a importância principal da economia solidária na sociedade brasileira atual? Paul Singer: O trabalho é uma forma de aprender, de crescer, de amadurecer, e essas oportunidades a economia solidária oferece a todos, sem distinção. […] Os trabalhadores não têm um salário assegurado no fim do mês, que é uma das conquistas importantes dos trabalhadores no sistema capitalista, no qual eles não participam dos lucros e tampouco dos riscos. Agora, trabalhando em sua própria cooperativa, eles são proprietários de tudo o que é produzido, mas também os prejuízos são deles.
SINGER, Paul. Economia Solidária. [Jan./Abr. 2008] São Paulo: Estudos Avançados. v. 22, n. 62. Entrevista concedida a Paulo de Salles Oliveira
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Desenvolvimento da redação
Os textos motivadores de 2018 iniciaram a proposta expondo os números dos cargos empregatícios. Um gráfico demonstrava a transformação na formalidade/informalidade dos empregos entre 2012 e 2017, estabelecendo que o desemprego e a informalidade tinham altos índices no período. A seguir, os textos seguintes mencionavam casos específicos de economias alternativas que tiveram sucesso em suas comunidades, além de tais modelos também centrarem-se em colaborar para o desenvolvimento solidário da própria comunidade. Esta configuração dos excertos será útil na construção dos argumentos mais adiante.
Os itens externos a serem trazidos para a redação desse ano poderiam ser dos mais variados. Exemplos extras de economias e/ou negócios alternativos podem embasar ainda melhor a argumentação. Índices mais específicos como os de desemprego, de cargos ocupados informalmente e de autônomos em nosso país, por exemplo, também podem acrescentar informações importantes para o desenvolvimento da defesa de uma tese. O único requisito é de que esses dados sejam da situação brasileira, já que a frase temática especifica nosso país, assim como em vários temas do Enem e do Enem PPL. Com os itens externos coletados e selecionados, é hora de construir o texto.
Na argumentação para a proposta de 2018 era necessário levar em conta não apenas a frase temática (“Formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no Brasil”), mas também os textos motivadores. Era preciso entender que o primeiro gráfico expunha dados como desemprego e informalidade justamente para estabelecer que esses eram os problemas a serem resolvidos. O desemprego tem consequências óbvias para o indivíduo, a família, a comunidade e a economia nacional como um todo, mas a informalidade pode não parecer ter consequências tão óbvias assim, já que mantém a economia rodando e é fonte de renda para muitas pessoas sem emprego com carteira assinada. No entanto, deve-se considerar que a falta de registro do autônomo ou do pequeno negócio e de pagamento de impostos pode deixar essas pessoas fora do radar do governo, o que pode até aliviá-los de alguns deveres, mas com certeza também faz com que não tenham direitos relacionados, como garantias trabalhistas. Com os problemas estabelecidos, é hora de dar exemplos de soluções já existentes e que já se mostraram eficazes onde foram aplicadas. É aí que entram os itens dos textos motivadores e os exemplos recolhidos externamente. Ao estabelecer tais casos de sucesso, é possível advogar por uma solução parecida ou um incentivo a esse mesmo tipo de solução na proposta de intervenção.
solução a ser proposta aqui pode ter muitos formatos. Incentivos das esferas do governo a economias alternativas comunitárias, a empreendimentos sociais e aos próprios autônomos e informais numa facilitação de registro e pagamento de taxas podem ser uma ótima opção. Propostas para a própria população incentivando o estabelecimento de iniciativas regionais e de regularização dos negócios sempre que possível são mais uma possibilidade de intervenção. Ao detalhar bem cada uma das sugestões e respeitar os direitos humanos, a proposta está pronta e pode ser o encerramento do texto.
O que acharam do tema desta semana? Por ser mais específico tornou-se mais difícil ou mais fácil desenvolver uma argumentação na opinião de vocês? Contem tudo pra gente nos comentários e até a semana que vem!
Além das postagens sobre os temas de redação toda semana, você pode se preparar ainda mais para a prova de redação do Enem com o curso de redação Nota 1000 do portal InfoEnem! Você fará redações que serão corrigidas no mesmo modelo do Enem, e receberá comentários e dicas da nossa equipe! Clique aqui para saber mais sobre o curso de redação!
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Em nossa postagem de hoje vamos falar de uma área muito importante no estudo da química, que é a química orgânica. Dentro da química orgânica, vamos estudar sobre os hidrocarbonetos e suas nomenclaturas. Além disso, será apresentada também uma questão retirada de provas anteriores, a fim de ilustrar como este assunto é abordado nas provas do Enem.

Os hidrocarbonetos e suas nomenclaturas

Primeiramente devemos destacar que existem diversas classificações dos hidrocarbonetos, de acordo com os mais variados critérios. Em função disso, vamos apresentar algumas delas de acordo com a sua utilização. Mas começaremos com uma breve descrição sobre os hidrocarbonetos.
Os hidrocarbonetos são elementos constituídos apenas de carbono e hidrogênio, e abrigam diversos combustíveis em seu grupo, como o metanopropano e o acetileno. Vamos ver a seguir como nomear cada hidrocarboneto.
primeiro passo para realizar a nomenclatura correta do composto é identificar a quantidade de carbonos presentes na cadeia. Determinado isso, podemos definir o prefixo do hidrocarboneto, que pode ser met, et, prop, but, pent, hex, hept, oct, non ou dec, para cadeias de 1 a 10 carbonos, respectivamente.
Feito isso, devemos em seguida determinar a sequência do nome da substância, que é dado pelas ligações que o hidrocarboneto apresenta. Nos compostos que possuem apenas ligações simples, devemos adicionar ao seu nome a parte an, já para os que apresentam uma ligação dupla e uma tripla, devemos adicionar en in, respectivamente. Há ainda, para os hidrocarbonetos, a possibilidade da existência de duas ligações duplas. Neste caso, devemos adicionar ao nome a parte dien.
Para finalizar, a última parte do nome dos hidrocarbonetos será definida pelo grupo funcional. Para os hidrocarbonetos, todos devem terminar com a letra “o”. Desta maneira, considere o combustível butano, por exemplo. Do seu nome, podemos dizer que é um composto formado por 4 carbonos (but), apresenta apenas ligações simples (an) e é um hidrocarboneto (o). Tudo isso através do nome da substância!
Podemos ainda adicionar ao nome dos compostos alguns radicais referentes a sua ramificação. Por exemplo, o radical metil indica uma ramificação com um carbono. Já os radicais etilpropil butil indicam ramificações com 2, 3 e 4 carbonos, respectivamente. No entanto, este será um assunto que abordaremos com profundidade em outras postagens, aguarde!

Questão do Enem

Para ilustrar como este conteúdo é abordado nas provas do Enem, será mostrada uma questão da prova de 2015, que utiliza a nomenclatura de hidrocarbonetos.
Hidrocarbonetos podem ser obtidos em laboratório por descarboxilação oxidativa anódica, processo conhecido como eletrossíntese de Kolbe. Essa reação é utilizada na síntese de hidrocarbonetos diversos, a partir de óleos vegetais, os quais podem ser empregados como fontes alternativas de energia, em substituição aos hidrocarbonetos fósseis. O esquema ilustra simplificadamente esse processo.
Com base nesse processo, o hidrocarboneto produzido na eletrólise do ácido 3,3-dimetil-butanoico é o”
a) 2,2,7,7-tetrametil-octano.
b) 3,3,4,4,-tetrametil-hexano.
c) 2,2,5,5-tetrametil-hexano.
d) 3,3,6,6-tetrametil-octano.
e) 2,2,4,4-tetrametil-hexano.
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Existem algumas palavras e expressões em língua portuguesa que costumam causar confusão quando escritas. Não se trata apenas de desvios ortográficos, confundindo S ou Z, J ou G, por exemplo. São desvios gramaticais que acontecem principalmente por causa da pronúncia semelhante, o que faz com que os estudantes se sintam inseguros ao escrever algumas dessas formas.  
Fonte: http://editoraunesp.com.br/blog/dia-mundial-da-lingua-portuguesa-momento-para-se-aperfeicoar-no-idioma
Em resumo, são palavras e expressões em que duas ou mais formas existem em nosso idioma e são usadas com frequência na oralidade, porém, na escrita elas apresentam formas e significados distintos e devem ser aplicadas cada uma em uma situação diferente. Assim, esse artigo vai tratar dessas diferenças para que você garanta a escrita e compreensão correta delas e possa aplicar esse conhecimento tanto na prova de redação no ENEM, quanto na correta interpretação das questões de Linguagens (e também em outras áreas, claro!).

Expressões e palavras de pronúncia semelhantes

1. “De mais” e “demais”.
De mais: representa “a mais”, o contrário “de menos”.
Ex. Não aconteceu nada de mais, apenas chegamos atrasados.
Demais: Trata-se um advérbio que intensifica a ação verbal.
Ex. Chegamos tarde demais, a reunião já estava acabando.
2. “A fim de” e “afim”.
A fim de: Indica a ideia de finalidade ou disposição para se fazer algo.
Ex. Os alunos estudam a fim de aprender a matéria.  / Não estavam a fim de estudar naquela tarde.
Afim: Significa “o que tem afinidade, que é afinado”.  Geralmente, é usada no plural.
Ex. A cada dia juntos, descobríamos mais interesses afins. 
3. “De encontro a” e “ao encontro de”.
De encontro a: Indica a oposição entre duas ideias ou fatos.
Ex. Não vai dar certo, a proposta da diretoria vai de encontro a organização das atividades.
Ao encontro de: Indica associação de ideias, acréscimo.
Ex. Funcionará perfeitamente, a proposta da diretoria vai ao encontro da organização das atividades.
4. “Senão” e “se não”.
Senão: É o mesmo que “do contrário”.
Ex. É importante ler romances, senão a interpretação textual pode ser prejudicada.
Se não: É a expressão formada pela partícula condicional “se” e o pronome negativo “não”.
Ex. Se não forem feitas as reformas, a estrutura ficará vulnerável.
5. “Há cerca de”, “a cerca de” e “acerca de”
Há cerca de: Indica o tempo que já foi transcorrido.
Ex. Estamos casados há cerca de 3 meses.
A cerca de: É o mesmo que “aproximadamente”.
Ex. A padaria fica a cerca de 200 metros da praia.
Acerca de: Significa “sobre”, “a respeito de”.
Ex. A conversa de hoje será acerca das novas orientações.
6. “Ao invés de” e “em vez de”
Ao invés de: denota o sentido do que é oposto, contrário (“invés” vem de “inverso”).
Ex. Ao invés de correr, ficou parado.
Em vez de: Indica uma substituição, que pode ou não ser uma oposição.
ExEm vez de fazer exercícios de matemática, fez de química.
7. “Mau” e “mal”.
Mau: É o mesmo que “ruim” ou “imperfeito”. Pode ser usado como substantivo ou adjetivo (é o contrário de “bom”). Aceita variações para o gênero feminino (má) e suas respectivas formas do plural (más/maus).
Ex. O homem mau corrompe a sociedade. / As más companhias podem te levar para a decadência.
Mal: Usado como advérbio, significa “de modo imperfeito ou irregular”, não há variação (não há forma plural ou gênero feminino). É o contrário de “bem”. Existe a possibilidade de ser usado como um substantivo, nesse caso é aceita a forma plural “males”.
Ex. Eles agiram mal, não deveriam ter ido sem permissão. / De todos os males que me aconteceram, um apenas me derrubou.
Dica: Sempre que surgir a dúvida, escreva mau (com U) somente quando for possível trocar pela palavra “bom” e mal (com L), apenas quando puder ser trocada pela palavra “bem”.
8. “Mas” e “mais”.
Mas: Indica adversidade, pode ser substituído nas expressões por porém, entretanto, todavia, etc.
Ex. Saiu, mas não levou a carteira.
Mais: Indica adição.
Ex. A cada dia mais pessoas estão preocupadas com a saúde pública.
9. “Agente” e “a gente”.
Agente: o sujeito que agencia, atua ou opera.
Ex. O agente da secretaria arquivou os documentos.
A gente: É equivalente ao pronome pessoal “nós” e usada principalmente em contextos coloquiais.
Ex. A gente está cansado de não ver mudanças.
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