Trabalho e Modos de Produção

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A palavra “Trabalho” tem origem no vocábulo latino tripaliumo qual designava um antigo instrumento de tortura, assim, sugeria-se que a ideia de trabalho remetia à esforço e fadiga. No entanto, ao longo do desenvolvimento humano diversos termos alteraram seu significado e, consequentemente, a percepção social diante deles foi alterada também. No artigo de hoje serão discutidas as novas concepções sobre essa atividade e as formas como ela se organiza na sociedade.
Fonte: https://cursoenemgratuito.com.br/marx-weber-e-durkheim-sociologia/. Acesso em 07/04/2020

Trabalho

trabalho iniciou-se quando o homem buscou formas de satisfazer suas próprias necessidades, partindo de uma definição clássica, Karl Marx entendia o trabalho como “um processo em que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano com sua própria ação impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a Natureza”. Sendo assim, o trabalho apresenta-se como uma atividade racional de transformação do meio natural em que vivem os homens. Além disso, ele é caracterizado como uma atividade de criação, pois, mesmo quando repetido infinitas vezes, para realizá-lo, os indivíduos precisam aprendê-lo.
Ademais, é importante traçar um panorama histórico para compreender as relações que determinam a condição histórica da divisão social do trabalho. Inicialmente, é necessário voltar no período da Revolução Neolítica, em que os grupos humanos aprenderam a cultivar vegetais e domesticar animais, o que possibilitou a vida sedentária, na qual ocorreu a primeira divisão do trabalho: os homens cuidavam da caça e as mulheres da casa, crianças e idosos.
Com a domesticação dos animais, surgiram os excedentes alimentares, pois os rebanhos eram mais que suficientes para alimentar o grupo. Assim, surgiu a ideia de pertencimento da terra e dos animais e, com essa noção de propriedade privada, a divisão sexual do trabalho evoluiu para a divisão social do trabalho propriamente dita, na qual alguns homens cuidavam das plantações e dos animais e outros comandavam as atividades do grupo.
Diversas outras transformações sociais ocorreram e com elas as divisões sociais do trabalho foram se alterando também, sendo assim, serão ressaltadas apenas algumas para nortear profundas mudanças históricas: Nos séculos XV e XVI a Revolução Comercial gerou as Grandes Navegações; no século XVIII a Revolução Industrial criou a máquina a vapor; no XIX, a eletricidade, as ferrovias, o telefone e o telégrafo marcaram a segunda Revolução Industrial; no século XX, com o advento do avião e a terceira onda da Revolução Tecnológica, a informatização da produção e da comunicação produziu grandes e cada vez mais rápidas transformações sociais. Cada um desses períodos citados foi responsável por alterar as relações de trabalho de alguma forma, com isso, é importante perceber que as formas de trabalho são condicionadas por fatores externos: políticossociaiseconômicos geográficos.

Modos de produção

O conceito “modos de produção” foi concebido por Marx e Engels, ele designa a maneira pela qual cada sociedade se organiza para produzir suas necessidades materiais, conforme o nível de evolução de suas forças produtivas.
  • Primitivo: surgiu desde o início dos grupos humanos. Neste modelo os homens trabalhavam em conjunto; apresentavam relações de cooperação; os meios de produção e os frutos do labor eram coletivos; ainda não existiam classes, portanto, não havia exploração de uma classe sobre a outra.
  • Asiático: encontrado em regiões do Antigo Oriente, China, Índia, África e América Pré-Colombiana (como os Incas e Astecas). Caracterizada por um trabalho compulsório de camponeses controlados pelos altos dirigentes do Estado; as terras pertenciam ao Estado (representado pela figura de imperador, rei ou faraó); já existiam escravos, mas a exploração dos camponeses era predominante.
  • Escravista: modo de produção com presença de propriedade privada; os proprietários de terras exploravam os escravos, vistos como instrumentos e posses do senhor; os escravos não possuíam direitos, liberdade e controle da própria vida.
  • Feudal: predominante na Europa Ocidental Medieval; produção caracterizada pela relação entre servos e senhores; o trabalho era executado em troca de uma pequena parcela da propriedade do senhor; haviam várias obrigações para com o senhor das terras, dentre elas o pagamento de impostos e taxas.
  • Capitalista: os burgueses (minoria da sociedade) detém os meios de produção e compram a força de trabalho do proletariado por meio do salário; a produção é voltada essencialmente para a acumulação de bens e obtenção de lucros; as classes dominantes concentram praticamente toda a renda da sociedade e as classes dominadas sofrem com a desigualdade social e exploração.

Questão

(Enem 2017- 2ª aplicação) A tecelagem é numa sala com quatro janelas e 150 operários. O salário e por obra. No começo da fábrica, os tecelões ganhavam em média 170$000 réis mensais. Mais tarde não conseguiram ganhar mais do que 90$000; e pelo último rebaixamento, a média era de 75$000! E se a vida fosse barata! Mas as casas que a fábrica aluga, com dois quartos e cozinha, são a 20$000 reis por mês; as outras são de 25$ a 30$000 reis. Quanto aos gêneros de primeira necessidade, em regra custam mais do que em São Paulo.
CARONE, E. Movimento operário no Brasil. São Paulo: Difel, 1979.
Essas condições de trabalho, próprias de uma sociedade em processo de industrialização como a brasileira do micro do século XX, indicam a
a)Exploração burguesa.
b)Organização dos sindicatos.
c)Ausência de especialização.
d)Industrialização acelerada.
e)Alta de preços.
Alternativa correta é a letra A.
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Posted: 10 Apr 2020 11:53 AM PDT
Ao assistir a série norte-americana, Game of Thrones, é possível perceber um intenso jogo de poder e conquista, no qual os reinos- analogamente entendidos como os atuais Estados do mundo contemporâneo buscam conquistar a hegemonia do território. Essa conquista, muitas vezes, ocorre por meio de guerras, mas também pode ocorrer através de ações diplomáticas oriundas das relações políticas. Partindo da ficção, é possível compreender elementos da realidade, como os conceitos de Estado, poder e política, termos da sociologia e da filosofia que são cobrados com frequência na prova do Enem.
Fonte: http://questoessociologicas.blogspot.com/2013/03/charge-estado-poder-e-policia.html. Acesso em 31/03/2020

O que é poder?

De modo geral, pode-se dizer que o termo “poder” designa a capacidade ou a possibilidade de agir e de produzir efeitos. Especificamente no sentido social, diz-se que poder se estende até a capacidade de um homem determinar o comportamento de outro homem, isto é, o poder do homem sobre os outros homens.
Além disso, há também o poder sobre as coisas inanimadas ou naturais, entretanto, esse tipo de poder só é relevante na medida em que se pode convertê-lo para exercer o poder sobre o homem. Por exemplo, o poder econômico não reside do dinheiro, ele reside no fato de que existe um outro indivíduo que se comporta da maneira almejada pelo detentor do dinheiro, devido à importância social do dinheiro. Ou seja, não é o objeto que possui poder, mas a relação social que esse objeto possui de determinar o comportamento alheio.

Tipos de poder:

  • Poder econômico: ocorre a partir da posse de determinados bens, necessários ou considerados importantes em algumas situações, utilizados para induzir aqueles que não os possuem a manter um comportamento, muitas vezes, a execução de um trabalho. (Exemplo: a posse dos meios de produção é uma grande fonte de poder).
  • Poder ideológico: se baseia na influência que algumas ideias possuem quando propagadas por uma pessoa com certa autoridade. A propagação dessas ideias produz mudanças no comportamento dos indivíduos. (Exemplo: a mídia possui poder ideológico, pois detém a posse de determinadas informações e o meio para propaga-las, mas, caso ela seja parcial, pode divulga-las de maneira manipulada para se beneficiar ou gerar determinado comportamento).
  • Poder político: baseado na posse de instrumentos para exercer força física, estabelecer leis ou definir as normas de conduta do agrupamento humano. Em suma, é possível dizer que o poder político possui o monopólio de direito (leis) e da força (coerção e repressão). (Exemplo: quando algum indivíduo infringe uma lei, ele pode ser privado do seu direito à liberdade).

O que é Estado?

Primordialmente, o Estado pode ser entendido como a instituição social que detém o poder de governo, isto é, o monopólio do direito e da força sobre o povo ou os povos de uma nação. No entanto, essa é uma definição genérica, pois diversos filósofos definem esse termo de maneiras diferentes. Dentre elas, pode-se citar:
Friedrich Hegel (1770-1831): afirmou que o Estado é a materialização do interesse geral da sociedade e está acima dos interesses particulares.
Karl Marx (1818-1883): na análise marxista, o Estado não representa o interesse geral, na verdade, ele defende os interesses das classes dominantes, donas das propriedades privadas. A forma de alterar isso seria a radicalização da democracia e, consequentemente, da emancipação política do homem. Entretanto, a emancipação política não seria suficiente para a libertação humana, que só poderia ser alcançada através da completa reorganização da sociedade, na qual se inclui a abolição da propriedade privada.
George Orwell (1903-1950): representa o Estado como um Grande Irmão (“Big Brother”), pois, de acordo com o autor, o Estado vigia os indivíduos vinte e quatro horas por dia, independente do lugar.
Questão
(Enem 2015) Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase sempre os mais decisivos. As agregações e relações pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lutas entre facções, entre famílias, entre regionalismos, faziam dela um todo incoerente e amorfo. O peculiar da vida brasileira parece ter sido, por essa época, uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras.
(HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995).
Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, segundo a análise do historiador, na

a) rigidez das normas jurídicas.
b) prevalência dos interesses privados.
c) solidez da organização institucional.
d) legitimidade das ações burocráticas.
e) estabilidade das estruturas políticas.
Alternativa correta é a letra B.
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Posted: 09 Apr 2020 02:48 PM PDT
Em nossa postagem de hoje, vamos falar sobre matemática. De maneira específica, vamos abordar uma importante área da geometria, que são as áreas de figuras planas! Apesar de parecer um assunto fácil, você verá que este assunto costuma ser cobrado em provas de matemática do Enem, uma vez que utilizaremos uma questão exemplo do próprio exame!
Como citamos no início, a área de figuras é um assunto muito simples! Mesmo com o aumento do nível de dificuldade das provas do Enem, as questões envolvendo a área de figuras planas aparecem com frequência, bastando realizar uma pequena combinação entre figuras ou algum outro recurso para resolver a questão. Desta maneira, vamos aprender a calcular as áreas de figuras recorrentes no Enem!

Áreas de figuras planas no Enem

As firas planas mais recorrentes nas provas do Enem são as mais simplificadas, como triângulosquadradoscírculos e retângulos. Ainda, trapézios são cobrados as vezes, com menor frequência. Deste modo, veja a seguir como calcular a área de cada uma das figuras citadas.
Sabendo como calcular a área destas três figuras planas, podemos calcular a área de outras formas cobradas no Enem. O retângulo, por exemplo, segue o mesmo procedimento do cálculo da área do quadrado, apenas modificando o valor de sua altura (ou base). Por sua vez, para calcular a área de um trapézio, podemos seccioná-lo em três diferentes figuras, um retângulo (ou quadrado) e dois triângulos. Veja na figura abaixo como podemos realizar esta divisão.

Como este assunto é cobrado no Enem?

A forma como fizemos para calcular a área do trapézio na seção acima é uma das formas em que estas figuras planas podem ser cobradas no Enem. Na grande maioria das vezes, é pedida a área total de uma figura composta por áreas de figuras planas, sejam elas triângulosretângulos ou círculos. Desta maneira nos exercícios do Enem devemos nos atentar quanto a possibilidade de dividir as formas em figuras que conhecemos.
Outro ponto que devemos destacar são as unidades! No Sistema Internacional (SI), a área é medida em metros quadrados (m2). No entanto, outras unidades de medida podem aparecer. Desta maneira, devemos estar atentos com as unidades, para não utilizar unidades diferentes das pedidas, e para não compararmos unidades diferentes.
Para ilustrar como o conteúdo áreas de figuras planas é cobrado no Enem, você pode observar a seguir uma questão da prova de matemática do Enem 2019.
Uma administração municipal encomendou a pintura de dez placas de sinalização para colocar em seu pátio de estacionamento.
O profissional contratado para o serviço inicial pintará o fundo de dez placas e cobrará um valor de acordo com a área total dessas placas. O formato de cada placa é um círculo de diâmetro d = 40 cm, que tangencia lados de um retângulo, sendo que o comprimento total da placa é h = 60 cm, conforme ilustrado na figura. Use 3,14 como aproximação para pi.
Qual é a soma das medidas das áreas, em centímetros quadrados, das dez placas?”
a) 16628
b) 22280
c) 28560
d) 41120
e) 66240
Resposta: Alternativa B!
Com isso, vimos em nossa postagem de hoje como são calculadas as áreas de figuras planas, como este conteúdo é cobrado nas provas de matemática do Enem e quais são os cuidados que devemos tomar!
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