ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA DEFESA SOCIAL E SEGURANÇA PÚBLICA
POLICIA
MILITAR DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO
DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DA POLÍCIA MILITAR - CFAPM
CURSO
DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS 2019.3
AVALIAÇÃO
– Estudo Dirigido
DISCIPLINA:
Didática Aplicada à Segurança
Pública
Instrutor:
Aluno:
Núcleo:
Turma:
- – Orientações Gerais:
- Cada questão tem o valor de 2,0 (dois) pontos;
- Cada resposta deverá ser respondida de forma dissertativa argumentativa, com, no mínimo, 05 (cinco) e, no máximo, 20 (vinte) linhas;
- O aluno deverá basear suas respostas no material didático disponibilizado pela Coordenação do Curso, podendo, ainda, consultar outros meios.
- A avaliação será corrigida por um instrutor da disciplina.
– AVALIAÇÃO
1.JURAMENTO
DA POLÍCIA MILITAR
“Incorporando-me
à Polícia Militar do Rio Grande do Norte, prometo cumprir
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado,
respeitar os superiores hierárquicos, e tratar com atenção os
irmãos de armas, e com bondade os subordinados; dedicar-me
integralmente ao serviço da pátria, cuja honra, integridade, e
instituições, defenderei, COM
O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA
VIDA.”
O
Policial Militar constantemente nas atribuições diárias de sua
profissão colocará em prática o juramento feito a Instituição
Polícia Militar e sociedade, valendo-se de seus conhecimentos
técnicos-profissionais para o bom exercício de sua profissão.
A
MCN2014 traz pontos a serem entendidos no contexto contemporâneo do
Ensino em Segurança Pública, De
acordo com a apostila discorra sobre competência e suas subdivisões:
A
MCN2014
traz pontos a serem entendidos no contexto contemporâneo do Ensino
em Segurança Pública, são eles: competências
(subdividida entre as dimensões organizacionais e classificação
por habilidades) e princípios.
Resposta:
COMPETÊNCIAS:
Competência
é entendida como a capacidade de mobilizar saberes para agir em
diferentes situações da prática profissional, em que as reflexões
antes, durante e após a ação estimulem a autonomia intelectual. A
MCN2014
trabalha com três conjuntos de
competências:
a)Competências
cognitivas; b)
Competências
operativas e c)
Competências atitudinais:
DIMENSÕES
ORGANIZACIONAIS1
O
que são dimensões organizacionais?
O
estudo da empresa do conhecimento e suas dimensões organizacionais
caracteriza-se por dois cenários. O primeiro corresponde as
dimensões organizacionais, quais são: estrutura,
estratégia, tecnologia, processos gerenciais, indivíduos e seus
papéis.
As
dimensões organizacionais são três, a saber: Institucional;
Profissional
e Pessoal:
Classificação
por Habilidades
O
que são habilidades?
Uma
habilidade é a capacidade de transformar conhecimento em ação e
que resulta em um desempenho desejado.
As
habilidades são classificadas em (TAIPC): Técnicas;
Administrativas;
Interpessoais;
Políticas e
Cognitivas.
2.
A
Matriz Curricular Nacional de 2014, enquanto documento oficial que
regula a formação policial traz
consigo os PRINCÍPIOS que devem nortear o Ensino e a formação
policial, segundo o material didático disponibilizado
responda:
a)quais
os princípios orientadores regulados pela MCN 2014 para a formação
policial
Princípios:.
Éticos:
Compatibilidade
entre direitos humanos e eficiência policial; compreensão e
valorização das
diferenças;
Educacionais:
Flexibilidade,
diversificação e transformação; abrangência e capilaridade;
qualidade e atualização permanente; articulação, continuidade e
regularidade;
Didático-pedagógicos:
Valorização
do conhecimento anterior; universalidade; interdisciplinaridade,
transversalidade e reconstrução democrática dos
saberes.
b)
Qual a importância destes princípios na formação policial 2
Embasamento
para a resposta:
PRINCÍPIOS
ÉTICOS
Compatibilidade
entre direitos humanos e eficiência policial:
as
habilidades operativas a serem desenvolvidas pelas ações formativas
de segurança pública necessitam estar respaldadas pelos
instrumentos legais de proteção e defesa dos direitos humanos, pois
direitos humanos e eficiência policial são compatíveis entre si e
mutuamente necessários. Esta compatibilidade expressa a relação
existente entre o Estado Democrático de Direito e o cidadão.
Compreensão
e valorização das diferenças:
as
ações formativas de segurança pública devem propiciar o acesso a
conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais que valorizem os
direitos humanos e a cidadania, enfatizando o respeito à pessoa e à
justiça social.
PRINCÍPIOS
EDUCACIONAIS
Flexibilidade,
diversificação e transformação:
as
ações formativas de segurança pública devem ser entendidas como
um processo aberto, complexo e diversificado que reflete, desafia e
provoca transformações na concepção e implementação das
políticas públicas de segurança, contribuindo para a construção
de novos paradigmas culturais e estruturais.
Abrangência
e capilaridade:
as
ações formativas de segurança pública devem alcançar o maior
número possível de instituições, de profissionais e de pessoas,
por meio da articulação de estratégias que possibilitem processos
de multiplicação, fazendo uso de tecnologias e didáticas
apropriadas.
Qualidade
e atualização permanente:
as
ações formativas de segurança pública devem ser submetidas
periodicamente a processos de avaliação e monitoramento
sistemático, garantindo, assim, a qualidade e a excelência das
referidas ações.
Articulação,
continuidade e regularidade:
a
consistência e a coerência dos processos de planejamento,
acompanhamento e avaliação das ações formativas devem ser
alcançadas mediante o investimento na formação de docentes e na
constituição de uma rede de informações e inter-relações que
possibilitem disseminar os referenciais das políticas democráticas
de segurança pública e alimentar o diálogo enriquecedor entre as
diversas experiências.
PRINCÍPIOS
DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
Valorização
do conhecimento anterior:
os
processos de desenvolvimento das ações didático-pedagógicas devem
possibilitar a reflexão crítica sobre as questões que emergem ou
que resultem das práticas dos indivíduos, das instituições e do
corpo social, levando em consideração os conceitos, as
representações, as vivências próprias dos saberes dos
profissionais da área de segurança pública, concretamente
envolvidos nas experiências que vivenciam no cotidiano da profissão.
Universalidade:
os
conceitos, doutrinas e metodologias que fazem parte do currículo das
ações formativas de segurança pública devem ser veiculados de
forma padronizada, levando-se em consideração a diversidade que
caracteriza o país.
Interdisciplinaridade,
transversalidade e reconstrução democrática de saberes:
interdisciplinaridade
e
transversalidade são
duas dimensões metodológicas
- modo de se trabalhar conhecimento - em torno das quais o professor
pode utilizar o currículo diferentemente do modelo tradicional,
contribuindo, assim, para a excelência humana, por meio das diversas
possibilidades de interação, e para a excelência acadêmica, por
meio do uso de situações de aprendizagem mais significativas. Essas
abordagens permitem que as áreas temáticas e os eixos articuladores
sejam trabalhados de forma sistêmica, ou seja, a partir da
inter-relação dos campos de conhecimentos. É válido ressaltar que
os diversos itinerários formativos a serem elaborados com base no
referencial da Matriz devem contemplar os direitos humanos, a partir
das abordagens interdisciplinar e transversal. Ou seja, os temas
relacionados aos direitos humanos, principalmente os vinculados à
diferença sociocultural de gênero, de orientação sexual, de
etnia, de origem e de geração, devem perpassar todas as
disciplinas, trazendo à tona valores humanos e questões que
estabelecem uma relação dialógica entre os campos de conhecimentos
trabalhados nas ações formativas dos profissionais da área de
segurança pública.
Norte:
O
conhecimento técnico profissional, por exemplo,deve ser construído
dentro da realidade que o policial
vai atuar, a partir dos princípios éticos e dos direitos humanos e
tendo como base teórica a legislação vigente. Um treinamento de
qualidade vai fazer com que os profissionais valorizem os
procedimentos técnicos operacionais como expressão da competência,
da ética e da segurança profissional e consequentemente obter a
eficácia nas diligências policiais, sem riscos desnecessários e
sem violação de direitos.
O
policial deverá estar preparado para atuar em situações que estará
sujeito a fortes pressões psicológicas e deverá ainda se manter em
condições de empregar técnicas que demandam refinadas habilidades
psicomotoras a fim de evitar uma reação violenta ou socorrer uma
pessoa em sérias dificuldades. O momento da aproximação e do
contato com as pessoas que estão perturbando a ordem é sempre muito
delicado e perigoso. O policial não deverá se descuidar da
segurança dos envolvidos na operação: a equipe, o público, e os
abordados; e estar preparado para vencer uma resistência, que poderá
ser armada, ao mesmo tempo tomar cuidado para não causar
constrangimentos além do essencialmente necessário para realizar o
seu serviço.
3.
Método
está ligado ao “como
fazer”.
Desdobrando o título do subtópico, seria: Como fazer alguém
aprender sobre Segurança Pública. Para começar a compreender,
precisamos entender a organização dos conhecimentos para a área de
Segurança Pública, segundo propõe a Matriz
Curricular.
Segundo
a afirmação acima:
a)
Como
se da à organização dos conhecimentos na área de Segurança
Pública, segundo a MCN 2014 (Matriz Curricular
Nacional).
Resposta:
Através
da seleção dos conteúdos e aplicação de competências cognitivas
e do aprender a pensar.
Como
bem sabemos as competências partem do da cognitiva para a atitudinal
passando, logicamente pela operativa (de caráter procedimental – o
como fazer)
Norte:
Conteúdos:
Referem-se
à seleção e organização do conhecimento com base nos objetivos
da
unidade
ou do curso.
Competências
cognitivas: são
competências que requerem o desenvolvimento do pensamento por meio
da investigação e da organização do conhecimento. Elas habilitam
o indivíduo a pensar de forma crítica e criativa, posicionar-se,
comunicar-se e estar consciente de suas
ações.
Aprender
a pensar3
Requer
o desenvolvimento do pensamento por meio da pesquisa e da organização
do conhecimento e que habilitam o indivíduo a pensar de forma
crítica e criativa, a posicionar-se, a comunicar-se e a estar
consciente de suas ações.
b)
São Orientações metodológicas a Contextualização,
Interdisciplinaridade e a Transversalidade, com suas palavras
discorra sobre cada uma
delas.
Norte:
Contextualização:
Contextualizar
o conteúdo
que se quer aprendido significa, em primeiro lugar, assumir que todo
conhecimento envolve uma relação entre
sujeito
e objeto (...)
O tratamento contextualizado
do
conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o aluno da
condição de espectador passivo. Se bem trabalhado, permite que, ao
longo da transposição didática, o conteúdo do ensino provoque
aprendizagens significativas que mobilizem o aluno e estabeleçam
entre ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade.
A contextualização evoca por isso áreas, âmbitos ou dimensões
presentes na vida pessoal, social e cultural, e mobiliza competências
cognitivas já
adquiridas;
Interdisciplinaridade:
A
interdisciplinaridade questiona a
segmentação dos diferentes campos do conhecimento,
possibilitando uma relação epistemológica entre as disciplinas, ou
seja, uma inter-relação existente entre os diversos campos do
conhecimento frente ao mesmo objeto de estudo (...). Romper com a
fragmentação do conhecimento não significa excluir sua unidade
(...), mas sim articulá-la de forma diferenciada, possibilitando que
o diálogo entre os conhecimentos possa favorecer a contextualização
dos conteúdos diante das exigências de uma sociedade democrática,
levantando questões, abrindo pista, intervindo construtivamente na
realidade, favorecendo o pensar antes, durante e depois da ação e,
consequentemente, na construção da autonomia
intelectual;
Transversalidade:
A
transversalidade refere-se a temas
sociais
que permeiam
os conteúdos das diferentes disciplinas, exigindo uma abordagem
ampla e diversificada, não se esgotando num único campo de
conhecimento.
A
proposta educativa para as ações formativas dos
profissionais da área de segurança pública exige um delineamento
pedagógico diferenciado apoiado nas interações enriquecedoras, a
partir da contextualização, interdisciplinaridade e da
transversalidade entre os diferentes componentes curriculares.
A
consideração das relações existentes entre os diversos campos de
conhecimento contribuirá para uma visão mais ampla da realidade e
para a busca de soluções significativas para os problemas
enfrentados no âmbito profissional. (intredisciplinaridade – grifo
meu)
As
ações formativas devem estar coerentes e sintonizadas com a
realidade. Isso implica a seleção estratégica e consciente, por
parte do professor, de conteúdos estreitamente relacionados com as
situações reais ou simuladas, extraídas da prática profissional,
ou seja, a transformação de uma teoria e uma prática de referência
em uma teoria e prática significativas, criando, assim, condições
para que ocorra o rocesso de construção e aplicação do
conhecimento pelo policial e pelo bombeiro em formação e não
apenas a simples operação sobre os conteúdos. (contextualização
–
grifo meu)
A
transversalidade refere-se a que permeiam
os conteúdos das diferentes disciplinas, exigindo uma abordagem
ampla e diversificada, não se esgotando num único campo de
conhecimento.
O
trabalho realizado pelo professor em transformar o conteúdo em algo
ensinável e aplicável é denominado de transposição didática.
(Transversalidade)
Atentem
a esse texto grifado e trabalhem
com
suas palavras.
4.
Planejar está ligado diretamente ao caminho para se
atingir
os objetivos propostos. Em outras palavras, o planejamento significa
conhecer a realidade e as necessidades dos seus educandos,
estabelecer metas, prever recursos financeiros e materiais e gerir
tempo e
pessoas.
O
caminho norteador para um melhor planejamento passa pelas abordagens
e as técnicas de
Ensino.
a)
Quais são as abordagens descritas na
MCN
Atentem
ao que está em azul
Tendo
por base as abordagens que orientam as atividades de um “treinamento
policial” propostas por Rosenbaum (1994), destacam-se, a seguir, as
que poderão contribuir para a seleção e exploração das situações
problematizadoras nas ações formativas de policiais e de bombeiros,
se necessário:
• Abordagem
local:
os problemas devem ser resolvidos onde aparecem;
• Abordagem
criativa:
a utilização de meios criativos e não convencionais na resolução
de problemas;
• Abordagem
estrutural,
policiamento orientado por problemas: a resolução de problemas deve
se basear na análise de causas estruturais, na consideração de
todos os fatores subjacentes e nos meios disponíveis de criação de
segurança;
• Abordagem
multifator:
a consideração dos problemas sob o ponto de vista mais geral e não
apenas da abordagem da repressão ao combate ao crime;
• Abordagem
da divisão do trabalho e abordagem cooperativa:
considerar a cooperação estratégica com instituições,
autoridades, comunidades e pessoas na resolução de problemas;
• Abordagem
pró-ativa:
considerar a capacidade de pensar sobre o problema antes que o
problema aconteça.
Além
das abordagens citadas, a utilização das situações
problematizadoras como recursos de aprendizagem nas ações
formativas deverá considerar as seguintes orientações
metodológicas:
• A
compreensão de quais são as competências necessárias à prática
policial e à prática de bombeiro é o elemento-chave para
direcionar a prática pedagógica;
• Os
conhecimentos prévios dos policiais e dos bombeiros em formação e
as competências a serem desenvolvidas passam a ser o eixo
estruturador para o planejamento das propostas de atividades;
,•
As
situações problematizadoras a serem apresentadas aos policiais e
aos bombeiros em formação devem ter um enfoque contextual,
interdisciplinar e transversal, favorecendo a busca, a seleção e a
utilização dos conteúdos pautados nos eixos legal, técnico e
ético para auxiliar na compreensão dos processos e fenômenos tais
como eles se apresentam na realidade do trabalho policial e de
bombeiro;
• Os
conteúdos devem ser considerados ferramentas, meios articuladores,
dos quais os policiais e os bombeiros em formação devem lançar mão
para compreender a realidade e auxiliar na resolução de problemas;
• As
situações problematizadoras deverão criar condições para que os
policiais e os bombeiros em formação utilizem as habilidades
mentais, levantando hipóteses e estimulando o processo de reflexão
que deverá ocorrer antes, durante e após a ação;
• O
professor, como mediador do processo de aprendizagem, é o
responsável pela seleção e pelo planejamento das técnicas que
conduzirão às situações-problema e,v principalmente, pelas
intervenções por meio de questionamentos e feedback durante a
execução.
b)
Escolha
quatro Técnicas de Ensino e conceitue-as segundo o conhecimento
adquirido em seus
estudos.
A
organização do currículo que contemple situações
problematizadoras permitirá ao educando adquirir experiências mais
integradas e uma série de condutas que contribuirão para enfrentar
diferentes situações de vida, nos aspectos pessoal e profissional,
assim como se apropriar de princípios e conceitos básicos que lhe
permitam estabelecer generalizações frente a novas situações.
Sendo assim, a prática pedagógica deverá utilizar técnicas de
ensino que favoreçam a reflexão antes/durante/após a ação.
Enquanto
a metodologia norteia a direção a ser seguida pelos percursos
interdisciplinares, as técnicas de ensino possibilitam a organização
de ambientes de aprendizagem mais significativos, relacionados às
situações práticas vivenciadas pelos profissionais da área de
segurança pública.
Tendo
como referência os princípios que fundamentam a Matriz e os
objetivos das ações formativas para os profissionais da área de
segurança pública, sugerimos a utilização das seguintes técnicas
de ensino:
• Resolução
de problemas: o professor elabora situações-problema, simulando a
realidade. Os estudantes discutem os problemas em pequenos grupos e
levantam hipóteses. A seguir, eles formulam os objetivos de
aprendizagem e identificam as fontes de pesquisa para o estudo
individualizado. Os estudos e as conclusões de cada grupo são
apresentados ao grande grupo para a revisão e sistematização de
uma
proposição final, de uma explicação ou proposta de ação para o
problema, encerrando o ciclo de atividades.
A
resolução de problemas é indicada para a formação profissional,
pois propicia a transferência de aprendizagem, ao fazer com que o
estudante enfrente novas situações, dotando-o de capacidade para
resolver problemas que ultrapassam os limites de uma única
disciplina e possibilitando-o detectar, analisar e solucionar
problemas sob novos enfoques. A resolução de problemas, por se
constituir uma forma diferenciada de estruturar o conhecimento,
favorece a integração de conteúdos, possibilitando a compreensão
da realidade social e o posicionamento como cidadão e garantindo a
visão global e integradora do conhecimento.
• Simulação
(role playing):
a simulação é uma técnica em que se constrói um cenário para os
estudantes vivenciarem papéis a partir de uma experiência, com o
objetivo de conseguir uma aproximação consistente entre a teoria e
a prática, aperfeiçoar as habilidades e atitudes e construir
referências que ajudem a tomar decisões e a agir em situações
similares.
• Estudo
de casos:
esta técnica compreende a discussão em pequenos grupos de casos
verídicos ou baseados em fatos reais relacionados a situações que
farão parte do cotidiano da área de segurança pública. Os casos
deverão vir acompanhados do máximo de informações pertinentes
para que o estudante possa analisá-los (caso análise) ou apresentar
possíveis soluções (caso problema). Esta técnica permite que os
estudantes analisem a situação apresentada e apliquem os
conhecimentos aprendidos.
• Lista
de tarefas (job aids):
as listas de tarefas devem ser utilizadas quando se tem por objetivo
que os estudantes sigam passos na realização de procedimentos.
• Painel
de discussão:
caracteriza-se pela apresentação de especialistas que expõem a sua
visão sobre determinado tema a ser debatido. Pode ser coordenado por
um moderador que controlará o tempo de exposição e de debate e
organizará a síntese dos pontos abordados no painel.
• Discussões
em grupos:
apresentação de um tema a ser discutido a cada grupo. Ao final do
tempo estipulado, os grupos apresentam a síntese da discussão.
• Discussão
dirigida: técnica de ensino em que os participantes expressam suas
ideias após analisarem criticamente um assunto de interesse
relacionado com o tema. Ao final da atividade, é feita uma
avaliação, quando se ressalta o valor das contribuições feitas
pelos participantes, bem como a importância das conclusões.
• Debate
cruzado: organizado em dois grupos, em que cada grupo terá de
debater uma tese contrária à do outro grupo, invertendo-se os
papeis ao final.
• Grupo
de vivência ou verbalização e grupo de observação (GV/ GO): os
participantes são divididos em dois grupos, em que o primeiro terá
a função de vivência ou verbalização de determinada situação e
o segundo desempenhará a função de observador. Ao final,
invertem-se os papeis.
• Brainstorming
e brainwriting:
utilizados para gerar novas ideias, buscar soluções para um
determinado problema. Todas as ideias surgidas devem ser registradas,
a seguir categorizadas e analisadas com o auxilio de um coordenador.
Ao final, o grupo toma as decisões para a resolução do problema.
• Exposição
dialogada:
apresentação de conteúdos devidamente organizados de forma
sequencial (muitas vezes com auxílio de recursos audiovisuais),
explorados a partir de questionamentos que promovam a socialização
de conhecimentos.
• Demonstração
ou aula prática:
explicação por meio da demonstração de técnicas e procedimentos,
oportunizando aos estudantes: a exercitação, o feedback, a
automação e a aplicação.
As
atividades de demonstração devem proporcionar aos estudantes
possibilidades de refletir sobre a demonstração do professor,
questionando o “por quê” de determinada ação ou técnica, e
momentos de intervenções em que o professor, mediante
acompanhamento, emite feedback sobre o desempenho realizado,
proporcionando, caso seja necessário, a devida correção.
Além
dessas técnicas, autores mais recentes reforçam a utilização de
seminários e portfólios/diários reflexivos no processo de
desenvolvimento e avaliação de competências.
Os
seminários possibilitam o estudo de um tema de forma profunda,
promovendo o debate sobre o mesmo e a socialização do conhecimento.
Os alunos devem ser orientados, com antecedência, quanto ao
planejamento e o desenvolvimento dos temas a serem abordados sobre
forma de seminário para que possam se preparar.
Os
portfólios físico ou digital são um conjunto de produções
autorais do aluno desenvolvidos durante o processo de aprendizagem.
Além de exercitar a capacidade de auto-organização, os portfólios
promovem o exercício do pensamento crítico-reflexivo, a autonomia e
a sistematização da aprendizagem. (ARAÚJO, 2011)
Outras
ferramentas tecnológicas, como blog e wikis, também podem ser
utilizadas para promover atividades colaborativas.
5.
Como ensinar o “certo” fazendo o “errado”? Faça o que eu
digo, mas não faça o que eu faço é uma retórica que não cabe
mais nos processos de ensino em Segurança Pública, quiçá em
qualquer outra relação de ensino-aprendizagem. O tratamento
dispensado ao cidadão infrator ou qualquer cidadão, não pode ser
distinto da teoria explicada em sala de aula. Educar
com Direitos Humanos é, antes de qualquer definição, respeitar o
individuo em sua
singularidade.
Diante desta afirmação, quais os princípios devem nortear o profissional de segurança quanto à educação em Direitos Humanos? Leiam todos e elenquem 07 (sete) como resposta:
EDUCAÇÃO
COM DIREITOS
HUMANOS
Como
ensinar o “certo” fazendo o “errado”? Faça o que eu digo,
mas não faça o que eu faço é uma retórica que não cabe mais nos
processos de ensino em Segurança Pública, quiçá em qualquer outra
relação de ensino-aprendizagem. O tratamento dispensado ao cidadão
infrator ou qualquer cidadão, não pode ser distinto da teoria
explicada em sala de aula. Educar com Direitos Humanos é, antes de
qualquer definição, respeitar o individuo em sua singularidade.
Trata-se
de uma orientação nacional tem sido de fundamental importância, se
considerarmos que os sistemas de justiça e segurança congregam um
conjunto diversificado de categorias profissionais com atribuições,
formações e experiências bastante diferenciadas. Portanto,
torna-se necessário destacar e respeitar o papel essencial que cada
uma dessas categorias exerce junto à sociedade, orientando as ações
educacionais a incluir valores e procedimentos que possibilitem
tornar seus(suas) agentes em verdadeiros(as) promotores(as) de
direitos humanos, o que significa ir além do papel de defensores(as)
desses direitos.
Para
esses(as) profissionais, a educação em direitos humanos deve
considerar os seguintes princípios:
*
Escolher sete dentre os treze.
9.1.
Respeito e obediência à lei e aos valores morais que a antecedem e
9.2.
Leitura crítica dos conteúdos e da prática social e institucional
dos órgãos do sistema de justiça e
segurança;
9.3.
Reconhecimento
de
sociedade,
9.4.
Vivência de cooperação e respeito às diferenças sociais e
culturais, atendendo com dignidade a todos os segmentos sem
privilégios;
9.5.
Conhecimento acerca da proteção e dos mecanismos de defesa dos
direitos humanos;
9.6.
Relação de correspondência dos eixos ético, técnico e legal no
currículo, coerente com os princípios dos direitos humanos e do
Estado Democrático de Direito;
9.7.
Uso legal, legítimo, proporcional e progressivo da força,
protegendo e respeitando todos(as) os(as)
cidadãos(ãs);
9.8.
Respeito no trato com as pessoas, movimentos e entidades sociais,
defendendo e promovendo o direito de
todos(as);
9.9.
Consolidação de valores baseados em uma ética solidária e em
princípios dos direitos humanos, que contribuam para uma prática
emancipatória dos sujeitos que atuam nas áreas de justiça e
segurança;
9.10.
Explicitação das contradições e conflitos existentes nos
discursos e práticas das categorias profissionais do sistema de
segurança e
justiça;
9.11.
Estímulo à configuração de habilidades e atitudes coerentes com
os princípios dos direitos
humanos;
9.12.
Promoção da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade nas ações
de formação e capacitação dos profissionais da área e de
disciplinas específicas de educação em direitos
humanos;
9.13.
Leitura crítica dos modelos de formação e ação policial que
utilizam práticas violadoras da dignidade do ser humano.
Joilton
Ronaldo
da Silva Filho, Cb PM
INSTRUTOR
DA DISCIPLINA RESP. PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DIRIGIDO
1A
EMPRESA DO CONHECIMENTO E AS SUAS DIMENSÕES ORGANIZACIONAIS.
Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep1998_art481.pdf>.
Acesso em 07
abr.
2020.
2MATRIZ
curricular nacional para ações formativas dos profissionais da
área de segurança pública. Brasília: Secretaria nacional de
segurança pública, 2014.
3Quatro
Pilares da
Educação propostos pela Unesco: aprender
a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver;
e com as dimensões do conhecimento: saber, saber fazer e saber ser.
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