Didática Aplicada à Segurança Pública - Estudo Dirigido


ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA DEFESA SOCIAL E SEGURANÇA PÚBLICA

POLICIA MILITAR DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DA POLÍCIA MILITAR - CFAPM
CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS 2019.3
AVALIAÇÃO – Estudo Dirigido



DISCIPLINA: Didática Aplicada à Segurança Pública Instrutor:
Aluno: Núcleo:
Turma:


  1. Orientações Gerais:
  • Cada questão tem o valor de 2,0 (dois) pontos;
  • Cada resposta deverá ser respondida de forma dissertativa argumentativa, com, no mínimo, 05 (cinco) e, no máximo, 20 (vinte) linhas;
  • O aluno deverá basear suas respostas no material didático disponibilizado pela Coordenação do Curso, podendo, ainda, consultar outros meios.
  • A avaliação será corrigida por um instrutor da disciplina.
  1. AVALIAÇÃO



1.JURAMENTO DA POLÍCIA MILITAR


Incorporando-me à Polícia Militar do Rio Grande do Norte, prometo cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado, respeitar os superiores hierárquicos, e tratar com atenção os irmãos de armas, e com bondade os subordinados; dedicar-me integralmente ao serviço da pátria, cuja honra, integridade, e instituições, defenderei, COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA.”


O Policial Militar constantemente nas atribuições diárias de sua profissão colocará em prática o juramento feito a Instituição Polícia Militar e sociedade, valendo-se de seus conhecimentos técnicos-profissionais para o bom exercício de sua profissão.
A MCN2014 traz pontos a serem entendidos no contexto contemporâneo do Ensino em Segurança Pública, De acordo com a apostila discorra sobre competência e suas subdivisões:
A MCN2014 traz pontos a serem entendidos no contexto contemporâneo do Ensino em Segurança Pública, são eles: competências (subdividida entre as dimensões organizacionais e classificação por habilidades) e princípios.
Resposta:
COMPETÊNCIAS:
Competência é entendida como a capacidade de mobilizar saberes para agir em diferentes situações da prática profissional, em que as reflexões antes, durante e após a ação estimulem a autonomia intelectual. A MCN2014 trabalha com três conjuntos de competências: a)Competências cognitivas; b) Competências operativas e c) Competências atitudinais:
DIMENSÕES ORGANIZACIONAIS1
O que são dimensões organizacionais?
O estudo da empresa do conhecimento e suas dimensões organizacionais caracteriza-se por dois cenários. O primeiro corresponde as dimensões organizacionais, quais são: estrutura, estratégia, tecnologia, processos gerenciais, indivíduos e seus papéis.
As dimensões organizacionais são três, a saber: Institucional; Profissional e Pessoal:
Classificação por Habilidades
O que são habilidades?
Uma habilidade é a capacidade de transformar conhecimento em ação e que resulta em um desempenho desejado.
As habilidades são classificadas em (TAIPC): Técnicas; Administrativas; Interpessoais; Políticas e Cognitivas.
2. A Matriz Curricular Nacional de 2014, enquanto documento oficial que regula a formação policial traz consigo os PRINCÍPIOS que devem nortear o Ensino e a formação policial, segundo o material didático disponibilizado responda:
a)quais os princípios orientadores regulados pela MCN 2014 para a formação policial
Princípios:.
Éticos: Compatibilidade entre direitos humanos e eficiência policial; compreensão e valorização das diferenças;
Educacionais: Flexibilidade, diversificação e transformação; abrangência e capilaridade; qualidade e atualização permanente; articulação, continuidade e regularidade;
Didático-pedagógicos: Valorização do conhecimento anterior; universalidade; interdisciplinaridade, transversalidade e reconstrução democrática dos saberes.
b) Qual a importância destes princípios na formação policial 2

Embasamento para a resposta:
PRINCÍPIOS ÉTICOS
Compatibilidade entre direitos humanos e eficiência policial: as habilidades operativas a serem desenvolvidas pelas ações formativas de segurança pública necessitam estar respaldadas pelos instrumentos legais de proteção e defesa dos direitos humanos, pois direitos humanos e eficiência policial são compatíveis entre si e mutuamente necessários. Esta compatibilidade expressa a relação existente entre o Estado Democrático de Direito e o cidadão.
Compreensão e valorização das diferenças: as ações formativas de segurança pública devem propiciar o acesso a conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais que valorizem os direitos humanos e a cidadania, enfatizando o respeito à pessoa e à justiça social.
PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS
Flexibilidade, diversificação e transformação: as ações formativas de segurança pública devem ser entendidas como um processo aberto, complexo e diversificado que reflete, desafia e provoca transformações na concepção e implementação das políticas públicas de segurança, contribuindo para a construção de novos paradigmas culturais e estruturais.
Abrangência e capilaridade: as ações formativas de segurança pública devem alcançar o maior número possível de instituições, de profissionais e de pessoas, por meio da articulação de estratégias que possibilitem processos de multiplicação, fazendo uso de tecnologias e didáticas apropriadas.
Qualidade e atualização permanente: as ações formativas de segurança pública devem ser submetidas periodicamente a processos de avaliação e monitoramento sistemático, garantindo, assim, a qualidade e a excelência das referidas ações.
Articulação, continuidade e regularidade: a consistência e a coerência dos processos de planejamento, acompanhamento e avaliação das ações formativas devem ser alcançadas mediante o investimento na formação de docentes e na constituição de uma rede de informações e inter-relações que possibilitem disseminar os referenciais das políticas democráticas de segurança pública e alimentar o diálogo enriquecedor entre as diversas experiências.
PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
Valorização do conhecimento anterior: os processos de desenvolvimento das ações didático-pedagógicas devem possibilitar a reflexão crítica sobre as questões que emergem ou que resultem das práticas dos indivíduos, das instituições e do corpo social, levando em consideração os conceitos, as representações, as vivências próprias dos saberes dos profissionais da área de segurança pública, concretamente envolvidos nas experiências que vivenciam no cotidiano da profissão.
Universalidade: os conceitos, doutrinas e metodologias que fazem parte do currículo das ações formativas de segurança pública devem ser veiculados de forma padronizada, levando-se em consideração a diversidade que caracteriza o país.
Interdisciplinaridade, transversalidade e reconstrução democrática de saberes: interdisciplinaridade e transversalidade são duas dimensões metodológicas - modo de se trabalhar conhecimento - em torno das quais o professor pode utilizar o currículo diferentemente do modelo tradicional, contribuindo, assim, para a excelência humana, por meio das diversas possibilidades de interação, e para a excelência acadêmica, por meio do uso de situações de aprendizagem mais significativas. Essas abordagens permitem que as áreas temáticas e os eixos articuladores sejam trabalhados de forma sistêmica, ou seja, a partir da inter-relação dos campos de conhecimentos. É válido ressaltar que os diversos itinerários formativos a serem elaborados com base no referencial da Matriz devem contemplar os direitos humanos, a partir das abordagens interdisciplinar e transversal. Ou seja, os temas relacionados aos direitos humanos, principalmente os vinculados à diferença sociocultural de gênero, de orientação sexual, de etnia, de origem e de geração, devem perpassar todas as disciplinas, trazendo à tona valores humanos e questões que estabelecem uma relação dialógica entre os campos de conhecimentos trabalhados nas ações formativas dos profissionais da área de segurança pública.

Norte:
O conhecimento técnico profissional, por exemplo,deve ser construído dentro da realidade que o policial vai atuar, a partir dos princípios éticos e dos direitos humanos e tendo como base teórica a legislação vigente. Um treinamento de qualidade vai fazer com que os profissionais valorizem os procedimentos técnicos operacionais como expressão da competência, da ética e da segurança profissional e consequentemente obter a eficácia nas diligências policiais, sem riscos desnecessários e sem violação de direitos.
O policial deverá estar preparado para atuar em situações que estará sujeito a fortes pressões psicológicas e deverá ainda se manter em condições de empregar técnicas que demandam refinadas habilidades psicomotoras a fim de evitar uma reação violenta ou socorrer uma pessoa em sérias dificuldades. O momento da aproximação e do contato com as pessoas que estão perturbando a ordem é sempre muito delicado e perigoso. O policial não deverá se descuidar da segurança dos envolvidos na operação: a equipe, o público, e os abordados; e estar preparado para vencer uma resistência, que poderá ser armada, ao mesmo tempo tomar cuidado para não causar constrangimentos além do essencialmente necessário para realizar o seu serviço.
3. Método está ligado ao “como fazer”. Desdobrando o título do subtópico, seria: Como fazer alguém aprender sobre Segurança Pública. Para começar a compreender, precisamos entender a organização dos conhecimentos para a área de Segurança Pública, segundo propõe a Matriz Curricular.
Segundo a afirmação acima:
a) Como se da à organização dos conhecimentos na área de Segurança Pública, segundo a MCN 2014 (Matriz Curricular Nacional).
Resposta:
Através da seleção dos conteúdos e aplicação de competências cognitivas e do aprender a pensar.
Como bem sabemos as competências partem do da cognitiva para a atitudinal passando, logicamente pela operativa (de caráter procedimental – o como fazer)
Norte:
Conteúdos: Referem-se à seleção e organização do conhecimento com base nos objetivos da unidade ou do curso.
Competências cognitivas: são competências que requerem o desenvolvimento do pensamento por meio da investigação e da organização do conhecimento. Elas habilitam o indivíduo a pensar de forma crítica e criativa, posicionar-se, comunicar-se e estar consciente de suas ações.
Aprender a pensar3
Requer o desenvolvimento do pensamento por meio da pesquisa e da organização do conhecimento e que habilitam o indivíduo a pensar de forma crítica e criativa, a posicionar-se, a comunicar-se e a estar consciente de suas ações.
b) São Orientações metodológicas a Contextualização, Interdisciplinaridade e a Transversalidade, com suas palavras discorra sobre cada uma delas.
Norte:
Contextualização: Contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa, em primeiro lugar, assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto (...) O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo. Se bem trabalhado, permite que, ao longo da transposição didática, o conteúdo do ensino provoque aprendizagens significativas que mobilizem o aluno e estabeleçam entre ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade. A contextualização evoca por isso áreas, âmbitos ou dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural, e mobiliza competências cognitivas já adquiridas;
Interdisciplinaridade: A interdisciplinaridade questiona a segmentação dos diferentes campos do conhecimento, possibilitando uma relação epistemológica entre as disciplinas, ou seja, uma inter-relação existente entre os diversos campos do conhecimento frente ao mesmo objeto de estudo (...). Romper com a fragmentação do conhecimento não significa excluir sua unidade (...), mas sim articulá-la de forma diferenciada, possibilitando que o diálogo entre os conhecimentos possa favorecer a contextualização dos conteúdos diante das exigências de uma sociedade democrática, levantando questões, abrindo pista, intervindo construtivamente na realidade, favorecendo o pensar antes, durante e depois da ação e, consequentemente, na construção da autonomia intelectual;
Transversalidade: A transversalidade refere-se a temas sociais que permeiam os conteúdos das diferentes disciplinas, exigindo uma abordagem ampla e diversificada, não se esgotando num único campo de conhecimento.
A proposta educativa para as ações formativas dos profissionais da área de segurança pública exige um delineamento pedagógico diferenciado apoiado nas interações enriquecedoras, a partir da contextualização, interdisciplinaridade e da transversalidade entre os diferentes componentes curriculares. A consideração das relações existentes entre os diversos campos de conhecimento contribuirá para uma visão mais ampla da realidade e para a busca de soluções significativas para os problemas enfrentados no âmbito profissional. (intredisciplinaridade – grifo meu)
As ações formativas devem estar coerentes e sintonizadas com a realidade. Isso implica a seleção estratégica e consciente, por parte do professor, de conteúdos estreitamente relacionados com as situações reais ou simuladas, extraídas da prática profissional, ou seja, a transformação de uma teoria e uma prática de referência em uma teoria e prática significativas, criando, assim, condições para que ocorra o rocesso de construção e aplicação do conhecimento pelo policial e pelo bombeiro em formação e não apenas a simples operação sobre os conteúdos. (contextualização – grifo meu)
A transversalidade refere-se a que permeiam os conteúdos das diferentes disciplinas, exigindo uma abordagem ampla e diversificada, não se esgotando num único campo de conhecimento.
O trabalho realizado pelo professor em transformar o conteúdo em algo ensinável e aplicável é denominado de transposição didática. (Transversalidade)
Atentem a esse texto grifado e trabalhem com suas palavras.
4. Planejar está ligado diretamente ao caminho para se atingir os objetivos propostos. Em outras palavras, o planejamento significa conhecer a realidade e as necessidades dos seus educandos, estabelecer metas, prever recursos financeiros e materiais e gerir tempo e pessoas.
O caminho norteador para um melhor planejamento passa pelas abordagens e as técnicas de Ensino.
a) Quais são as abordagens descritas na MCN
Atentem ao que está em azul
Tendo por base as abordagens que orientam as atividades de um “treinamento policial” propostas por Rosenbaum (1994), destacam-se, a seguir, as que poderão contribuir para a seleção e exploração das situações problematizadoras nas ações formativas de policiais e de bombeiros, se necessário:
Abordagem local: os problemas devem ser resolvidos onde aparecem;
Abordagem criativa: a utilização de meios criativos e não convencionais na resolução de problemas;
Abordagem estrutural, policiamento orientado por problemas: a resolução de problemas deve se basear na análise de causas estruturais, na consideração de todos os fatores subjacentes e nos meios disponíveis de criação de segurança;
Abordagem multifator: a consideração dos problemas sob o ponto de vista mais geral e não apenas da abordagem da repressão ao combate ao crime;
Abordagem da divisão do trabalho e abordagem cooperativa: considerar a cooperação estratégica com instituições, autoridades, comunidades e pessoas na resolução de problemas;
Abordagem pró-ativa: considerar a capacidade de pensar sobre o problema antes que o problema aconteça.
Além das abordagens citadas, a utilização das situações problematizadoras como recursos de aprendizagem nas ações formativas deverá considerar as seguintes orientações metodológicas:
A compreensão de quais são as competências necessárias à prática policial e à prática de bombeiro é o elemento-chave para direcionar a prática pedagógica;
Os conhecimentos prévios dos policiais e dos bombeiros em formação e as competências a serem desenvolvidas passam a ser o eixo estruturador para o planejamento das propostas de atividades;
,As situações problematizadoras a serem apresentadas aos policiais e aos bombeiros em formação devem ter um enfoque contextual, interdisciplinar e transversal, favorecendo a busca, a seleção e a utilização dos conteúdos pautados nos eixos legal, técnico e ético para auxiliar na compreensão dos processos e fenômenos tais como eles se apresentam na realidade do trabalho policial e de bombeiro;
Os conteúdos devem ser considerados ferramentas, meios articuladores, dos quais os policiais e os bombeiros em formação devem lançar mão para compreender a realidade e auxiliar na resolução de problemas;
As situações problematizadoras deverão criar condições para que os policiais e os bombeiros em formação utilizem as habilidades mentais, levantando hipóteses e estimulando o processo de reflexão que deverá ocorrer antes, durante e após a ação;
O professor, como mediador do processo de aprendizagem, é o responsável pela seleção e pelo planejamento das técnicas que conduzirão às situações-problema e,v principalmente, pelas intervenções por meio de questionamentos e feedback durante a execução.





b) Escolha quatro Técnicas de Ensino e conceitue-as segundo o conhecimento adquirido em seus estudos.
A organização do currículo que contemple situações problematizadoras permitirá ao educando adquirir experiências mais integradas e uma série de condutas que contribuirão para enfrentar diferentes situações de vida, nos aspectos pessoal e profissional, assim como se apropriar de princípios e conceitos básicos que lhe permitam estabelecer generalizações frente a novas situações. Sendo assim, a prática pedagógica deverá utilizar técnicas de ensino que favoreçam a reflexão antes/durante/após a ação.
Enquanto a metodologia norteia a direção a ser seguida pelos percursos interdisciplinares, as técnicas de ensino possibilitam a organização de ambientes de aprendizagem mais significativos, relacionados às situações práticas vivenciadas pelos profissionais da área de segurança pública.
Tendo como referência os princípios que fundamentam a Matriz e os objetivos das ações formativas para os profissionais da área de segurança pública, sugerimos a utilização das seguintes técnicas de ensino:
Resolução de problemas: o professor elabora situações-problema, simulando a realidade. Os estudantes discutem os problemas em pequenos grupos e levantam hipóteses. A seguir, eles formulam os objetivos de aprendizagem e identificam as fontes de pesquisa para o estudo individualizado. Os estudos e as conclusões de cada grupo são apresentados ao grande grupo para a revisão e sistematização de uma proposição final, de uma explicação ou proposta de ação para o problema, encerrando o ciclo de atividades.
A resolução de problemas é indicada para a formação profissional, pois propicia a transferência de aprendizagem, ao fazer com que o estudante enfrente novas situações, dotando-o de capacidade para resolver problemas que ultrapassam os limites de uma única disciplina e possibilitando-o detectar, analisar e solucionar problemas sob novos enfoques. A resolução de problemas, por se constituir uma forma diferenciada de estruturar o conhecimento, favorece a integração de conteúdos, possibilitando a compreensão da realidade social e o posicionamento como cidadão e garantindo a visão global e integradora do conhecimento.
Simulação (role playing): a simulação é uma técnica em que se constrói um cenário para os estudantes vivenciarem papéis a partir de uma experiência, com o objetivo de conseguir uma aproximação consistente entre a teoria e a prática, aperfeiçoar as habilidades e atitudes e construir referências que ajudem a tomar decisões e a agir em situações similares.
Estudo de casos: esta técnica compreende a discussão em pequenos grupos de casos verídicos ou baseados em fatos reais relacionados a situações que farão parte do cotidiano da área de segurança pública. Os casos deverão vir acompanhados do máximo de informações pertinentes para que o estudante possa analisá-los (caso análise) ou apresentar possíveis soluções (caso problema). Esta técnica permite que os estudantes analisem a situação apresentada e apliquem os conhecimentos aprendidos.
Lista de tarefas (job aids): as listas de tarefas devem ser utilizadas quando se tem por objetivo que os estudantes sigam passos na realização de procedimentos.
Painel de discussão: caracteriza-se pela apresentação de especialistas que expõem a sua visão sobre determinado tema a ser debatido. Pode ser coordenado por um moderador que controlará o tempo de exposição e de debate e organizará a síntese dos pontos abordados no painel.
Discussões em grupos: apresentação de um tema a ser discutido a cada grupo. Ao final do tempo estipulado, os grupos apresentam a síntese da discussão.
Discussão dirigida: técnica de ensino em que os participantes expressam suas ideias após analisarem criticamente um assunto de interesse relacionado com o tema. Ao final da atividade, é feita uma avaliação, quando se ressalta o valor das contribuições feitas pelos participantes, bem como a importância das conclusões.
Debate cruzado: organizado em dois grupos, em que cada grupo terá de debater uma tese contrária à do outro grupo, invertendo-se os papeis ao final.
Grupo de vivência ou verbalização e grupo de observação (GV/ GO): os participantes são divididos em dois grupos, em que o primeiro terá a função de vivência ou verbalização de determinada situação e o segundo desempenhará a função de observador. Ao final, invertem-se os papeis.
Brainstorming e brainwriting: utilizados para gerar novas ideias, buscar soluções para um determinado problema. Todas as ideias surgidas devem ser registradas, a seguir categorizadas e analisadas com o auxilio de um coordenador. Ao final, o grupo toma as decisões para a resolução do problema.
Exposição dialogada: apresentação de conteúdos devidamente organizados de forma sequencial (muitas vezes com auxílio de recursos audiovisuais), explorados a partir de questionamentos que promovam a socialização de conhecimentos.
Demonstração ou aula prática: explicação por meio da demonstração de técnicas e procedimentos, oportunizando aos estudantes: a exercitação, o feedback, a automação e a aplicação.
As atividades de demonstração devem proporcionar aos estudantes possibilidades de refletir sobre a demonstração do professor, questionando o “por quê” de determinada ação ou técnica, e momentos de intervenções em que o professor, mediante acompanhamento, emite feedback sobre o desempenho realizado, proporcionando, caso seja necessário, a devida correção.
Além dessas técnicas, autores mais recentes reforçam a utilização de seminários e portfólios/diários reflexivos no processo de desenvolvimento e avaliação de competências.
Os seminários possibilitam o estudo de um tema de forma profunda, promovendo o debate sobre o mesmo e a socialização do conhecimento. Os alunos devem ser orientados, com antecedência, quanto ao planejamento e o desenvolvimento dos temas a serem abordados sobre forma de seminário para que possam se preparar.
Os portfólios físico ou digital são um conjunto de produções autorais do aluno desenvolvidos durante o processo de aprendizagem. Além de exercitar a capacidade de auto-organização, os portfólios promovem o exercício do pensamento crítico-reflexivo, a autonomia e a sistematização da aprendizagem. (ARAÚJO, 2011)
Outras ferramentas tecnológicas, como blog e wikis, também podem ser utilizadas para promover atividades colaborativas.














































5. Como ensinar o “certo” fazendo o “errado”? Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço é uma retórica que não cabe mais nos processos de ensino em Segurança Pública, quiçá em qualquer outra relação de ensino-aprendizagem. O tratamento dispensado ao cidadão infrator ou qualquer cidadão, não pode ser distinto da teoria explicada em sala de aula. Educar com Direitos Humanos é, antes de qualquer definição, respeitar o individuo em sua singularidade.

Diante desta afirmação, quais os princípios devem nortear o profissional de segurança quanto à educação em Direitos Humanos? Leiam todos e elenquem 07 (sete) como resposta:


EDUCAÇÃO COM DIREITOS HUMANOS
Como ensinar o “certo” fazendo o “errado”? Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço é uma retórica que não cabe mais nos processos de ensino em Segurança Pública, quiçá em qualquer outra relação de ensino-aprendizagem. O tratamento dispensado ao cidadão infrator ou qualquer cidadão, não pode ser distinto da teoria explicada em sala de aula. Educar com Direitos Humanos é, antes de qualquer definição, respeitar o individuo em sua singularidade.
Trata-se de uma orientação nacional tem sido de fundamental importância, se considerarmos que os sistemas de justiça e segurança congregam um conjunto diversificado de categorias profissionais com atribuições, formações e experiências bastante diferenciadas. Portanto, torna-se necessário destacar e respeitar o papel essencial que cada uma dessas categorias exerce junto à sociedade, orientando as ações educacionais a incluir valores e procedimentos que possibilitem tornar seus(suas) agentes em verdadeiros(as) promotores(as) de direitos humanos, o que significa ir além do papel de defensores(as) desses direitos.
Para esses(as) profissionais, a educação em direitos humanos deve considerar os seguintes princípios:
* Escolher sete dentre os treze.
9.1. Respeito e obediência à lei e aos valores morais que a antecedem e
9.2. Leitura crítica dos conteúdos e da prática social e institucional dos órgãos do sistema de justiça e segurança;
9.3. Reconhecimento de sociedade,
9.4. Vivência de cooperação e respeito às diferenças sociais e culturais, atendendo com dignidade a todos os segmentos sem privilégios;
9.5. Conhecimento acerca da proteção e dos mecanismos de defesa dos direitos humanos;
9.6. Relação de correspondência dos eixos ético, técnico e legal no currículo, coerente com os princípios dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito;
9.7. Uso legal, legítimo, proporcional e progressivo da força, protegendo e respeitando todos(as) os(as) cidadãos(ãs);
9.8. Respeito no trato com as pessoas, movimentos e entidades sociais, defendendo e promovendo o direito de todos(as);
9.9. Consolidação de valores baseados em uma ética solidária e em princípios dos direitos humanos, que contribuam para uma prática emancipatória dos sujeitos que atuam nas áreas de justiça e segurança;
9.10. Explicitação das contradições e conflitos existentes nos discursos e práticas das categorias profissionais do sistema de segurança e justiça;
9.11. Estímulo à configuração de habilidades e atitudes coerentes com os princípios dos direitos humanos;
9.12. Promoção da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade nas ações de formação e capacitação dos profissionais da área e de disciplinas específicas de educação em direitos humanos;
9.13. Leitura crítica dos modelos de formação e ação policial que utilizam práticas violadoras da dignidade do ser humano.















































Joilton Ronaldo da Silva Filho, Cb PM
INSTRUTOR DA DISCIPLINA RESP. PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DIRIGIDO
1A EMPRESA DO CONHECIMENTO E AS SUAS DIMENSÕES ORGANIZACIONAIS. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep1998_art481.pdf>. Acesso em 07 abr. 2020.
2MATRIZ curricular nacional para ações formativas dos profissionais da área de segurança pública. Brasília: Secretaria nacional de segurança pública, 2014.
3Quatro Pilares da Educação propostos pela Unesco: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver; e com as dimensões do conhecimento: saber, saber fazer e saber ser.

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