A redação do ENEM e as contribuições da Sociologia e Filosofia

A redação do ENEM e as contribuições da Sociologia e Filosofia | infoEnem




Confira agora no InfoEnem um artigo interessantíssimo demonstrando a importância da sociologia e filosofia na hora de escrever a redação do Enem. O artigo foi escrito pela Professora Agnes Cruz de Souza, professora de sociologia do Campus Boituva do IFSP e colaboradora do InfoEnem. Aproveitamos o momento para agradecê-la pelo excelente artigo!
Nas últimas semanas o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgou o guia “A redação no Enem 2019: cartilha do participante” com as instruções para a realização do texto dissertativo-argumentativo. O caderno conta ainda com a seleção das melhores redações da edição de 2018 (padrão das edições anteriores) do exame e a análise geral dos textos elaborados.
As principais competências avaliadas na redação do ENEM são: o domínio da modalidade escrita (competência 1); aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento/interdisciplinaridade (competência 2); selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações fatos, opiniões e argumentos e defender um ponto de vista/coerência (competência 3); comprovar conhecimentos dos mecanismos linguísticos para construir a argumentação/coesão (competência 4); e elaborar proposta de intervenção para o problema abordado (competência 5). Cada uma das matrizes está dividida em cinco níveis de qualidade, variando de 0 a 200 pontos e a nota máxima pode alcançar 1000.
Com relação à estrutura da redação a ser realizada, os estudantes devem confeccioná-la no modelo dissertativo-argumentativo, cujo objetivo é defender uma tese (ponto de vista). Os temas de redação no ENEM versam sobre questões sociais e enfocam problemas concernentes ao país e estes demandam ser solucionados até o final do texto. O modelo proposto pela redação é composto por três textos motivadores: dois em linguagem verbal e um em linguagem não verbal. Dessa forma, é preciso traçar questionamentos e indagações para o tema indicado e fazer uma proposta de intervenção.
Pode-se mensurar que as disciplinas de Filosofia e Sociologia são capazes de contribuir na interface com a redação do ENEM. Alguns fatores serão destacados nesse ínterim: primeiramente, pelo fato de as proposições girarem em torno de problemáticas da realidade brasileira e questões relativas à ordem social, ou seja, muitos dos temas explorados pelo exame fazem parte de debates comuns nas referidas disciplinas: cidadania, direitos, violência, desigualdades (gênero, racial, classe social etc.), educação, tecnologia, diversidade cultural, trabalho, meio ambiente, ética, valores, meios de comunicação de massa, cultura entre outros.
Outra importante contribuição para a elaboração da redação seria em relação à interdisciplinaridade. Observando-se as propostas exigidas pelo ENEM, os conhecimentos das várias áreas do saber para o desenvolvimento do texto são incentivados e, nesse sentido, o referencial, tanto da Filosofia quanto da Sociologia, pode oferecer e permitir outra visão sobre os temas. As disciplinas em questão não seriam as únicas a conter esse precedente, mas estão entre as que podem contribuir, dentre as demais.
Uma terceira colaboração estaria no fato de auxiliarem na análise dos fenômenos sociais, amparadas numa visão mais sistemática, objetiva e aprofundada, ultrapassando as interpretações baseadas no senso comum. Nesse sentido, partindo dos pressupostos da desnaturalização, reflexão, contestação, estranhamento e imaginação sociológica em relação às questões sociais, os estudantes estariam diante do desafio da análise à luz de teorias, temas ou conceitos apreendidos nas aulas destes componentes curriculares. Não menos importante e outro suporte para a elaboração da redação do ENEM é o fato de que ela exige do estudante, enquanto critério, que não desrespeite os direitos humanos.
Em outras palavras, o desafio é tecer um texto dissertativo-argumentativo identificando as causas e apresentando possíveis soluções para as propostas, mesmo que elas não conjuguem inicialmente um obstáculo ou problema, já que se referem às manifestações da vida coletiva e em sociedade. A partir dos conhecimentos da Filosofia e Sociologia, os estudantes podem destacar, em sua proposição, quais seriam os possíveis atores sociais mobilizados para a solução do problema: o governo, a mídia, as Organizações Não-Governamentais (ONG), os poderes (Legislativo, Executivo ou Judiciário), a famíliamateriais didático-instrucionais ou demais instituições sociais que podem ser demandadas a depender do tema.
A seleção das redações com nota máxima do exame 2018 demonstra, entre outras referências de intertextualidade (como as musicais, históricas, literárias e cinematográficas), aporte teórico para a construção das teses e resolução de problemas, a utilização de arcabouço variado e interessante que permeia as disciplinas de Filosofia e Sociologia, uma vez que o tema cobrado foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.
Dos sete textos selecionados observa-se a ampla presença de indicações de suma importância para o debate proposto. A primeira redação utilizou-se da ideia de ação comunicativa desenvolvida por Jürgen Habermas, além de referenciar a noção de sujeito na pós-modernidade e o processo de identidades à luz do pensamento de Stuart Hall.
A segunda redação selecionada incorporou arcabouço teórico de Thomas Hobbes quanto ao papel do Estado no sentido de promover o bem-estar coletivo e para abarcar a mesma noção, utilizou-se do pensamento de Karl Marx ao priorizar esta esfera de análise.
O próximo texto discutiu a diversidade e condição humana apoiando-se em percepções da filósofa Hannah Arendt. Immanuel Kant é citado quando se aborda a menoridade do ser humano no sentido de que suas decisões são tomadas pelo intelecto e influência dos outros.
Duas redações fizeram menção à Escola de Frankfurt, ressaltando as contribuições de Theodor Adorno e Max Horkheimer no que diz respeito à indústria cultural e aos impactos do uso desenfreado das tecnologias no sistema capitalista.
Autores recentes como os sociólogos Manuel Castells e Zygmunt Bauman também figuraram nos textos fazendo alusão ao uso das redes e à transformação radical nas relações sociais trazidas pelas mudanças da contemporaneidade.
Verifica-se, ao nos debruçarmos sobre as redações selecionadas pelo Guia do Estudante de 2019, que os repertórios conceituais da Sociologia e Filosofia auxiliam e são suporte essencial na elaboração do texto dissertativo-argumentativo proposto pelo exame.
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Posted: 28 Oct 2019 06:47 AM PDT
Em nossa postagem de hoje, vamos estudar sobre um conceito muito utilizado no dia a dia, em especial no meio industrial, que são os sistemas produtivos. Para isso, vamos explicar brevemente sobre os sistemas de produção e comentar sobre os principais dos sistemas produtivos, que são: o taylorismo, o fordismo e o toyotismo.
Quando falamos em sistemas produtivos, ou ainda modalidades de produção, estamos tratando de estratégias tomadas com base na administração de uma empresa, como o objetivo principal de organizar e melhorar o setor produtivo e também a prestação de serviços. A aplicação destes conceitos por determinada empresa normalmente leva a resultados diferentes quanto a economia, impactando também no cotidiano e meio ambiente. Como falamos acima, os três principais sistemas produtivos que estudaremos são: taylorismofordismo e toyotismo. Começaremos então pelo taylorismo.

Taylorismo

taylorismo, também encontrado na literatura como Administração científica, é um dos sistemas produtivos mais encontrados na literatura, e leva esse nome em homenagem ao seu desenvolvedor, Frederick W. Taylor (1856 – 1915). Como todos os outros sistemas, o taylorismo possui algumas premissas, que são: máxima produtividade com base na utilização de padrões repetitivos de máquinas e operadores, divisão de tarefas ampla, otimização do trabalho para a aplicação de um sistema de produção em massa e funções repetitivas.

Fordismo

fordismo é um dos sistemas produtivos mais conhecidos atualmente e recebe este nome como forma de homenagear o seu criador, Henry Ford (1863 – 1947). Muitas vezes o fordismo pode ser entendido como apenas uma aplicação do modelo desenvolvido por Taylor para a aplicação nas indústrias de Ford. Porém, entendemos o fordismo como uma melhora no sistema de Taylor, e explicaremos o porquê.
Apesar de manter os sistemas repetitivos, a ampla divisão das tarefas e a alienação do trabalho, o fordismo acrescentou uma ferramenta muito interessante, que são as esteiras que se movimentam ao longo da cadeia produtiva. Deste modo, o modelo desenvolvido por Ford criou as conhecidas “linhas de montagem”, fazendo com que as matérias primas cheguem com maior velocidade até o operador e possam ser processadas de maneira mais rápida. O sistema foi tão revolucionário para a época que as linhas de montagem estão presentes até hoje (é claro, foram melhoradas ao longo do tempo, mas seguem o mesmo princípio de funcionamento!).

Toyotismo

Toyotismo, ou também denominado sistema flexível de produção, foi criado na década de 1970 e aplicado nas indústrias da Toyota. De acordo com as necessidades da época, assim como as condições do Japão nesta época, as premissas do sistema Toyota sofreram algumas alterações quando comparadas ao modelo fordista.
As principais premissas do sistema Toyota são: produção flexível (ao contrário da produção em massa do fordismo), aceleração do processo produtivo, realização de múltiplas funções por um único trabalhadornão necessidade da produção de estoques e padronização de peças.
O Toyotismo é atualmente um dos sistemas produtivos mais utilizados e, assim como os demais sistemas, possuem vantagens e desvantagens. O foco principal é entender quais são as principais premissas e épocas de cada um destes sistemas produtivos, uma vez que são assuntos muito importantes para a geografia mundial, sendo cobrado nas provas do Enem! Aproveite!
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