TOMADA
DE DECISÃO
A
tomada de decisões é o núcleo da responsabilidade administrativa.
O administrador deve constantemente decidir o que fazer, quem deve
fazer, quando, onde e, muitas vezes, como fazer. Seja ao estabelecer
objetivos, alocar recursos ou resolver problemas que surgem pelo
caminho, o administrador deve ponderar o efeito da decisão de hoje
sobre as oportunidades de amanhã. Decidir é optar ou selecionar
dentre várias alternativas de cursos de ação aquela que pareça
mais adequada.
Por
tanto, a tomada de decisão não é aleatória, pois está
relacionada com a Missão,
visão
e valores,
indispensáveis à construção da cultura
organizacional de
toda e qualquer empresa.
Significa
fortalecimento do poder decisório dos indivíduos da empresa
(instituição) ou criação de poder decisório para os indivíduos.
Castro
(l994) afirma que o termo empowerment sintetiza um processo de
transformação no qual a energização torna-se o principal foco da
empresa.
Energização:
Clima positivo, envolvimento e comprometimento de pessoas.
Rothstein
(1995) empowerment é um ato de construir, de desenvolver e
incrementar o poder entre os indivíduos por meio de cooperação,
compartilhamento e trabalho em conjunto.
Uma
organização moderna identifica no seu principal capital, seus
colaboradores, a principal matéria-prima geradora de competitividade
DO
PROCESSO DECISORIAL
Em
toda decisão existem, no mínimo, seis elementos, a saber:
1.
O tomador da decisão: é o indivíduo ou grupo de indivíduos que
faz uma escolha dentre vários cursos de ação disponíveis.
2.
Objetivos: são os objetivos que o tomador de decisão pretende
alcançar por meio de suas ações.
3.
O sistema de valores: são os critérios de preferência que o
tomador de decisão usa para fazer sua escolha.
4.
Cursos de ação: são as diferentes seqüências de ação que o
tomador de decisão pode escolher.
5.
Estados da natureza: são aspectos do ambiente que envolvem o tomador
de decisão e que afetam sua escolha de cursos de ação. São
fatores ambientais fora do controle do tomador de decisões, como as
condições de certeza, risco ou incerteza.
6.
Conseqüências: representam os efeitos resultantes de um determinado
curso de ação e de um determinado estado da natureza.
NÍVEIS
DE DECISÃO
Existem
três diferentes áreas de decisão na empresa, a saber:
1.
Decisões estratégicas:
relacionadas com as relações entre a empresa e o ambiente; guiam e
dirigem o comportamento da empresa, principalmente quando ela expande
e altera sua posição produto/mercado. São tomadas no nível
institucional.
2.Decisões
administrativas:
relacionadas com a estrutura e configuração organizacional da
empresa, com a alocação e distribuição de recursos. São tomadas
no nível intermediário.
3.
Decisões operacionais:
relacionadas com a seleção e orientação do nível operacional
encarregado de realizar a tarefa técnica.
É
necessário estudar cada nível de decisões, sem perder de vista o
seu inter-relacionamento e sua interdependência.
FASES
DO PROCESSO DECISORIAL
As
decisões são tomadas em resposta a algum problema a ser resolvido,
a alguma necessidade a ser satisfeita ou a algum objetivo a ser
alcançado. A decisão envolve
um processo, isto é, uma sequencia de passos ou fases que se
sucedem. Daí o nome processo decisorial para descrever essa
sequencia de fases. Na realidade, o processo decisorial pode ser
descrito em quatro fases essenciais, a saber:
1.
Definição e diagnóstico do
problema. Esta fase envolve a
obtenção dos dados e fatos a respeito do problema, suas relações
com o contexto mais amplo, suas causas, definições e seu
diagnóstico.
2.
Procura de soluções
alternativas mais promissoras.
Esta fase envolve a busca de cursos alternativos de ação possíveis
e que se mostrem mais promissores para a solução do problema,
satisfação da necessidade ou alcance do objeto.
3.
Análise e comparação dessas
alternativas de solução. É a
fase na qual as várias alternativas de curso de ação são
analisadas, ponderadas e comparadas, no sentido de verificar os
custos (tempo, de esforços, de recursos etc) e os benefícios que
possam trazer, bem como consequências futuras e prováveis quanto á
sua adoção.
4.
Seleção e escolha da melhor
alternativa como um plano de ação.
A escolha de uma alternativa de curso de ação implica no abandono
dos demais cursos alternativos. Há sempre um processo de seleção e
de escolhas dentre várias alternativas apresentadas. A racionalidade
está implícita nesta atividade de escolha.
RACIONALIDADE
DO PROCESSO DECISORIAL
O
tomador de decisão escolhe uma alternativa dentre várias outras.
As empresas procuram gerar um ambiente psicológico capaz de
condicionar as decisões dos indivíduos aos objetivos
organizacionais. Assim, existe uma racionalidade no comportamento
administrativo, pois o comportamento dos indivíduos nas empresas é
planejado e orientado no sentido de metas e objetivos.
A
eficiência na decisão é a obtenção de resultados máximos com os
meios e recursos limitados. Há sempre uma relatividade nas decisões,
pois toda decisão é, até certo ponto, resultado de uma acomodação:
a alternativa escolhida dificilmente permite a realização completa
ou perfeita dos objetivos visados representando apenas a melhor
solução encontrada naquelas circunstâncias. Por esses motivos, o
processo decisorial repousa em uma racionalidade limitada, onde o
tomador de decisões não tem condições de analisar todas as
alternativas possíveis e receber todas as informações necessárias.
O comportamento administrativo é basicamente satisfaciente
(satisfazer) e não otimizante, pois o tomador de decisões procura
sempre alternativas satisfatórias e não as alternativas ótimas,
dentro das possibilidades da situação envolvida, somente em casos
excepcionais preocupa-se com a descoberta e seleção de alternativas
ótimas. Assim, o processo
decisorial na empresa se caracteriza pelos seguintes aspectos.:
1.
O tomador de decisão evita a
incerteza e segue as regras
padronizadas para tomar as decisões.
2.
O tomador de decisão procura
manter as regras estabelecidas pela empresa
e somente as redefine quando sofre pressões.
3.
Quando o ambiente muda e
novas estatísticas afloram ao processo decisorial, a empresa se
mostra lenta no ajustamento e tenta utilizar o seu modelo decisorial,
a empresa se mostra lenta no ajustamento e tenta
utilizar o seu modelo decisório atual a respeito do mundo para lidar
com as condições modificadas
DECISÕES
PROGRAMÁVEIS NÃO-PROGRAMÁVEIS
Quando
à sua forma, existem dois tipos
de decisão: as decisões programáveis e as não-programáveis.
As
decisões programáveis são
aquelas tomadas de acordo com regras e procedimentos já
estabelecidos, enquanto as
decisões não-programáveis
constituem novidades e tendem a ser tomadas dentro de julgamentos
improvisados e exigindo esforços para definir e diagnosticar o
problema ou situação pela obtenção dos fatos e dos dados, procura
de soluções alternativas, análise e comparação dessas
alternativas e seleção e escolha da melhor alternativa como plano
de ação.
CARACTERÍSTICA
DAS DECISÕES PROGRAMADAS E NÃO-PROGRAMADAS
Decisões
Programadas
|
Decisões
Não-programadas
|
São
computacionais e rotineiras
|
Baseadas
em julgamentos
|
Dados
adequados
|
Dados
inadequados
|
Dados
repetitivos
|
Dados
novos
|
Condições
estáticas
|
Condições
dinâmicas
|
Certeza
|
Incerteza
|
Baseadas
em regras e métodos já estabelecidos
|
Baseadas
em julgamento pessoal
|
fONTE:
http://www2.unifap.br/mariomendonca/files/2011/05/PROCESSO-DECISORIO.pdf
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