Compreendendo a Unificação Italiana

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Até o início do século XIX, a região conhecida atualmente como Itália era formada por pequenos Estados independentes, sem um governo central. Em 1815, com o Congresso de Viena, a maioria desses Estados foi dividida entre França e Áustria, sendo que alguns ficaram sob o domínio da Igreja Católica e um único era autônomo, o Reino Sardo Piemontês, governado por Carlos Alberto.

Os Estados se distinguiam economicamente. Enquanto o norte passava por um processo de industrialização e se destacava no comércio, desejando a unificação, já que esta padronizaria as moedas e os impostos, o sul era rural.
O processo de unificação ficou conhecido como Risorgimento, devido ao anseio dos grupos nacionalistas por relembrar o Império de Augusto na península Itálica, e se iniciou com uma declaração de guerra à Áustria por Carlos Alberto, em 1848, após uma série de revoltas antimonárquicas.
Entretanto, os austríacos venceram, impedindo o avanço da guerra, e quem ficou no poder do Reino Sardo Piemontês foi Vítor Emanuel II, filho do antigo rei.
A unificação começou a se efetivar com o crescimento das forças da burguesia, apoiada pelo primeiro-ministro Camillo Benso de Cavour e do governo francês e, em 1859, foi declarada a guerra contra a Áustria. O primeiro a ser conquistado foi o Reino da Lombardia, seguido pelos reinos de Parma, Módena, Toscana e Romagna, no ano seguinte.
Giuseppe Garibaldi formou um exército para auxiliar na unificação, os chamados camisas vermelhas. Esses, junto com as tropas piemontesas, dominaram o Reino das Duas Sicílias ao sul da península.
Em 1861, após a anexação dos reinos da Igreja, Vítor Emanuel já dominava a maior parte do território e foi então proclamado rei da Itália. Posteriormente, em 1866, Veneza também foi incorporada ao país e, em 1870 foi a vez de Roma, que até então era dominada pelos franceses, os quais haviam retirado seu apoio à unificação e estavam em guerra contra a Prússia. Com essa anexação, Roma se tornou capital da Itália e todo o território já estava unificado.
Contudo, o papa não aceitava que a Igreja perdesse seus territórios e foi apenas em 1929, com o acordo de Latrão, firmado dentre Benito Mussolini e o papa Pio XI, que a Igreja reconheceu o Estado Italiano. O acordo concedia à Igreja o Estado do Vaticano e indenizações pelos territórios perdidos. Esse episódio ficou conhecido como a Questão Romana.
Em breve traremos mais artigos sobre conteúdos da prova de Ciências Humanas do Enem, fique ligado!

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