Estudando a Revolução Industrial – História Geral


Após o fim do feudalismo houve uma grande ascensão da burguesia. No entanto, com o crescimento desta, o absolutismo se tornou um obstáculo, pois o mercantilismo, uma de suas principais características, previa uma forte intervenção do Estado na economia, com altos valores de impostos e limitação das negociações, o que provocou um atrito entre burgueses e absolutistas e, posteriormente, a Revolução Industrial, um dos mais recorrentes temas de história geral nos vestibulares.

Até o século XVIII, a produção de um objeto era totalmente artesanal e o artesão era responsável por todas as etapas de sua fabricação, que podia ser realizada em sua casa ou nas manufaturas, oficinas onde os artesãos podiam se reunir e dividir as etapas do trabalho, o que geraria mais tarde as chamadas linhas de produção. O campo era onde morava a maior parte da população, sendo que as cidades eram locais onde se realizavam as atividades políticas e comerciais.
Em meados do século XVIII se iniciam, na Inglaterra, mudanças em relação a esses meios de produção, ou seja, a Revolução Industrial. A burguesia do país já havia concentrado capital, além de ter uma grande zona de livre comércio com os países europeus e um importante mercado consumidor interno, o que tornou o país pioneiro na utilização das máquinas.
Em 1769, James Watt criou a máquina a vapor, evento que se tornou um marco da Revolução. Ela podia ser associada a outras máquinas (no início à de fiar) e construir a maior parte dos produtos que antes eram artesanais de forma rápida e econômica.
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A aplicação da mecanização no campo fez com que grande parte dos trabalhadores perdessem seus empregos e migrassem para as cidades em busca de trabalho nas indústrias, o que caracterizava o êxodo rural.
Entretanto, as cidades não conseguiam comportar toda a população, que também aumentava devido aos avanços na medicina. Desse modo, muitos viviam em condições insalubres em cortiços ou apartamentos divididos entre várias famílias.
Além da moradia, as fábricas também ofereciam péssimas condições aos funcionários, que trabalhavam muitas horas por dia, não tinham períodos de descanso e alimentação adequada, além de salários baixos, o que obrigava até as crianças a trabalharem. Esse período muitas vezes é associado à alienação do trabalhador, pois devido ao surgimento das linhas de produção, ele ficava muitas horas fazendo um mesmo procedimento sem saber exatamente onde aquela peça seria aplicada.
A partir do século XIX, a Revolução se espalhou para outros países, que começaram a estabelecer também o capitalismo industrial, que sucedia o comercial, o que ficou conhecido como Segunda Revolução Industrial. Já a partir o século XX, com o crescimento das novas tecnologias relacionadas principalmente à informática, ocorre a Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-Científica.
A Revolução também fez com que surgissem novas ideologias em relação à organização política e econômica da sociedade, como o Liberalismo Econômico e o Socialismo, que são discutidos até os dias atuais.
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