Em História Geral já estudamos aqui no infoEnem as disputas entre
diversas regiões e povos pela hegemonia de poder, que avançaram ainda
mais com a formação das monarquias nacionais. Neste momento, esse poder foi alcançado pela península ibérica. Vamos então compreender como ocorreu a ascensão de Portugal e da Espanha.
Portugal
A
região foi dominada por diferentes povos no decorrer de sua história e
sua religião baseava-se no cristianismo. Entretanto, no século VIII, foi
conquistada pelos muçulmanos, que estabeleceram sua religião, sobretudo
no sul do país. Ocorreram também invasões bárbaras, de povos que foram
responsáveis pela criação de quatro reinos cristãos: Castela, Leão,
Navarra e Aragão, que coexistiam com os Condados autônomos Portucalense e
Catalão.
Posteriormente, na tentativa de dominar a região e extinguir a influência islâmica, os reinos iniciaram uma luta, a chamada Guerra de Reconquista.
Durante essa luta, alguns nobres de outros países interessaram-se pelo
território, como Raimundo e Henrique, da dinastia Borgonha da França.
Irmãos, defenderam o reino de Leão e venceram batalhas, o que
possibilitou que se casassem com as filhas do rei Afonso VI e recebessem
os territórios de Galiza e o Condado Portucalense. Henrique, que obteve
o Condado, teve um filho, D. Afonso Henriques, o qual declarou a Independência de Portugal, efetivada em 1143, com o Tratado de Zaborra.
Com
a independência, o poder foi centralizado, houve um enfraquecimento da
nobreza e fortalecimento do comércio marítimo, influenciado pelas
práticas muçulmanas.
Com a morte de D. Fernando, da dinastia
Borgonha, não havia um sucessor para o trono e a rainha, D Leonor Teles,
apoiava o marido de sua filha, rei de Castela. Contudo, a burguesia
mercantil contrariava, dando apoio ao irmão bastardo de D Fernando, João, Mestre de Avis, o qual atingiu o poder com a chamada Revolução de Avis, intensificando a centralização e expandido o comércio.
Neste momento, Gênova e Veneza
eram responsáveis pela maior parte do comércio de especiarias – cravo,
canela, pimenta, noz-moscada – na Europa e os Portugueses queriam
quebrar esse monopólio. Entretanto, para chegar ao Oriente, precisavam
passar pelos italianos e pelos muçulmanos no Mediterrâneo, o que era
inviável. Optaram então pelo caminho mais longo: contornar o continente
africano e, desse modo, promover uma expansão marítima, visada por uma
série de motivos.
Os principais deles eram o fato da obtenção de
especiarias se tornar cada vez mais cara, as fontes de metais preciosos
de domínio português estarem se esgotando, haver a necessidade de
conquistar novos mercados para comercializar e aspiração à conversão de
povos não cristãos. Todos esses fatos aproximavam os portugueses da
expansão, assim como as inovações tecnológicas, como a caravela, que era
uma embarcação mais avançada para a época e possibilitava maiores
viagens e mais precisão em relação à direção desejada, além da bússola e
da cartografia, que permitiam um maior conhecimento dos continentes
através dos mapas.
A situação do país também intensificava o
anseio por novas conquistas, com uma posição extremamente favorável e
sem o acontecimento de guerras no período.
Por fim, se inicia a expedição marítima portuguesa, que terá suas conquistas detalhadas nos próximos artigos.
Até lá!
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