O Calvinismo foi a doutrina protestante criada por João Calvino no século XVI, fruto de suas observações e aprofundamento na doutrina criada por Martinho Lutero.
Calvino cria uma nova proposta religiosa e implemente primeiramente em Genebra, na França, e daí vão crescendo os adeptos. Na França, os seguidores são chamados de huguenotes, na Inglaterra, de presbiterianos, entre outras denominações.
O calvinismo desde meados do século XVII era a corrente protestante mais numerosa da Inglaterra, tendo como destaque os puritanos representados principalmente pela média burguesia, contrária religião anglicana, também protestante;
Os presbiterianos tinham um comportamento mais moderado, compostos pela alta burguesia e por latifundiários.
Os anabatistas constituíam o grupo mais radical. Eram formados por artesãos e camponeses pobres. Além de sofrerem perseguição pelos anglicanos, eram discriminados pelos puritanos que consideravam a pobreza como expressão da falta de graça divina, ou seja, da perdição.
O Calvinismo tem como principal temática a da predestinação, que segundo a teologia, o homem foi criado por Deus com um destino traçado, ou seja, a condenação ou a salvação.
No seio da sociedade moderna em que foi concebida a Reforma Prostestante, essa teologia criada por Calvino foi amplamente aceita por grupos insatisfeitos com a Igreja Católica, tal como a nobreza e a burguesia, já que a posse de terras da Igreja e a luta desta contra a cobrança exagerada de lucros por parte dos burgueses, vinha sendo duramente atacada.
Daí, o aumento dos seguidores do Calvinismo justamente nestes setores, já que os burgueses vão defender que quanto mais “privilegiada” uma pessoa fosse, daí entende-se os mais ricos, com mais posses, bons negociantes, etc. seriam então as pessoas escolhidas para a salvação. E, ao contrário disto, os pobres e desafortunados eram escolhidos para a perdição.
Ia-se contrário ao pensamento católico do livre-arbítrio, onde o indivíduo, por sua própria liberdade e autonomia sobre seus atos tecia sua condenação ou salvação.
Embora os burgueses se valessem dessa teoria calvinista, muitos não largaram de fato a religião por ainda temerem os castigos divinos.
A doutrina calvinista ainda era mais rígida do que a luterana, pois não admitia que seus adeptos ostentassem luxo ou riqueza, jogassem cartas, dançassem em bailes, deveriam se vestir com moderação e sobriedade.
Como no movimento luterano, os calvinistas aderiram apenas a dois dos sacramentos da Igreja Católica: o batismo e a Eucaristia.
Os Calvinistas tinha como livro sagrado a Bíblia.
Fontes:
Reforma Protestante - Calvinismo
João Calvino, criador da Teoria da Predestinação Absoluta.
Ocorrido como um desdobramento da Reforma Luterana, o movimento Calvinista foi uma das principais religiões surgidas durante a Reforma Protestante. A Suíça, criada após sua separação do Império Romano-Germânico, em 1499, teve contato com as idéias de Martinho Lutero através da pregação feita pelo padre Ulrich Zwinglio.
Ao propagandear as doutrinas luteranas pela Suíça, Zwinglio desencadeou uma série de revoltas civis que questionavam as bases do poder vigente. A prática do zwinglianismo preparou terreno para a doutrina que seria mais tarde criada pelo francês João Calvino. Perseguido em sua terra natal, João Calvino refugiou-se na Suíça com o intuito de disseminar outra compreensão sobre as questões de fé levantadas por Martinho Lutero.
Segundo Calvino, o princípio da predestinação absoluta seria o responsável por explicar o destino dos homens na Terra. Tal princípio defendia a idéia de que, segundo a vontade de Deus, alguns escolhidos teriam direito à salvação eterna. Os sinais do favor de Deus estariam ligados a condução de uma vida materialmente próspera, ocupada pelo trabalho e afastada das ostentações materiais.
De acordo com alguns estudiosos, como o sociólogo Max Weber, o elogio feito ao trabalho e à economia fizeram com que grande parte da burguesia européia simpatizasse com a doutrina calvinista. Contando com esses princípios, observamos que a doutrina calvinista se expandiu mais rapidamente que o Luteranismo.
Em outras regiões da Europa o calvinismo ganhou diferentes nomes. Na Escócia, os calvinistas ficaram conhecidos como presbiterianos; na França como huguenotes; e na Inglaterra foram chamados de puritanos.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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