Trigonometria do ângulo agudo

Baixe a apostila: http://pt.scribd.com/doc/3372686/Matematica-Aula-23-Funcoes-trigonometricas-de-um-angulo-agudo



    Construímos um triângulo rectângulo [ABC] sobre um ângulo de amplitude ß°
( 0° < ß° < 90° ).
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    Chama-se seno de ß° e nota-se por
sen ß°, ao quociente entre as medidas dos comprimentos do cateto oposto ao ângulo considerado e da hipotenusa, isto é,

    Chama-se co-seno de ß° e nota-se por cos ß°, ao comprimento entre as medidas dos comprimentos do cateto adjacente ao ângulo considerado e da hipotenusa, isto é,
    Chama-se tangente de ß° e nota-se por tg ß°, ao quociente entre as medidas dos comprimentos do cateto oposto e do cateto adjacente, isto é,
    Chama-se co-tangente de ß° e nota-se por cotg ß°, ao quociente entre as medidas dos comprimentos do cateto adjacente e do cateto oposto, isto é,
    Estas razões chamam-se razões trigonométricas do ângulo com amplitude ß°.
    Das definições anteriores conclui-se que:


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    Recorrendo a um triângulo isósceles e rectângulo [BAE], em que a é a medida dos catetos, determinemos as razões trigomométricas do ângulo de 45º.
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BÂE = BÊA , por o triângulo ser isósceles.
Logo BÂE = 45°.
Pelo teorema de Pitágoras,

    Recorrendo agora a um triângulo equilátero [BAE] de lado a e onde [AH] é uma altura, determinemos as razões trigonométricas dos ângulos de 30º e de 60º.
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Como o triângulo [BAE] é equilátero,
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Então, tendo em conta a definição de cada razão trigonométrica, temos:
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   Em resumo, os dois exemplos apresentados, justificam o quadro seguinte:
30°45°60°
sen
cos
tg1
cotg1
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Círculo Trigonométrico
    Círculo Trigonométrico é todo o círculo orientado, de centro na origem do referencial e limitado por uma circunferência de raio 1.
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    O ângulo ß tem um lado coincidente com a parte positiva do eixo dos xx e o outro lado interssecta a circunferência de raio 1 no ponto P = (x,y).
    O co-seno é a abcissa e o seno é a ordenada do ponto P, isto é, o ponto de extremidade do ângulo com o arco que limita o círculo trigonométrico.
    Temos então,
    Como o seno de ß é igual à ordenada do ponto associado, ao eixo das ordenadas também se chama eixo dos senos.
    Como o co-seno de ß é igual à abcissa do ponto associado, ao eixo das abcissas também se chama eixo dos cosenos.
    A linha das tangentes é uma linha vertical que contém o ponto (0,1), e a linha das co-tangentes é uma linha horizontal que contém o ponto (0,1).

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    De acordo com as definições de seno e co-seno de um ângulo ß, temos que,
    A tangente e a co-tangente de um ângulo ß podem tomar qualquer valor .
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Nesta página poderá encontrar um pouco sobre:

Sinal das razões trigonométricas
    O sinal de uma razão trigonométrica e da sua inversa depende exclusivamente do sinal das coordenadas do ponto P associado ao círculo trigonométrico.
wpe1F.jpg (7042 bytes)
   Temos então:
senoco-senotangenteco-tangente
1ºQ++++
2ºQ+---
3ºQ--++
4ºQ-+--
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    Desenhemos um círculo trigonométrico e coloquemos as coordenadas dos pontos de intersecção do círculo com os eixos.
wpe1E.jpg (6827 bytes)
    Como o seno é igual à ordenada do ponto associado, o co-seno é igual à abcissa do ponto associado, é imediata a construção do quadro seguinte:
ß
ß
senoco-senotangenteco-tangente
0010____
90°10____0
180°0- 10____
270°- 10____0
    Se algum dos denominadores é zero, não existe a razão trigonométrica respectiva.
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Seja ß um ângulo qualquer de lado extremidade OP.
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    As coordenadas do ponto P no  referencial ortogonal de origem O são (cos ß, sen ß).
    Como o triângulo [OPP'] é o rectângulo, pelo teorema de Pitágoras podemos escrever

(sen ß)² + (cos ß)² = 1 ou mais simplesmente, sen² ß + cos² ß = 1.
Conclui-se, portanto, que, para todo o ß,
sen² ß + cos²ß=1   (Fórmula Fundamental da Trigomometria)
    Se dividirmos agora os membros da equação sen² ß + cos² ß = 1 por cos² ß,
vem:


   De modo análogo, se dividirmos agora ambos os membros da equação
       sen² ß + cos² ß = 1 por sen² ß, vem:


Demonstrámos, pois, que:

  As fórmulas trigonométricas relacionam umas razões com as outras.
  No seu conjunto, as fórmulas trigonométricas permitem conhecer todas as razões trigonométricas de um ângulo ß, conhecendo-se apenas uma delas.

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    Observando atentamente no círculo trigonométrico cada uma das situações em causa, é possível concluirmos algumas relações importantes entre as razões trigonométricas de certos ângulos:
Ângulos suplementares:
b e p - b
    Os pontos P e P' do círculo trigonométrico, associados a b e p - b  em relação ao eixo das ordenadas. Daí resulta que as ordenadas de P e P' são iguais e as suas abcissas são simétricas, isto é,
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Image88.gif (1891 bytes)

Ângulos que diferem de p: b e p + b

Os pontos P e P' do círculo trigonométrico, associados a b e a p + b, são simétricos em relação a O.
wpe21.jpg (17560 bytes)
Daí resulta que as suas ordenadas e as suas abcissas são simétricas, isto é,
Ângulos simétricos:
b e - b
   Os pontos P e P' do círculo trigonométrico, associados a b e a - b são simétricos em relação ao eixo das abcissas.
wpe2.jpg (6154 bytes)

   Daí resulta que as abcissas de P e P' são iguais e as suas ordenadas são simétricas, isto é,
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Ângulos Complementares:
b e p/2 - b

    Os pontos P e P'  do círculo trigonométrico, associados a b e a p/2 - b são simétricos em relação à recta de equação  y = x.
wpe3.jpg (6146 bytes)

    Daí resulta que a abcissa de um é a ordenada do outro e reciprocamente, isto é,
Image83.gif (2104 bytes)
Ângulos que diferem de p/2: b e  p/2 + b
    Atendendo a que os pontos P'' e P' do círculo trigonométrico são simétricos em relação ao eixo das ordenadas e tendo em atenção as relações anteriores, resulta que a abcissa de P'' é simétrica da ordenada de P, e a ordenada de P'' é igual à abcissa de P, isto é,
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Ângulos Complementares: b e
3p/2 - b
Facilmente se conclui que:
Ângulos que diferem de 3p/2: b e 3p/2 + b
wpe5.jpg (17565 bytes)
Facilmente se conclui que:
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Consideremos a seguinte situação:
   Um equilibrista usava o seguinte esquema para mostrar as suas habilidades.
Im1.gif (62980 bytes)   
     Quantos metros anda o equilibrista na subida? E na descida?
    Para resolvermos o problema, considere a seguinte figura:
leisen1.jpg (4087 bytes)
   A resolução do problema mostra que, utilizando a altura do triângulo e as razões trigonométricas, podemos resolver problemas com triângulos não rectângulos.
    Consideremos o triângulo [ABC].
    A altura h do triângulo divide-o em dois triângulos
 rectângulos.

leisen2.jpg (3511 bytes)  
   Temos:
    
   Igualando os valores de h obtemos:
   
   Se considerássemos a altura relativa ao vértice B teriamos concluído que
    
   Logo, por (1) e (2) podemos escrever:
   
   O teorema dos senos, ou "lei dos senos", relaciona os lados e os ângulos opostos de um triângulo qualquer.
Esta relação que foi deduzida para um triângulo acutângulo é válida para qualquer triângulo.
    Se algum dos ângulos do triângulo é obtuso, atenda-se a que sen(180º-a) = sen
 a.
    Observemos a fórmula
    
        Com a ajuda dela podemos resolver triângulos se:
- conhecermos dois lados e um ângulo oposto a um desses lados;
- conhecermos dois ângulos e um lado.
    Como se conhecermos dois ângulos poderemos conhecer o terceiro (a soma dos três ângulos internos de um triângulo é 180º), não é necessário colocar restrições para o lado conhecido.
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