Construímos um triângulo rectângulo [ABC] sobre um ângulo de amplitude ß°
( 0° < ß° < 90° ).
( 0° < ß° < 90° ).
Chama-se seno de ß° e nota-se por
sen ß°, ao quociente entre as medidas dos comprimentos do cateto oposto ao ângulo considerado e da hipotenusa, isto é,
sen ß°, ao quociente entre as medidas dos comprimentos do cateto oposto ao ângulo considerado e da hipotenusa, isto é,
Chama-se co-seno de ß° e nota-se por cos ß°, ao comprimento entre as medidas dos comprimentos do cateto adjacente ao ângulo considerado e da hipotenusa, isto é,
Chama-se tangente de ß° e nota-se por tg ß°, ao quociente entre as medidas dos comprimentos do cateto oposto e do cateto adjacente, isto é,
Chama-se co-tangente de ß° e nota-se por cotg ß°, ao quociente entre as medidas dos comprimentos do cateto adjacente e do cateto oposto, isto é,
Estas razões chamam-se razões trigonométricas do ângulo com amplitude ß°.
Das definições anteriores conclui-se que:
Das definições anteriores conclui-se que:
Recorrendo a um triângulo isósceles e rectângulo [BAE], em que a é a medida dos catetos, determinemos as razões trigomométricas do ângulo de 45º.
BÂE = BÊA , por o triângulo ser isósceles.
Logo BÂE = 45°.
Pelo teorema de Pitágoras,
Logo BÂE = 45°.
Pelo teorema de Pitágoras,
Recorrendo agora a um triângulo equilátero [BAE] de lado a e onde [AH] é uma altura, determinemos as razões trigonométricas dos ângulos de 30º e de 60º.
Como o triângulo [BAE] é equilátero,
Então, tendo em conta a definição de cada razão trigonométrica, temos:
Em resumo, os dois exemplos apresentados, justificam o quadro seguinte:
30° | 45° | 60° | |
sen | |||
cos | |||
tg | 1 | ||
cotg | 1 |
Círculo Trigonométrico
Círculo Trigonométrico é todo o círculo orientado, de centro na origem do referencial e limitado por uma circunferência de raio 1.
O ângulo ß tem um lado coincidente com a parte positiva do eixo dos xx e o outro lado interssecta a circunferência de raio 1 no ponto P = (x,y).
O co-seno é a abcissa e o seno é a ordenada do ponto P, isto é, o ponto de extremidade do ângulo com o arco que limita o círculo trigonométrico.
Temos então,
Temos então,
Como o seno de ß é igual à ordenada do ponto associado, ao eixo das ordenadas também se chama eixo dos senos.
Como o co-seno de ß é igual à abcissa do ponto associado, ao eixo das abcissas também se chama eixo dos cosenos.
A linha das tangentes é uma linha vertical que contém o ponto (0,1), e a linha das co-tangentes é uma linha horizontal que contém o ponto (0,1).
A linha das tangentes é uma linha vertical que contém o ponto (0,1), e a linha das co-tangentes é uma linha horizontal que contém o ponto (0,1).
De acordo com as definições de seno e co-seno de um ângulo ß, temos que,
A tangente e a co-tangente de um ângulo ß podem tomar qualquer valor .
Nesta página poderá encontrar um pouco sobre:
1. Sinal das razões trigonométricas;
2. Razões trigonométricas dos ângulos 0º, 90º, 180º e 270º;
3. Fórmulas trigonométricas;
4. Relações entre as razões trigonométricas de:
2. Razões trigonométricas dos ângulos 0º, 90º, 180º e 270º;
3. Fórmulas trigonométricas;
4. Relações entre as razões trigonométricas de:
Sinal das razões trigonométricas
O sinal de uma razão trigonométrica e da sua inversa depende exclusivamente do sinal das coordenadas do ponto P associado ao círculo trigonométrico.
Temos então:
seno | co-seno | tangente | co-tangente | |
1ºQ | + | + | + | + |
2ºQ | + | - | - | - |
3ºQ | - | - | + | + |
4ºQ | - | + | - | - |
Desenhemos um círculo trigonométrico e coloquemos as coordenadas dos pontos de intersecção do círculo com os eixos.
Como o seno é igual à ordenada do ponto associado, o co-seno é igual à abcissa do ponto associado, é imediata a construção do quadro seguinte:
ß
|
ß
| seno | co-seno | tangente | co-tangente |
0° | 0 | 0 | 1 | 0 | ____ |
90° | 1 | 0 | ____ | 0 | |
180° | 0 | - 1 | 0 | ____ | |
270° | - 1 | 0 | ____ | 0 |
Se algum dos denominadores é zero, não existe a razão trigonométrica respectiva.
Seja ß um ângulo qualquer de lado extremidade OP.
As coordenadas do ponto P no referencial ortogonal de origem O são (cos ß, sen ß).
Como o triângulo [OPP'] é o rectângulo, pelo teorema de Pitágoras podemos escrever
Como o triângulo [OPP'] é o rectângulo, pelo teorema de Pitágoras podemos escrever
(sen ß)² + (cos ß)² = 1 ou mais simplesmente, sen² ß + cos² ß = 1.
Conclui-se, portanto, que, para todo o ß,
sen² ß + cos²ß=1 (Fórmula Fundamental da Trigomometria)
Se dividirmos agora os membros da equação sen² ß + cos² ß = 1 por cos² ß,vem:
De modo análogo, se dividirmos agora ambos os membros da equação
sen² ß + cos² ß = 1 por sen² ß, vem:
Demonstrámos, pois, que:
As fórmulas trigonométricas relacionam umas razões com as outras.
No seu conjunto, as fórmulas trigonométricas permitem conhecer todas as razões trigonométricas de um ângulo ß, conhecendo-se apenas uma delas.
Observando atentamente no círculo trigonométrico cada uma das situações em causa, é possível concluirmos algumas relações importantes entre as razões trigonométricas de certos ângulos:
Ângulos suplementares:
b e p - b
b e p - b
Os pontos P e P' do círculo trigonométrico, associados a b e p - b em relação ao eixo das ordenadas. Daí resulta que as ordenadas de P e P' são iguais e as suas abcissas são simétricas, isto é,
Ângulos que diferem de p: b e p + b
Os pontos P e P' do círculo trigonométrico, associados a b e a p + b, são simétricos em relação a O.
Daí resulta que as suas ordenadas e as suas abcissas são simétricas, isto é,
Ângulos simétricos:
b e - b
Os pontos P e P' do círculo trigonométrico, associados a b e a - b são simétricos em relação ao eixo das abcissas.b e - b
Daí resulta que as abcissas de P e P' são iguais e as suas ordenadas são simétricas, isto é,
Ângulos Complementares:
b e p/2 - b
b e p/2 - b
Daí resulta que a abcissa de um é a ordenada do outro e reciprocamente, isto é,
Ângulos que diferem de p/2: b e p/2 + b
Atendendo a que os pontos P'' e P' do círculo trigonométrico são simétricos em relação ao eixo das ordenadas e tendo em atenção as relações anteriores, resulta que a abcissa de P'' é simétrica da ordenada de P, e a ordenada de P'' é igual à abcissa de P, isto é,
Ângulos Complementares: b e
3p/2 - b
3p/2 - b
Facilmente se conclui que:
Ângulos que diferem de 3p/2: b e 3p/2 + b
Facilmente se conclui que:
Consideremos a seguinte situação:
Um equilibrista usava o seguinte esquema para mostrar as suas habilidades.
Um equilibrista usava o seguinte esquema para mostrar as suas habilidades.
Quantos metros anda o equilibrista na subida? E na descida?
Para resolvermos o problema, considere a seguinte figura:
Para resolvermos o problema, considere a seguinte figura:
A resolução do problema mostra que, utilizando a altura do triângulo e as razões trigonométricas, podemos resolver problemas com triângulos não rectângulos.
Consideremos o triângulo [ABC].
A altura h do triângulo divide-o em dois triângulos rectângulos.
A altura h do triângulo divide-o em dois triângulos rectângulos.
Temos:
Igualando os valores de h obtemos:
Se considerássemos a altura relativa ao vértice B teriamos concluído que
Logo, por (1) e (2) podemos escrever:
O teorema dos senos, ou "lei dos senos", relaciona os lados e os ângulos opostos de um triângulo qualquer.
Esta relação que foi deduzida para um triângulo acutângulo é válida para qualquer triângulo.
Se algum dos ângulos do triângulo é obtuso, atenda-se a que sen(180º-a) = sen a.
Observemos a fórmula
Esta relação que foi deduzida para um triângulo acutângulo é válida para qualquer triângulo.
Se algum dos ângulos do triângulo é obtuso, atenda-se a que sen(180º-a) = sen a.
Observemos a fórmula
Com a ajuda dela podemos resolver triângulos se:
- conhecermos dois lados e um ângulo oposto a um desses lados;
- conhecermos dois ângulos e um lado.
- conhecermos dois lados e um ângulo oposto a um desses lados;
- conhecermos dois ângulos e um lado.
Como se conhecermos dois ângulos poderemos conhecer o terceiro (a soma dos três ângulos internos de um triângulo é 180º), não é necessário colocar restrições para o lado conhecido.
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