A história de José, narrada nos últimos capítulos do Gênesis, aponta para o poder da fé em Deus, que protege seu povo de todos os perigos.
José era filho de Jacó, patriarca de Israel, e de Raquel. Muito amado pelo pai, que manifestou sua predileção ao lhe dar uma bela túnica adornada, José despertou o ciúme dos irmãos e estes decidiram atirá-lo dentro de um poço, para que morresse. Passava pela região uma caravana de mercadores e os irmãos de José preferiram vendê-lo como escravo. Mancharam então sua túnica com o sangue de um animal, para fazer crer a Jacó que ele havia morrido.
Levado ao Egito, José foi vendido a Putifar, chefe da guarda do faraó. Sua inteligência despertou a atenção do amo e conquistou-lhe a confiança. José, porém, acabou preso em conseqüência das acusações da mulher de Putifar, que em vão tentara seduzi-lo. No cárcere, ficou conhecido por sua habilidade na interpretação de sonhos e, quando o faraó sonhou com acontecimentos que os sacerdotes não conseguiram explicar, mandou que levassem José ao palácio. Depois de ouvir o relato dos sonhos do soberano, José previu que a região experimentaria sete anos de grande prosperidade, aos quais se seguiria igual período de seca e fome.
José aconselhou então ao faraó que, ao longo do primeiro período, os sete anos de prosperidade, armazenasse alimentos para os anos de penúria. Impressionado com a sabedoria do jovem, o faraó nomeou-o administrador do palácio. Nos anos de escassez, entre os flagelados que se refugiaram no Egito estavam os irmãos de José, que os perdoou. Embora já muito idoso, Jacó se mudou com a família para o Egito, onde permaneceu até a morte.
Antes de morrer, José declarou à família que Deus os levaria para a terra que prometera dar a Abraão, Isaac e Jacó. Com a morte de José termina o livro bíblico do Gênesis. Seus filhos Manassés e Efraim deram nome a duas tribos de Israel.
http://www.emdiv.com.br/pt/mundo/povosetradicoes/1985-jose-um-dos-mais-fomosos-personagens-biblicos.html
Personagens Bíblicos: José
JOSÉ
A história de José e seu Deus começa antes do relato de sua prisão. Esse jovem cresceu em uma família abastada que ostentava servos, grandes rebanhos de ovelhas e cabras, camelos e tudo o que você possa imaginar. A família tinha muito dinheiro – e também sua parcela de sofrimento. Por que? Porque Jacó, suposto líder espiritual da família, mostrou preferência por José em detrimento dos outros filhos. “... Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho porque lhe havia nascido em sua velhice; por isso mandou fazer para ele uma túnica longa. Quando seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente” (Gn 37:03-04). Os irmãos de José sabiam a quem tocaria a maior parte da herança – Jacó não escondia suas intenções a esse respeito. Assim, para garantir uma distribuição mais justa das posses, os outros moços, seguindo o exemplo dos pais, venderam o irmão caçula como escravo.
É verdade que José caiu, mas caiu sobre os próprios pés. Pelo fato de Deus estar com ele – e de trabalhar com diligência –, José alcançou um estilo de vida relativamente confortável na casa de Potifar. Embora ainda fosse escravo no Egito, tirou o máximo proveito das circunstâncias. Essa comodidade, no entanto, foi de curta duração. A mulher de Potifar tentou seduzi-lo, mas José, homem íntegro, não se entregou a ela. O patrão confiava nele, e José não iria trair essa confiança. “... Mas ele se recusou e lhe disse: - ‘Meu senhor não se preocupa com coisa alguma de sua casa, e tudo o que tem deixou aos meus cuidados. Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus?’ ” (Gn 39:08-09). Note que, mais importante ainda, ele recusou-se a pecar contra Deus. A acusação de tentativa de estupro vingou, e José foi lançado na prisão. A fantástica afirmação registrada no versículo 2 é repetida: “ ... O Senhor estava com ele” (v.21).
Tal afirmação pode parecer irônica: de filho a escravo, de escravo a criminoso – e assim mesmo “o Senhor estava com ele”? Com certeza ela seria cabível nos dias mais felizes da vida de José, mas a Bíblia declara essa verdade no momento que nos parece mais impróprio.
Não demorou, e o carcereiro, percebendo o potencial de José, colocou o jovem na posição de responsável por toda a prisão. Mesmo assim, ele ainda não estava numa posição invejável. Talvez o carcereiro lhe tenha fornecido um colchão a mais, ou separasse para ele uma generosa porção da horrível comida servida aos prisioneiros. Mas, apesar da injustiça e das terríveis frustrações, José continuava a servir a Deus, de todo o coração. Ao concluir a leitura do capítulo 40 de Gênesis, percebemos que estamos diante de um grande homem.
A fase seguinte da vida de José confirma a declaração de que Deus estava com ele. Após ter recebido o reconhecimento do próprio faraó, José foi promovido à posição de primeiro-ministro do Egito. Ele de fato tornou-se um dos homens mais poderosos da Terra, governando o Egito na época em que aquele país governava o mundo. Finalmente, o servo fiel, depois de sofrer tanto tempo, recebeu o que merecia.
Imagine o que a Bíblia diz nesse momento. Para nossa surpresa, a já conhecida frase “o Senhor estava com ele” está ausente. O leitor estranhará o fato de Moisés, autor de Gênesis, não destacar a presença de Deus nesse momento da vida de José. De escravo a condenado, “o Senhor estava com ele”. E de condenado a primeiro-ministro – nada!
Qual a razão disso? Será que em momentos difíceis precisamos do lembrete de Deus e em épocas boas a presença de Deus é evidente? Ou seria Deus mais ativo em nossa vida quando sofremos e precisamos de Sua presença? Ou será que, na classificação de Deus, os bons tempos são apenas bons tempos e os períodos ruins as melhores épocas? Essa é a conclusão de Tiago 1.
Considere o seguinte. Para ser bem-sucedido como primeiro-ministro do Egito, José precisava de treinamento intensivo. Ele recebeu esse treinamento como escravo de Potifar e também como braço-direito do carcereiro. Essas circunstâncias difíceis forjaram aço no coração de José. Ninguém, por escolha pessoal, teria suportado essas experiências. Mas sem elas José não estaria pronto para a grande tarefa que Deus havia reservado para ele. A frase “o Senhor estava com ele” indica que, quando a vida parecia sem sentido para José, fazia todo o sentido para Deus.
Quando o Senhor está conosco? Sempre! E quando precisamos saber disso? Sempre! Mas, como no caso de José, quando as circunstâncias O escondem de nossa vista, precisamos sentir mais a presença de Deus. Quando parecer que alguém o vendeu como escravo ou jogou você em uma prisão, lembre-se da declaração de Moisés. Lembre-se de quando “o Senhor estava com José” e por que.
Em Cristo,
Itamar Carrijo
http://cegueiraespiritual.blogspot.com/2010/05/personagens-biblicos-jose.html
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