COMO FAZER DISCÍPULOS SEGUINDO O EXEMPLO DO MESTRE DOS MESTRES (João 17:6-25) *



 Ser cristão é fazer o que o Messias fez e mandou fazer.  Não há como escapar desta constatação: Ele fez e mandou fazer discípulos!  Então, pergunto: onde estão os seus discípulos? Ou melhor, de quem você é discípulo? As dificuldades que a maioria dos cristãos tem de responder a estas duas indagações comprovam que há algo errado com os rumos que a Igreja tomou. Discipular é a razão de ser da Noiva do Cordeiro na Terra.
A oração de Jesus em favor de seus Doze, em João 17, nos oferece preciosas dicas de como devemos proceder para cumprir nossa vocação de fazer discípulos de todas as nações. Observe atentamente cada um dos seis destaques e permita que o Espírito trabalhe em sua mente na medida que caminhamos no texto bíblico.
1o. O Senhor confia os discípulos: Eu revelei teu nome àqueles que do mundo me deste. Eles eram teus; tu os deste a mim... (v. 6).  A ordem de “fazer discípulos” pressupõe o cuidado de ministrar às vidas que o próprio Deus nos entrega.  Os discípulos são do Senhor e jamais serão nossos.  Como Deus zeloso que Ele é, confia seus filhos aos cuidados daqueles servos que buscam nEle unção para cuidar de vidas. Quais seus critérios para escolher uma babá para seus filhinhos? Pois o Todo-Poderoso tem critérios para escolher a quem confia Seus filhos. Ele escolhe pessoas que vivam a Palavra.
2o. Nossa ferramentaPois eu lhes transmiti as palavras que me deste, e eles as aceitaram (v. 8).  A Palavra de Deus é insubstituível como ferramenta para moldar as vidas, tornando-as imitadoras de Cristo.  É a Palavra que produzirá diferença nas vidas, liberando-as do padrão mundano, exatamente como o Senhor orou: Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo (v. 15). O apóstolo Paulo também teve este cuidado de transmitir toda a palavra aos seus discípulos, conforme deixou claro em seu sermão de despedida dos líderes da igreja em Éfeso (Atos 20:27). Porém, a ministração da Palavra necessita ser acompanhada da cobertura em oração.
3o. Nossa obrigaçãoEu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus... Pai santo, protege-os em teu nome...  (vs. 9 e 11).  Como discipuladores nos cabe agir como Jesus e cobrir nossos “filhos” com rogos, súplicas e intercessões.  Na mesma oração, o Senhor faz questão de clamar por livramento diante das ameaças do Maligno (v. 15).  Certa vez Jesus alertou a Pedro que Satanás havia requerido o direito de prova-lo, mas acrescentou: Eu roguei por você, para que sua fé não esmoreça! (Lc 22:31).  O Senhor sempre confiará seus filhos aos cuidados de servos que vivam a Palavra e pratiquem a vida de oração.
4o. Continuam sendo dEle!: ... pois são teus (v. 9).  Não fazemos discípulos para nós mesmos, mas para o Senhor.  Ele nos dá as vidas e a unção para cuidar delas, mas o Pai e Pastor das vidas é o Senhor.  Longe de nós objetivarmos glórias ou proveitos pessoais. De nossa parte deve haver a busca por nos apresentarmos a Ele como bons despenseiros (os servos que cuidam da despensa).
5oA maior necessidade: para que sejam um, assim como somos um (v. 11).  Note como a oração de Jesus é enfática na questão da unidade dos seus discípulos. Além do verso 11, também os versos 22 e 23  contém rogos do Senhor em favor desta mais premente necessidade.  Afinal, sem unidade não há conquistas.  A divisão enfraquece, desqualifica, escandaliza e afugenta os discípulos. A referência de unidade que o Senhor nos dá é a própria unidade entre o Filho e o Pai.  Este nível de unidade estarrece o mundo e testifica que somos do Senhor.
6o. Missão apostólicaAssim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo (v. 18).  Há uma autoridade sobrenatural em nós, da parte do Deus Eterno.  Temos como Missão servir como instrumentos ao Espírito Santo para prosseguir a Obra iniciada pelo Senhor: pregar boas novas aos pobres, proclamar liberdade aos presos, recuperar vista aos cegos, libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor (Lc 4:18,19).
É tempo de a Igreja de Jesus reconhecer a defasagem em relação ao discipulado.  Quando a Igreja não discipula, ela não gera um exército, mas um ajuntamento inoperante. Jesus dedicou-se a formar discípulos e foi muito bem sucedido em sua empreitada, deixando doze que cumpriram com muita eficiência sua missão. A incumbência que recebemos é de continuarmos fazendo discípulos.  Nada de membros, religiosos, consumidores, adeptos ou qualquer outro termo que possa ser aplicado à igreja, mas que implique em diminuir a responsabilidade e a abrangência da nossa missão. O Mestre mandou fazer discípulos!
Paulo Petrizi

http://www.pregaapalavra.com.br/discipulado_12/12_7.htm

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